A Lenda escrita por Cchan


Capítulo 26
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

É, gente, eu não abandonei a fic! Eu sei que faz tempo que eu não posto, é que a minha vida anda muito corrida! Mas espero não passar mais tanto tempo sem postar >< Desculpa e espero que gostem! :*



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– Hunf! É só isso...?

– COMO ASSIM "É SÓ ISSO"?! ELE É O SEU PAI, INUYASHA! - Kagome mal podia crer nas palavras do marido.

– E DAÍ? ELE SABE SE DEFENDER SOZINHO! ELE NÃO ERA UM GRANDE DAIYOUKAI? ENTÃO, PRONTO! - e ao terminar fez um biquinho de "hanyou mimado".

– Inuyasha, não sei se o senhor, com toda a sua inteligência e sabedoria, percebeu que... Uh, como posso lhe dizer isso... O SEU PAI ESTÁ MORTO?! - Toutousai deu enorme soco naquela cabeça oca e prateada.

– MAIS UM BOM MOTIVO PARA EU NÃO TER DE IR ATÉ O QUINTO-DOS-INFERNOS PARA DEFENDER ALGUÉM QUE JÁ NÃO TEM MAIS A MÍNIMA IMPORTÂNCIA, PORQUE ELE ESTÁ MORTO! - Ficara ainda mais exaltado após apanhar.

– SENHOR... INU... YASHA... DEIXE DE SER BURRO E SIGA-ME DE UMA VEZ! - Socava sucessivamente a cabeça do mesmo e beliscou-lhe as orelhinhas caninas.

– NÃO VOU E PONTO FINAL!

– INUYASHA! - Miroku não podia mais manter-se imparcial - COMO SE ATREVE A DESONRAR A SUA FAMÍLIA DESSE JEITO?! Santo Buda, tenha piedade dessa alma desprovida de bom senso...

– O QUE VOCÊ DISSE?!

– CALE A BOCA!

– NÃO PRECISA BATER EM MIM COM ESSE CAJADO MALDITO! EU ESTOU TE OUVINDO, SABIA?

– MAS VOCÊ OUVIU O QUE VOCÊ DISSE?!

– HÃ? ... AI! SEU MALDITO! PARE COM ISSO OU EU QUEBRO ESSA COISA NO MEIO!

– Inuyasha... - As atenções foram voltadas para Sango - Eu daria de tudo para ter o meu irmão e o meu pai comigo... E se algum miserável tentasse invadir o túmulo do meu pai, eu não o perdoaria! Você tem a chance de defender a sua família... Faça isso, Inuyasha!

– Sango...

– Por favor, Inuyasha... - sussurrou Kagome.

– EU NÃO VOU!

– INUYASHA, SEU DEBILÓIDE! VAI LOGO DE UMA VEZ!

– SHIPPOU, CALADO! NÃO PRECISAMOS DAS OPINIÕES DE UM PIRRALHO!

– INUYASHA, EU QUASE MORRI TENTANDO VINGAR O MEU PAI E VOCÊ NEM SE MEXE PRA MATAR O DESGRAÇADO QUE ESTÁ NO TÚMULO DO SEU?! AI, AI, AI, AI, AI, INUYASHA... VOCÊ É MESMO MUITO BURRO!

– INUYASHA, VENHA LOGO! - bradou Toutousai - É A SUA ÚLTIMA CHANCE! O SENHOR SESSHOUMARU TAMBÉM NÃO QUIS VIR E...

– VOCÊ CHAMOU O SESSHOUMARU ANTES DE MIM, SEU VELHO MALDITO?!

– Convenhamos, Inuyasha, ele é mais forte e... AH, ISSO NÃO ESTÁ EM QUESTÃO! VENHA DE UMA VEZ!

– Inuyasha... Kazoku wa mujōken ni otagai o aisuru hitobito no gurūpu o imi suru (Família significa um conjunto de pessoas que se amam incondicionalmente). O seu pai morreu por você, Inuyasha. Não há demonstração de amor maior que essa! Deixe de ser idiota e vá de uma vez!

– ATÉ VOCÊ, KAGOME?! JÁ DISSE QUE NÃO VOU!

– Ok, então! Toutousai, eu vou no lugar do Inuyasha.

– O QUÊ?! - falaram em uníssono.

