Amor se Escreve com Sangue escrita por Marry Black, grupo_FCC


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Para entrar o ano de bem com a vida! ;)

Boa leitura!



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POV Carlisle

Depois que Renesmee atingiu idade o suficiente para parar de crescer e poder caçar tranquilamente, é que pudemos retomar nossas caças em grupo, como fazíamos antes de Bella entrar em nossas vidas. Não que eu estivesse reclamando de algo, Bella ter entrado em nossa vida foi a melhor coisa que podia ter-nos acontecido, ela entregara a felicidade para meu primeiro filho e trouxera luz para nossa família.

Rodamos por diversas cidades próximas a Forks enquanto Renesmee crescia aceleradamente, Charlie queria sempre ela e Bella próximas a ele, fora difícil fazer as duas superarem a morte dele, a qual ocorrera aproximadamente quando Renesmee estava com seus sete anos por conta de um enfarto. Foi com o intuito de fazer a dor das duas amenizar que decidimos nos mudar para um lugar longe dali; quase acabamos indo para o Canadá, mas desistimos por conta da viabilidade da situação. Em contra partida rodamos próximo a fronteira por mais dois anos até que finalmente nos instalamos em Winnett, em Montana, uma cidadezinha montanhosa bem próxima a fronteira com o Canadá, e muito pouca ensolarada por conta disso.

Mesmo Renesmee estar aparentando ter a mesma idade deles; Bella, e principalmente Edward, ainda eram super-protetores com minha neta, sempre zelando por cada mínimo movimento, embora eles nunca tivessem pedido nada aos irmãos, ambos trouxeram todos de volta ao ensino médio, uma vez que Edward se recusou a deixar Renesmee cursar sozinha o colegial.

Hoje, como Jake havia ido visitar o pai em La Push e era um domingo relativamente claro para nos arriscarmos a sair perante os olhos humanos, estamos todos caçando, desfrutando não apenas do bom e velho sangue animal, mas de toda a graciosidade e alegria de Renesmee, a qual constantemente iluminava nosso dia com sua destreza e serenidade. Esme e eu não tínhamos do que reclamar no final das contas, tínhamos muito mais do que merecíamos.

Em meio a caçada, Edward parou abruptamente, sua testa franzida, e seu olhar se voltou para a direita, visando algo além de nossa potente visão conseguia alcançar.

-O que houve, filho? – Perguntei parando minha caçada também. Aos poucos, todos foram parando e o encarando, esperando que Edward explicasse o que estava acontecendo. Olhei para Alice para ver se ela saiba do que se tratava, mas ela aparentava estar tão na ignorância quanto nós. Voltei a encarar Edward e ele me destinou um olhar significativo

-Escutem... – pediu Edward e todos fizemos silêncio. Muitos sons se misturavam, aves e animais por perto; o vento batendo levemente sobre a copa das árvores, a respiração suave e o leve bater do coração de Renesmee, carros passando na estrada longe dali e por fim um som de água agitada, debatendo-se  de maneira incoerente. Algo estava errado.

-Mas o que...? – Emmett não terminou sua pergunta, sem conseguir saber o que dizer, assim como todos nós.

-Vamos ver o que é! – declarei firmemente, todos os olhares se voltaram para mim. – Edward e Emmett venham comigo, Jasper, você fica e leva Esme as garotas para casa; nos encontraremos lá. – Bella e Alice reclamaram, mas não ficamos para ouvir seus protestos, algo me dizia que deveríamos ter pressa, que alguma coisa precisava de nós, dependia de nós.

Corremos rápida e suavemente por entre as arvores, o som de uma cachoeira cada vez mais nítido, embora o estranho som de água debatendo-se estivesse quase extinto. Ninguém falou, ninguém se quer se entreolhou, estávamos concentrados no que poderíamos encontrar ali.

Rapidamente nos deparamos com um lago e a cachoeira que ouvíamos ao longo do caminho, paramos na beira do lago, ainda mudos, ainda atentos a tudo a nossa volta. Nada de anormal parecia se encontrar ali. Tudo como se espera encontrar.

