Declaração de Um Amor Perdido. escrita por Nivea_Leticia


Capítulo 1
O ultimo grilhão.


Notas iniciais do capítulo

Totalmente minha, para alguem que nunca deveria saber disso.
Beijos e espero que gostem, pois abri o meu coração pela primeira vez!
;*



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Todas as vezes que abro a porta da janela, ouvindo o som do latido do cachorro da vizinha, sorrio e penso em você. Foram momentos legais aqueles, talvez por sermos infantis, talvez por rolar um clima. Mas, saiba, sempre pensei em NOS, se algum dia aconteceria. 

A minha historia com você não durou muito, mas também não foi pouco

E ao ouvir, o som do carro na rua, penso no quanto fui idiota e quanto perdi por tão pouco.

Talvez um dia houvesse de fato um NOS, se eu não fosse tão ditadora, como você mesmo dizia. Mas, era o meu jeito e você o aceitava melhor do que ninguém. Era o meu modo de mostrar ao mundo o que eu jamais queria que todos mundo visse, e você conseguia olhar através daquela minha armadura inflexível e triste.

As vezes, olhando para as poucas fotos que tenho com você, sinto vontade de voltar no tempo e deixar que aquele sentimento guardado em mim flua. Sabe?

Admito que já idealizei uma vida ao seu lado, namorando e indo a faculdade, conversando com os amigos, mas tudo não passou de um plano mal arquitetado por uma péssima engenheira que você sabe que sempre sonhei ser. Somente você me fazia sorri nos dias frios. Só com você o telefone ficava mudo quanto meu primo dizia que você queria conversar comigo, dize algo e ambos não conseguíamos. Só você tem um ursinho branco ali na minha estante e que até os dias atuais, ao olhá-lo, sinto saudade daquela época. Parece que foram muitos anos não parece? Até mesmo uma era jurássica que nosso amor infantil brotava. 

Se realmente tivesse dado chance de florescer, talvez fosse a mulher mais feliz do mundo.

Você sempre me mostrou que seguir o quer, basta apenas ter isso em mente. E você mesmo mostrou do seu jeito que tal fato funciona, não foi? Tentando me ensinar a tocar violão, falando que aprendeu a tocar guitarra sozinho e dizendo que amava quando eu falava asneiras (algo que sempre ocorreu muito).

Estava ali,agora, olhando pela mesma janela que o vi chegar na minha casa, naquele domingo de sol em que todos os amigos de meu pai vinham aqui para fazerem um churrasco. O mesmo em que me mostrou como jogar Guittar Hero, o melhor de todos, e a escutar algumas músicas que você gostava. Mas, o mais vivido desses momentos, foi no dia em que o beijei pela primeira vez: Admito que nunca senti tanta felicidade em coração pequeno e adolescente. Você, mesmo não sabendo, pois eu não admitia, era o meu sonho. O tipo de garoto que o pai e a mãe adoram. Sem dúvida, de que se eu quisesse, você trocaria o céu pela terra como me provou várias vezes. 

Choro ao lembrar a minha ingenuidade e minha estupidez.

Chorei ao saber que você namorava uma garota, que aquilo me corroia mesmo quando meu primo dizia a você que eu não sentia mais nada. Nunca na minha vida fiquei tão desolada. Você parecia feliz com isso, e para mim, foi o máximo. Porque, nas horas tristes, você dizia algumas besteira que nem mesmo sabia que me agradava. Pois é, a vida é difícil, até mesmo para mim, a militar sem coração que para você, existia sim, apenas faltava-me coragem de dizer e aceitar. 

De novo, olhando o céu negro de um dia normal, me lembro daquele acampamento. Se lembra que você pegou a sua barraca, colocou ao lado da minha e de minha prima, e comigo, olhando para o céu, com a cabeça do lado de fora pousada na grama, falou água somente para me fazer feliz pois eu não queria dormir? O quanto você foi dócil quando encarou meus olhos? Até hoje lembro os seus: castanhos profundos e lindos, de um modo que nunca vi em outra pessoa. Talvez fosse os meus sentimentos, mas naquele momento, so me importava você, dizendo que tinha medo da palmeira meio torta cair em cima de onde você dormia e me fazer rir enquanto a minha prima ressonava ao meu lado, deixando nos dois a sós.

Provavelmente, você não sabe nada do que aconteceu comigo.

Se lembra de quando fugimos, eu, você e a minha prima lá em Goiânia? Eu nunca tinha rido tanto na minha vida ao ouvir o vidro da escola quebrar, ou de como ficamos sentados jogando papo fora á devorar bis de chocolate preto com coca-cola ou do modo que você parou no meio do caminho e olhando para a arvore disse “Myllena, vem, eu te ajudo a descer” para o galho. Sem duvida, aquela foi a melhor vez que fui naquela cidade.

Tem guardado na memória as vezes que eu pedia o seu celular e você nem hesitava, tudo o que eu perguntava você me respondia ou o modo que ficávamos apenas em um silencio passivo? Nada tensões?

Mas acho que nunca escutou meu coração pequeno batendo, certo?

Nunca dei chance, nem para você, nem para mim, pelo simples motivo de ter medo de me magoar. Muitas pessoas já fizeram isso, e vindo de você, não sei o que aconteceria.

Você sempre mostrou e disse para mim o quanto gostava de mim, mas mesmo assim, eu teimava em negar tudo o que eu podia ter um dia sobre você.

O meu medo sempre atrapalhou tudo

E hoje, finalmente tive coragem de escrever, pois jamais falaria e pretendo nunca dizer, pois como minha mãe diz: A vida é feita de momentos.

E o nosso, já passou, pelo menos, no relógio. Mas, ali, dentro do meu coração de gelo e perigoso, tremo ao lembrar o toque do seus lábios ou a simples menção ao seu nome.

Sim, eu ainda gosto muito de você, só espero, que fique entre nós.

De, uma pessoa que jamais deveria descobrir,

Nivea Letícia.


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