O que Otempo se Nega a Apagar. escrita por Deeh-chan


Capítulo 12
Adeus, Sasuke.


Notas iniciais do capítulo

Um capitulo triste.
A separação mais dolorosa.
Teremos as revelações em breve.
Aproveitem.
Reviews?



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As palavras não vieram para que ela pode-se lhe explicar melhor a situação.

__Mamãe... Por que você nunca me disse nada?! Cadê ele, eu quero ele aqui!

__Chega Naomi! –Ela então gritou.

A filha se calou assustada.

__Tem casais que não dão certo, filha... –Ela então chegou mais perto, e colocou as mãos sobre o rostinho de Naomi, e a encarou diretamente nos olhos.__Não damos certo, então nos separamos, e você veio para alegrar a minha vida... Saiba disso...

__Não! –A pequena então se soltou da mãe.__Você nunca me falou nada mamãe, por que ele não esta aqui?!

__Mamãe não queria ele por perto, por isso escondeu você...

__Mais mamãe eu queria um papai!

A pequena mal sabia do que se tratava o valar daquelas pequenas palavras, mas Sakura sentia a revolta que um dia viria à tona crescer dentro da filha.

__Mamãe vai...

__Cadê ele mamãe! Quero ver o Moço!

__Ele não esta aqui Naomi!

__Traga-o pra cá então mamãe!

Naomi então desviou dos olhares da mãe, e correu para a porta rapidamente.

__Naomi espera!

__Você é muito esquisita mamãe! Não brinca comigo, não me dá beijo, e o moço fazia isso!Eu quero que ele fique aqui comigo!

__Não, Naomi! Você não entende!

__Você não explica mamãe!

Naomi então começou a chorar, e logo abriu a porta deixando o vento frio da chuva, entrar pela mesma.

__Espera filha! –Sakura então se levantou e correu atrás da filha.__Não seja boba Naomi! Não corra!

A pequena nada disse, simplesmente corria pela rua, sem olhar para trás, queria de algum modo afetar a mãe, deixando-a sozinha.

__Chega! –Ela então chegou até a filha, e a segurou pelo braço, virando-a para si.__Olha para mim!

Segurando-a forte, a ponto da pequena se calar com o olhar profundo da mãe.

__Não me bate...

__Não vou te bater...

Ela então a abraçou bem forte, envolvendo-a completamente.

__É difícil para eu explicar e difícil para você entender...

A pequena nada disse, simplesmente se manteve nos braços da mãe.

__Ele vai vir aqui mais tarde, e você pode conversar com ele, porque ele é o seu pai, e já esta na hora de conviverem juntos mesmo sendo doloroso para mim...

__Por que mamãe?

O silencio reinou naquele instante. Sem palavras para responder, ela nada disse, somente olhou para filha, e sorria com ternura.

__Quando você for mais velha vai entender melhor essa historia, por enquanto eu vou deixar você falar com ele...

__O moço vai vir aqui...

__Vai, seu pai agora Naomi...

A pequena então sorria levemente.

__Eu gosto muito dele mamãe, ele é engraçado, e me chama de princesa...

__Que bom, filha, que bom...

Então a abraçou novamente.

Sabia que seria fácil para ela conviver com ele, e logo seria questão de tempo para que ela escolhesse ir com ele, e Sakura sabia disso, temia não conseguir deixar, mas devia, além do, mas seria a culpada, era necessário fazer isso, era direito dele, mesmo sendo doloroso para ela, teria medo que a filha preferisse alguém melhor.

__Venha comigo...

Ela a pegou no colo. A pequena ainda não entendia o que iria acontecer, então resolveu deixar tudo por conta da mãe.

Algumas horas mais tarde.

Já era de Noite. Sakura teria conversado com a filha, e lhe explicar melhor o que aconteceria daqui por diante. Explicar que ele era o seu pai, e que viria buscá-la para passar uns tempos com ele em breve. A pequena por hora entenderia tudo, para ela não seria difícil seguir com o Moço, pois ela gostava dele, seria como passar férias com o seu melhor amigo, e Sakura só estava a preparando para o futuro, ou melhor, preparando o seu coração de mãe.

__Mamãe, eu nunca vou te deixar...

__Nem eu meu anjo...

Sasuke não apareceu lá aquele dia, teria ligado para avisar que viria na manha seguinte, por que com certeza não queria vê-la.

Isso machucava seu coração.