– Ah, sim, sim, você é a menina que tem poderes espirituais... Hmmm... Pode ser muito útil. Venha, suba! Estou vendo que esse imbecíl não vai vir mesmo...

– EI, ESPEREM POR MIM!

Inuyasha subiu na vaca de três olhos que subia para o alto dos céus.

– VAMOS COM VOCÊS! - gritou Miroku enquanto montavam em Kirara.

– NÃO, FIQUEM AÍ E TOMEM CONTA DO VILAREJO!

– Tudo bem! - gritou Miroku.

Era verdade, o vilarejo não podia ficar desprotegido. Embora Naraku houvesse sido destruído, ataques ainda destruíam sucessivamente o vilarejo quando os seus "protetores" o deixavam por alguns dias.

O vilarejo estava começando a progredir. Além do início do uso de moedas, casas consideravelmente grandes para a época estavam sendo construídas próximas a ele. Era estranho, pois as casas eram intocadas durante o dia. Não havia movimento nenhum de construção. Contudo, quando qualquer um a observava ao amanhecer, as casas apareciam magicamente mais próximas do término de sua construção - como se a madeira e um material não-identificado cinzento não precisassem de alguém para aplicá-los à obra.

– Aposto que você só quis ficar porque não queria me meter em brigas... - reclamou Sango.

– Eu? Claro que não, Sangozinha... De onde você tirou essa ideia? - E o sorriso amarelo o denunciou.

– Você é tão exagerado...

– Ora, só não quero que você e o Kohaku se metam em perigo!

– Kohaku? - Sango parecia surpresa.

"Kohaku?" pensou o estranho que permanecia escondido atrás das moitas. Aparentemente, os dois ainda não perceberam que o mesmo ainda estava lá.

– O que acha? Seria uma homenagem ao seu irmão.

– Ah, Miroku... Eu tenho esperanças que o Kohaku volte, sabe?

Miroku e o estranho estavam surpresos.

– Rezo a Buda todos os dias pedindo o meu irmão de volta, Miroku... Tenho certeza de que vou encontrá-lo! Isso se você deixar desse seu exagero besta...

– Sim, Sango, suponhamos que o Kohaku volte... O que haveria de errado nesse ser o nome do nosso filho?

– E haveriam dois Kohakus em casa? - Sango sorriu e envolveu o pescoço do marido com os braços.

– Tem razão, Sango... Tem razão. - Miroku sorria como um bobo.

Um galho se partira num som agudo por entre as moitas.

– Miroku...

– Diga - esse olhava fixamente para o esconderijo do desconhecido -, o que foi?

– Não está com a sensação de que...

– ... Estamos sendo observados? Sim. Pegue o Hiraikotsu.

– Sim! - disse indo pesadamente até a árvore onde encostara o osso voador.

– Ok, espírito, espero que você não esteja aqui para atacar o vilarejo. Lhe darei tempo para fugir se isso é o que predente, caso contrário - sacou os seus amuletos -, terei de usar o meu poder contra você.

– Não sou um espírito - respondeu a voz de um garoto -, pode baixar as armas, Miroku.

– Só porque ouviu a minha esposa me chamar por esse nome, não quer dizer que seja verdade! Ou talvez seja, mas, talvez não, mas, talvez... Ora, já está confundindo a minha mente! MOSTRE LOGO A SUA FACE, ESPÍRITO! SEI QUE QUER NOS ATACAR!

– Não, Miroku, não quero atacar - Kohaku levantou-se lentamente -, só quero falar com minha irmã.

Seus olhos castanhos pareciam tristes, preenchidos por um enorme sentimento de culpa. Porém, seu corpo mudara. Estava mais forte, alto e perdera levemente os traços de criança, mas as sardinhas ainda marcavam-lhe as bochechas, mantendo o ar levemente infantil. Eram comuns tais mudanças no período da adolescência, período esse que Kohaku acabara de entrar.

Sango entrou em choque. Soltou o Hiraikotsu e ficou imóvel, o pranto molhando-lhe completamente o rosto. Num murmúrio, conseguiu pronunciar algo que definiram ser o nome do garoto. Ela correu o mais rápido que podia naquele estado. Kohaku, porém, recuou.

Miroku segurou a esposa e disse:

– Sango, esse pode não ser o Kohaku...

– QUE DÚVIDA LHE RESTA, MIROKU? É CLARO QUE É O MEU IRMÃO!

– Sango, não se alter...

