-Não acredito nisso. – eu digo enterrando minha cabeça no ombro de Luke. – É... tudo... culpa minha. – eu digo chorando.

-Não chora. – Ele diz me abraçando. – Não é culpa sua.

-É sim. – Diz uma voz atrás de mim. Me viro e dou de cara com Lucky.

-Calminha Lu. Ela é só uma novata. – Uma menina de olhos verdes disse pra ela. – Eu sou Nina. – Ela disse estendendo a mão. Em seu pescoço havia um colar com dois pingentes: Um de onda e outro de aranha negra.Ela devia ter uns dezessete mas era meio baixinha, os cabelos volumosos castanhos claros uns cinco dedos abaixo dos ombros e as bochechas levemente coradas le davam um ar de ingênua, mas ela é das viúvas. Não poderia ser ingênua ou estava expulsa.

-Calminha nada Nina! Ela tem raiva porque não é boa o suficiente para as Viúvas negras. – Lucky diz com o peito estufado.

-Você tem razão. Ela merece coisa melhor. – Luke disse.

-Esculachou... – Eu disse a ele.

-Aí estão vocês! – Outra garota disse atrás de nós. Ela era alta e devia ter dezesseis igual a Nina,pele clara, os cabelos eram lisos em cima e levemente cacheados do meio para baixo em um tom leve castanho escuro (apesar do brilho azulado) chegavam a cinco dedos abaixo dos ombros, seus olhos azuis escuros faiscavam. Em seu pescoço havia três pingentes: Uma onda, um sol negro e uma flor praiana.

-Cavalheiros e damas da ordem. – Ela disse se inclinando em uma reverencia. – Tenho permissão para entrar em seus domínios?

-Claro. – Camille disse olhando as viúvas com raiva.A garota entrou e atacou Lucky.

-CHEGA! – Eu gritei fazendo minha voz ecoar pela floresta. As duas pararam a briga. –Temos que achar as líderes juntas!E achar os idiotas que levaram elas juntos!

-Não se de ao trabalho querida. – Uma voz disse atrás de mim. Quando olhei pra trás quase cai.

-Natally?! – Eu perguntei assustada.

-Quem você achou que fosse? – ela rolou os olhos. Seus cabelos estavam soltos e esvoaçavam.

-Você fez isso? – Igor perguntou.

-Claro seu Zé mané!

-Você não pode ter feito tudo isso sozinha. – Eu disse a ela.

-Isso. Você é bem inteligente... Deveria fazer parte do meu clã.  – Ela disse me encarando com seus olhos pratas e malvados.

-Quem estava com você? – Eu perguntei indo para perto dela.

-Eu. – Alguém disse perto de Camille.

-Tara?! – Eu perguntei. – Porque você fez isso?

-Porque eu gosto de vencer. Coisa que não acontece aqui. – Ela disse indo para o lado de Natally.

-Eu. – Tron disse indo pra perto de mim. – Foi mal princesa, mas eu gosto de ficar do lado vencedor. – Ele disse passando a mão no meu rosto. Eu virei.

-Mas eu não confio em você. –Eu disse. –Nunca confiei.

-Mas eu confiava. – Camille disse chorando. – Eu gostava de você... – sua voz morreu na garganta. – Ter poderes da luz é...

-Raro. – Flora disse. – Eu também confiava em você seu imbecil! – ela disse sacando uma faca.

-Calma! – Lucky disse a segurando.

-Eu tenho um presentinho pra você Dana. – Natally disse com seu tom doce e meigo. –Tron! O buque! – Ela gritou para ele. Das mãos dele apareceu o buquê mais estranho e assustador que eu já vi. Papoulas brancas, Flores de espinheiro vermelho, íris e raminhos de teixo.

-Faça bom proveito. – Ela disse com um sorriso malicioso e desapareceu. Meus joelhos cederam e eu comecei a chorar.

-O que foi? – Luke perguntou me abraçando de lado.

-As flores... – Eu disse entre um soluço e outro. - I-íris significa mensagem, prestar atenção nas outras. Papola branca significa sono, flor de espinheiro vermelha é má sorte. E o teixo é... – minha voz morreu e eu comecei a chorar desesperadamente.

-O teixo é? – Jully e Nina perguntaram juntas.

-O teixo é... a morte – eu disse num fio de voz.