Logo, ela teria de aceitar. Passou a Noite abraçada a filha, dormindo com ela, como nunca fazia antes, acariciando seus cabelos, beijando seus rostinho, guardando seu sono, e em silencio chorando, olhando para lua que ali refletia, tudo o que teria acontecido hoje, refletia o fim.

Amanheceu. Era um belo Domingo.

Ela estava arrumando uma pequena mochila com suas coisinhas dentro. Sua boneca, seu travesseiro, sua escova de dente, seus laçinhos de cabelo, seus vestidos.

Então, ouvia-se batidas na porta.

__Mamãe!

__Vai lá abrir, deve ser ele... –Sakura estava apreensiva arrumando a mochila da filha, sentia medo de encará-lo.

A pequena desceu as escadas as pressas, e se dirigiu até a porta eufórica, e quando abriu lá estava ele.

__Princesa...

A pequena o olhou agora com outros olhos, não seria um estranho, ela estaria cheia de perguntas, e ansiosa para conhecê-lo melhor.

__Moço... –Com um sorriso, correu até ele, e o abraçou.

__Que bom que você esta bem...

__Eu, você não sabe, moço, mamãe me contou muitas coisas...

__Como...?

Sasuke não pensou que ela seria tão direta, quer dizer então que a filha já sabia de tudo, e pelo visto teria o aceitado com muita facilidade.

__Você é meu papai?

Ela logo fez a seguinte pergunta. A pergunta que levaria o coração dele pulsar acelerado.

__Digamos que eu... –Ele então se abaixou até a filha, e olhando nos seus olhinhos verdes agora imensamente brilhantes disse.__Que eu sou bem mais que um estranho...

Ela então levou sua mãozinha ao rosto dele.

__Você tem um narigão...

__Nossa, mas que princesa ousada, está insultando seu súdito! –Com um sorriso, chegou ate ela a fazendo cócegas e apegando no colo.

A pequena sorria ao abraçá-lo.

__Vamos passear juntos, mamar disse para mim que eu vou me divertir muito!

__Sim, vai sim...

Logo, as lembranças do acontecido, voltaram a sua mente, a lembrança de vê-la beijando outro homem, a dor de vê-la nos braços de outro sem ser os seus, tornaram o desprezo por ela ainda maior.

__Mamãe...

A pequena se virou para ver a mãe. E ele olhou para frente, e a viu, ali parada, constrangida, segurando em suas mãos uma mochilinha rosa.

__Como você esta...?-Tímida falou.

Ela segurou as mãos nervosamente quieta em um canto, sem muito encará-lo, agora pareciam estranhos.

__Bem... –Ele respondeu com a expressão mais fria que tinha.

Deixando-a completamente sem palavras, agora com o coração doendo.

__Mamãe, o Moço vai me levar com ele, vamos passear no shopping...

__Que bom... –Ela sorria forçadamente para a filha. Segurando o choro.

__Eu sei que é cedo, se você não quiser, eu posso vir buscá-la amanha... -Ele disse, vendo-a triste daquele jeito, respondeu com uma expressão fria, mais no fundo queria abraçá-la, queria poupá-la daquela dor.

__Tudo bem... –Ela então segurou nas mãos da filha, agora alegremente ao seu lado, imaginando o quanto seria divertido dormir fora de casa.__Naomi pegue sua mochila...

A pequena então a pegou, muito pesada, e logo se voltou para a mãe.

__Mamãe, depois você me busca ta...

__Pode deixar meu bem...

__Você passa lá depois... -Ele falou.

__Não... Naomi precisa que você lhe explique algumas coisas que eu não consigo...

Ela o olhou profundamente naqueles olhos de Ônix, agora tão frios.

__Naomi vai com você, depois conversamos...

__Pode ser...

A pequena não entendia aquela conversa tão fria e distante. Mas nada disse, pegou sua mochila e a entregou para o Moço, logo voltou correndo até a mãe.

__Beijo mamãe...

Sakura a pegou no colo, segurando o choro, a abraçou bem forte, em um momento único entre mãe e filha, um momento que ela mal imaginaria que fosse o ultimo.

__Vá com Deus meu bem, me liga quando chegar lá...

__Pode deixar...

Logo ela se punha ao chão, e tornou a correr ate, ele.

__Vamos moço, quero ir tomar sorvete, vamos tomar sorvete... –Para a pequena seria um belo passeio.

__Vá para o carro... –Ele a olhava sorrindo, disfarçando para ela também.

__Vou, no banco da frente... –Ela então saiu correndo até o carro estacionado lá fora.

Restaram somente os dois ali parados, um olhando para o outro como estranhos.