– ME LARGA! ME DEIXA EM PAZ! EU PRECISO FALAR COM ELE! EU PRECISO! ME SOLTA!

E partiu em direção ao irmão. Ele virou-se e correu, mas Sango não iria desistir.

– KIRARA, VENHA!

– GRAAAAAAAAAAAUR! - Kirara transformara-se rapidamente e agora seguia o dono a toda velocidade adentrando pela floresta densa.

"Não esperei tanto tempo pra te perder assim! Eu vou te encontrar, meu irmão... Eu vou te encontrar... Kohaku!" pensou Sango enquanto as lágrimas molhavam suas vestes.


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– Como alguém conseguiu invadir o corpo do meu pai, velho?

– Quer falar direito, Inuyasha? Tenha modos! Toutousai é muito sábio e...

Ao perceber que Toutousai dormia ao invés de guiá-los, Kagome perdeu a cabeça.

– SEU VELHO DESGRAÇADO! ACORDE AGORA! O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO, SEU MALDITO?!

– Ahm? Hã? Ah? Ah, sim, sim, sim, Kagome, tudo faz parte do meu plano.

"Que surto foi esse?" sussurrou Toutousai próximo à orelha de Inuyasha.

– Não faço ideia. Deve ser a TPM...

– EU NÃO ESTOU DE TPM! E, VEM CÁ, VOCÊS PODIAM TENTAR SER MAIS DISCRETOS PORQUE EU ESTOU NO MEIO DE VOCÊS DOIS!

– EI, EI, EI, EI, EI! NÃO GRITE! - Inuyasha protestou coçando a orelha com o indicador direito.

– Inuyasha, não me mande não gritar, ainda estou muito irritada com você por conta daquela sua besteira para não vir ajudar o seu pai...

– E O QUE VOCÊ VAI FAZER?

– QUER PROVAR O KOTODAMA A ESSA ALTURA?

– VOCÊ NÃO OUSARIA...

– OSUW...

– TUDO BEM, TUDO BEM, JÁ ENTENDI, JÁ ENTENDI! - Pôs as mãos no kotodama em pânico. - E aí, velho? Quanto tempo até chegarmos?

– Dez minutos.

– Enquanto isso, dá pra me explicar como é que invadiram o corpo do meu pai, velho?

– Provavelmente entrou pelo portal para o mundo dos mortos, Inuyasha." Há muito tempo, acreditava-se de que as pessoas podiam passar por um aro e entrar no mundo dos mortos para rever, pela última vez, seus entes queridos. " disse Toutousai com um toque de sabedoria na voz."Entretanto, nunca ninguém voltou com vida. Não tenho certeza de que é possível voltar daquele fim de mundo, mas não se preocupe, Inuyasha, tenho certeza de que você dará um jeito. " o ancião sorriu para o hanyou que o encarava com incredulidade.

– VOCÊ ESTÁ INSINUANDO QUE NÃO SABE COMO VAMOS VOLTAR?!

– Er... Bom, claro que eu sei! Faz tudo parte da lenda!

– É UMA LENDA?! - Agora era a vez de Kagome. - VOCÊ ESTÁ ARRISCANDO AS NOSSAS VIDAS POR CONTA DE UMA LENDA?!

– MAS EU TENHO CERTEZA DE QUE É VERDADE!

– TEM MESMO?! - gritou o casal em uníssono.

– Quase... - Toutousai coçou sua careca e prosseguiu - Mas dizem que há uma fenda que só pode ser criada por uma espada do mundo dos vivos, que provocará um corte no espaço-tempo e trará os vivos de volta para onde merecem.

– E se eu não merecer voltar? - Kagome parecia preocupada.

– Aí você fica lá cuidando dos esqueletos.

Por que Inuyasha disse aquilo? Deu para sentir toda a fúria de Kagome a quilômetros de distância.

– E-E-E-E-EI, V-VELHO... - gaguejou Inuyasha totalmente apavorado - J-J-JÁ ESTAMOS C-CHEG-GANDO?

– Já chegamos! - Toutousai sorriu, mostrando sua dentição pouco privilegiada e aliviada.

O lugar cheirava a peixe podre. Havia uma vegetação de mangue que se expandia cobrindo o ambiente. Bom, eles estavam num pântano. Lodo e pedras cobertas de musgo eram vistas por todo o lado. Ao pousarem, Kagome gritou de nojo por ter visto um caracol.