-Não há nada aqui! – declarou Emmett aborrecido. – Deve ter sido apenas um animal, Edward, não nos assuste assim! – brigou ele, mais do que nos preocupar e nos ter feito ir até lá, eu sabia que Emmett estava raivoso pela preocupação que causamos as mulheres, provavelmente elas levaram uma semana para compreenderem que não era nada ali.

Embora uma parte de mim concordasse com Emmett, eu me calei. Meus olhos percorreram atentos, mais uma vez o ambiente, procurando algo errado, algo fora do comum, contudo, antes mesmo que eu conseguisse concluir minha análise Edward gritou:

-Ali! Dentro do lago! – meus olhos voaram na direção que Edward apontava. Um choque percorreu meu corpo quando vi uma jovem, provavelmente da idade de meus filhos, dentro do lago, inconsciente. O que diabos uma humana estava fazendo dentro daquele lago? A temperatura da água deveria estar fria demais para os humanos. Por que alguém pularia no lago? Ou ela teria caído?

Antes que eu pudesse agir, Emmett pulou na água e tirou dali a garota.

Edward e eu estávamos prontos em meio segundo pegamos a garota dos braços de Emmett e a deitamos no chão. Eu podia ouvir seu coração fraco batendo, pronto a desistir a qualquer momento. Sua respiração era nula, fato que ativou meu lado médico. Automaticamente iniciei uma respiração boca-a-boca, mentalizando com toda a força que a menina voltasse a si.

Por mais que eu não conhecesse a garota, nunca nem mesmo tivesse visto-a uma única vez, eu sabia o que era a dor e a angustia de quase perder um filho, o que era sofrer por algo que poderia ter sido facilmente evitado. Essa menina com certeza tinha uma família. Com certeza tinha alguém que sofreria caso ela não voltasse para casa.

-Droga, respire! – exigi iniciando mais uma seqüência de massagem cardíaca, mais irritado, mais desesperado em trazê-la de volta. Emmett e Edward me olhavam atentamente, esperando ansiosos para ver se minha tentativa de salva-la surtiria efeito; demorou mais alguns segundos a garota começou a cuspir água, tossindo com violência, ouvi seus pulmões se encherem urgentemente de ar, mas não foi o suficiente para trazê-la a consciência.

-Ela está gelada. – Disse Edward enquanto tirava todos os seus agasalhos e até mesmo sua camisa e embrulhava a garota tentando aquecê-la. – Se não a aquecermos rapidamente ela irá congelar!

Concordei também retirando meus agasalhos, mas mantive minha camisa, minha mente trabalhava com a mesma velocidade que minhas mãos as quais estavam tentando aquecer a garota da melhor maneira possível. – Emmett, corra até em casa, pegue meu carro e nos encontre na estrada; precisamos levar essa menina para um hospital agora! – Emmett não precisou ouvir o final de minha fase e correu por entre as árvores.

Edward, mesmo sem que eu pedisse, começou a me ajudar a esfregar os membros da garota, tentando esquentá-la por atrito uma vez que seria impossível a esquentar através de troca de calor. – O que, inferno, ela estava fazendo na água? – perguntei numa mistura de irritação e frustração.

-Acho que ela pulou no rio para pegar uma pedra preciosa. – Disse Edward. – Vi na mente de Emmett que uma pedra azul brilhante estava presa na mão da menina, ele vai te entregar a pedra no carro. – Assenti embora minha mente estivesse raivosa, sem conseguir compreender porque diabos ela tinha feito aquilo por uma porcaria de uma pedra; acho que se eu fosse humano e ela fosse minha filha levaria uma bela de uma surra por tamanha estupidez.

Peguei a garota no colo. – Vá pra casa, explique a Esme, volto assim que possível. – Edward assentiu e partimos em direções diferentes, a menina, por mais que estivesse embrulha em todos os meus agasalhos e nos de Edward, a jovem parecia estar cada vez mais gelada.

Assim que encontrei com Emmett pedi para que dirigisse a toda velocidade rumo ao hospital, eu estava com um mal pressentimento quanto a garota.


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Notas finais do capítulo

Dois mundos? Ou apenas um?
Espero que tenham gostado!

Um excelente ano para todos nós, com muita paz e saúde porque o resto a gente conquista!!!



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