__Não sabia que você tinha carro...

__É velho mais dá para o gasto...

__Hum...

Sakura agarrou na blusa de seda, e se envolveu nos seus braços, mal agüentando aquele clima horrendo de desconfiança, e traição.

__Vou cuidar bem dela...

__Você não veio ontem à noite, por quê?

__Tive que arrumar algumas coisas, e pensar a respeito disso...

__Pensar o que?! –Ela agora se assustava.

__Sabe, esse casamento não da mais certo...

__O que?! –Ela agora sentia as pontadas no seu coração em todas as palavras que ele dizia.

__Eu, não sei mais... Se te amo...

Chegamos ao fim desta historia, não era possível que aquele amor todo acabou em um dia.

__Não sei... –Ele também falava com dificuldade.

__Mas por quê?! O que você quer com isso...

__Naomi vai comigo hoje não é! –Ele então mudou seriamente.__Se ela gostar de mim, em breve ela escolhera com quem que ficar, por que eu quero conviver com ela mais do que você pensa...

__Eu vou deixá-la ir com você hoje!

__Eu sei, não vou te privar da convivência com ela, mas também não quero que ela more aqui com você!

__Você não teria coragem...

__Não acreditei em absolutamente nenhuma palavra que você disse ontem, muito menos as de que você me perdoou e acreditou em mim...

Ela então recuou assustada, não era possível que ele estaria a tratando dessa maneira.

__Quero pensar um pouco, fica rum tempo sozinho...

O silencio se fez naquela sala.

Ele estaria confuso, também, depois de uma traição dessas, ambos se traíram um amor não sobrevive à desconfiança, e agora eles teriam que dividir a coisa mais importante. Naomi.

__Você não me ama...?

__Eu disse que não sei, foi difícil dormir ontem à noite sabendo que você tinha outro, enquanto eu igual um idiota te procurava...

__Não foi isso...

__Não vamos começar de novo, chega!

Ela nada disse.

__Vou indo com ela, peso uma semana com ela, eu levo para escola, você pode ligar para ela, e se ela quiser vir aqui eu trago... Mais eu não vou viver longe dela... Acostume-se!

__Tudo bem... –Ela não teria mais chance, segurou as lagrimas para não caírem naquele instante.

__Ta...

Logo, ele a olhou, discreto, saiu pela porta, calmamente.

__Nosso amor um dia foi tão lindo, agora eu acho que ele acaba aqui... Você me traiu da pior forma que existe, me magoou não acreditando em mim, me privou de ver Naomi crescer, e agora, me traiu com outro... Tenho motivos para não te amar mais...

Então a porta fechou.

__Não... –A lágrimas rolaram agora. __Não...

Sem forças ela caiu ao chão, sozinha, naquela casa escura, sem ninguém.

__Moço, vamos tomar sorvete... Moço?

A pequena estava sentada ao lado dele, mas via em seu rosto a expressão mais triste deste mundo.

__Vamos... –Sem tom de alegria ele disse, quase chorando junto com ela, apertou o acelerador, e em silencio se fora com a filha.

Agora ela somente chorava.

__Adeus Sasuke...

As lembranças de um amor que agora acabou.

Por que, todas as manhas ela me beijava? Por que, me fazia cócegas, porque, me abraçava e me beijava depois de uma noite de amor ainda deitados na cama, me dava flores todas às manhas, dizia que me amava, porque um amor desses deveria acabar?

Por que...

Tomávamos café da manha juntos, ainda em Tóquio, curtíamos as noites gélidas, abraçados juntos no sofá, assistindo algum filme qualquer, nos beijando ardentemente.

Porque existe o amor, se ele um dia acaba, porque existe a discórdia, a dor, a traição, porque o Amor simplesmente não acontece, e daí por diante toma-se toda a prioridade, o tempo poderia parar para que essa pessoa nunca fosse embora, porque somos humanos, tolos humanos apaixonados, afinal, vivemos para amar, não importa a forma, não importa como, desde que seja amor, esse sentimento que nos faz desejar a presença da pessoa amada, nem que seja para ver o seu sorriso de longe, nem que seja para ver se esta tudo bem.

Porque, porque, porque, nos perguntamos, porque amamos? Porque esse sentimento tão bonito nos faz sofrer tanto assim? E mais que isso, porque um dia tudo acaba? 

Continua.


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Notas finais do capítulo

Quem estiver gostando da historia, recomenda *-*
É claro, se achar que eu mereço, assim mais pessoas vão achar interessante.
Agradeço muito desde já.
Até o próximo. Beijo.*