– QUER PARAR, KAGOME?

– CREDO! Olha o tamanho daquilo...

– Não sei como você enfrenta tantos youkais e tem medo de um caracolzinho... - Antes que sua cara fosse ao chão, Inuyasha mudou o assunto - Onde estamos?

– No pântano de Daiki.

Daiki? - repetiu enquanto vasculhava a memória.

– Sim, sim. - Toutousai confirmou com a cabeça. - É uma grande youkai que vive escondida por aqui.

– Mas por que precisamos falar com ela? - Kagome perguntou intrigada.

– Me disseram que em algum lugar desse pântano há uma passagem para o mundo dos mortos.

– Então... Não precisamos falar com ela?

– Bom, é melhor evitar qualquer contato... Até onde eu sei, Daiki não é das youkais mais amistosas.

As raízes contorcidas das árvores brotavam de um lago, de onde, obviamente, tiravam o seu sustento. Do enorme largos, sombriamente, brotaram bolhas de gosma esverdeada. Eram delicadas, todavia, havia algo de estranho e suspeito nelas.

– Inuyasha...

– Kagome, é só um caracol, ele não vai te machucar...

– Não, Inuyasha, não é iss...

– É só um caracol, Kagome. Quer ficar atenta a outras coisas? Daiki está escondida em algum lugar aqui!

– Inuyasha! - O desespero era palpável em sua voz. As bolhas brotavam cada vez maiores e com maior velocidade.

– Kagome, silêncio!

– INUYASHAAAAAAAA!

– O QUE É?!

Kagome apontou para as bolas verdes que flutuavam. Pareciam enormes bolhas de sabão, sendo que sem a transparência costumeira.

– Querem parar de discutir e prestar atenção nas bolhas? Onde já se viu... Mal casaram...

Inuyasha deu um enorme soco na cabeça do idoso sem desviar o olhar das supostas adversárias. Uma das bolhas chegou tão perto que estourou no seu nariz. Ele gritou.

– ARGH! É VENENO! KAGOME, CUIDADO! - Removeu as vestes rubras e deu para a esposa - Tome. Tenha cuidado!

– Sim!

Inuyasha procurou de onde elas vinham enquanto os olhos ardiam constantemente. Ao perceber que vinham do lago, atacou:

– KAZE NO KIZU!

Uma enorme fera brotou do mesmo. Com certeza, o monstro do Lago Ness se sentiria bastante ofendido por ter alguém tão maior que ele espalhado por aí... Os olhos vermelhos procurando por quem o atacara, os dentes enormes e finos como sabres, um pescoço comprido e o enorme corpo estava submerso na água.

– COMO OUSA ME ACORDAR, SEU IMUNDO? - A voz feminina, porém, um tanto alterada.

Daiki, huh... Então é você!

– O QUE VOCÊ QUER?

– Onde fica o caminho para o mundo dos mortos, lagartixa?

– JAMAIS CONTAREI A ALGUÉM TÃO INSOLENTE!

– Conte se quiser continuar viva! - Desembainhou a Tessaiga.

– NUNCA!

E soltou um enorme raio laranja, algo parecido com fogo, contudo, era um veneno que corroía tudo o que tocava.

– VOCÊ TEM UMA PÉSSIMA PONTARIA! - gritou Inuyasha que nem se movera quando o raio fora lançado.

– E QUEM DISSE QUE QUERIA ACERTAR VOCÊ?

Inuyasha olhou para trás e só lhe restava uma enorme cratera e a parte superior do seu quimono rubro. Ele havia o dado para Kagome antes do início da batalha.

– Kagome... - sussurrou.


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– KOHAKU, ESPERE! - Sango gritava inutilmente tentando parar o irmão que corria. - MAIS RÁPIDO, KIRARA!

– GRAAAAAAUR!

Chegaram a uma enorme clareira. Nela, havia dois bancos posicionados perfeitamente como bancos. Sem dúvidas, Kohaku havia planejado aquilo tudo, mas aquilo não importava agora; o importante era: para quê?

– Kohaku... É você mesmo, não é? - Sango sorriu enquanto decia de Kirara.

– Sim, irmã... - Kohaku tinha o mesmo sorriso no rosto. Era provável que haviam herdado de sua mãe.

– Ah, Kohaku! - Sango correu a seu abraço.

"Que estranho... É tão engraçado abraçar alguém com um barrigão!" pensou o garoto feliz.

– Senti tanto sua falta... Queria que você tivesse ido ao meu casamento!

– Também queria ter ido! Mas e... E... - apontou para o ventre proeminente.

– Uhum. Você vai ser tio, Kohaku!

Era impossível conter a alegria diante tal declaração.

Conforme foram matando as saudades que os consumira por tanto tempo, Kohaku decidira contar o propósito de tê-la isolado do vilarejo e do marido.

– Irmã, eu queria lhe dar isto.

Na mão do menino, encontrava-se o último fragmento da Shikon no Tama. A irmã o abraçou apertado, feliz por não ter mais de preocupar-se se Kohaku estaria ou não vivo da próxima vez que o visse. Na verdade, mal sabia ele que Naraku já havia tomado o verdadeiro fragmento para completar a jóia e lutar contra Inuyasha. Aquilo era apenas uma réplica. Ele estava vivo porque havia absorvido suficiente poder para continuar vivendo sem depender de um pedaço de vidro rosado.

– Era por isso? Mas porque você não... - Foi interrompida.

– Não. É outra coisa... - Kohaku disse sem jeito.

E começaram uma longa conversa. Conversa essa que tomaria a tarde inteira - e mataria um certo monge de preocupação.


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– KAGOME! - gritou Inuyasha desesperado, procurando-na debaixo das vestes.

– ESTOU AQUI! - gritou do alto da vaca de Toutousai. Ela descia dos céus suavemente.

– NUNCA MAIS FAÇA ISSO, QUASE ME MATOU DE SUSTO!

Kagome pegou uma flecha e atirou-a em direção ao focinho de Daiki. A fera gritou de dor.

– CONTE-NOS ONDE ESTÁ O CAMINHO PARA O MUNDO DOS MORTOS E NÃO LHE INCOMODAREMOS MAIS, DAIKI! - Kagome tentara negociar com a besta, mas, sem sucesso.

– MANTEREI MINHA PALAVRA! - E lançou outro raio, desta vez, em direção à Inuyasha.

– BAKURYUUHA!

Inuyasha devolveu o raio adicionado ao seu poder. Kagome lançou outra flecha purificadora. Era impossível que Daiki sobrevivesse... E, de fato, ela não o fez. Não por conta do golpe de Inuyasha, mas o ataque de Kagome a destruíra completamente.

– INUYASHA, SEU IMBECÍL! VOCÊ DESTRUIU A ÚNICA QUE PODERIA NOS DIZER ONDE FICA O CAMINHO PARA O MUNDO DOS MORTOS!

– Bah! Nós o encontraremos, velho! Não precisa se preocupar!

O lago onde Daiki vivia, secou aos poucos, como se algo o sugasse por um ralo gigante. Um enorme aro que mostrava escuridão apareceu na borda direita do que, um dia, viera a ser um lago cheio de peixes - e um youkai malígno.

– Viu? Fácil! - Inuyasha sorriu, vitorioso.

O aro era feito de um material não-identificado, que jurava ser mármore. Ao chegarem mais perto, perceberam que era feito de ossos condensados. Kagome prendeu a respiração por um instante devido ao susto.

– Vamos? - Perguntou o hanyou ainda com um sorriso vitorioso nos lábios.

– Há uma barreira - disse Kagome -, uma barreira muito poderosa.

– Nada que eu não possa destruir com a Tessaiga - a espada adquiriu um tom vermelho-sangue - TESSAIGAAAAAAAAAAAAAA!

A barreira desfez-se como neblina.

– Está tudo muito fácil... Fácil demais... - sussurrou Toutousai, desconfiado.

– Bobagem! É você que está muito velho! E depois de derrotar Naraku, qualquer coisa é moleza!

– Tudo bem, se você diz... Boa sorte, Inuyasha! - disse Toutousai montando na sua vaca.

– ESPERE AÍ! VOCÊ NÃO VAI COM A GENTE?

– CLARO QUE NÃO! ESTÁ MALUCO?

– ALÉM DE VELHO, É UM FRACOTE! VAMOS, KAGOME! NÓS CONSEGUIREMOS SOZINHOS!

– Não se preocupe, estarei esperando os dois aqui fora! - E deu um sorriso amarelo e banguelo.

– Bah, tanto faz... - Respondeu desleixado.

E o casal passou pelo aro na esperança de um dia voltar ao mundo dos mortais.


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