O Desafio de Amar escrita por pequenadhampir


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Enjoy!



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Capitulo 06

Alice nunca correu tanto em sua vida. Avistou Edward ao longe conversando com Seth.

- Edward socorro! – ele se virou e encarou Alice que corria em sua direção – A Bella! Ela precisa de ajuda! Uma cobra – Alice se apoiou em Edward com muita dificuldade de falar – uma cobra mordeu ela na trilha da cachoeira!

Edward colocou Alice nos braços de Seth e partiu em direção ao local. A única coisa que ele pensava era poder chegar a tempo. E lá estava ele a salvando mais uma vez naquele dia. Não tinha como negar que Isabella atraia problemas.

Ela se contorcia no chão e respirava rapidamente como se o ar não chegasse aos seus pulmões.

Edward se ajoelhou e arrancou o canivete de sua cintura rasgando a calça jeans que escondia sua perna. Isabella arfou de dor quando ele apertou sua perna com força fazendo o sangue esguichar na camiseta branca que vestia. Edward arrancou seu cinto e prendeu a circulação de Isabella um pouco acima do joelho abriu mais o corte com o canivete e sugou o veneno deixando sua boca dormente.

- Patrão! – olhou para Sam que carregava um facão e era seguido por mais três pião.

- Eu não vi a maldita! – ele pegou Isabella nos braços – Só saem daqui quando tiver a desgraçada morta entenderam?

Ele sentiu um aperto no coração. Seria possível que tudo o que ele amasse lhe seria arrancado?

Chegou o mais rápido que pode á caminhonete colocou Isabella no banco de traz e beijou sua testa.

- Vai dar tudo certo! Eu prometo! – Isabella suava frio e já estava tendo alucinações.

Nunca lhe pareceu que a cidade era tão longe. E muito menos o hospital tão inapropriado para a cidade.

Quando entregou Isabella nas mãos do medico se sentiu incapaz. Porque ali ela não passava de apenas um amigo da paciente.

Os pais de Isabella não demorou a chegar. Alice chorava compulsivamente, Edward foi consolá-la.

- Alice calma vai dar tudo certo!

- Não a culpa foi minha eu que comecei a brincadeira de...- ele colocou o indicador nos lábios da baixinha fazendo com que ela se calasse.

- Não repita isso nunca mais ta ouvindo!? Acidentes acontecem, e se for assim, a culpa é minha, eu sabia que havia uma cobra que estava matando animais pela redondeza eu deveria ter disponibilizado mais funcionários para caçá-la, mas não dei a importância devida!

Alice engoliu o choro e assentiu. Edward voltou a abraçá-la.

Os segundos pareciam horas e os minutos, séculos!

O médico voltou à sala de espera. Isabella havia sido medicada com soro antiofídico e estava fora de perigo graças ao fato de Edward ter sugado o veneno e evitando que a toxina desintegrasse os vasos sanguíneos.

A noite para Isabella foi uma tortura, ainda tinha febre e sentia ondas de alucinações. Não sabia se o que vivia naquele instante era sonho ou realidade. A angústia durou até o momento que o efeito do veneno se dissipou totalmente então pode dormir. Ao amanhecer do dia sentiu ser beijada na face, seus cabelos acariciados e um perfume que fazia um tempo que não sentia.

- Jasper! – sorriu e mesmo de olhos fechados reconheceria o perfume de seu irmão em qualquer lugar.

- Feliz aniversário! – Abriu os olhos e se sentiu emocionada ao ver seu meio – irmão tão perto – Sabe pensei que chegaria aqui e te encheria o saco até pedir arrego, mas para a minha decepção tive que vir direto para esse hospital! Continua a mesma hein, quando vai se livrar dessa má sorte?

Isabella riu. Mas não deixou de notar que o irmão estava diferente.

- O que fizeram com voce? – a voz de Isabella estava fraca.

- Me deixaram mais gostoso! – Isabella socou de leve a barriga do irmão e então riu.

- Não, voce está parecendo aqueles playboyzinhos cretinos que acham que tem um rei na barriga. – Jasper rolou os olhos.

- Mal acorda e já vem implicar! Dorme mais um pouco antes que a maluca da sua prima chega aqui e comece a tagarelar.

- Jazz não fale assim da Alice! – Jasper sorriu.

- Ah agora vai negar que a baixinha caiu dentro de um balde de antidepressivo? Ela vive sorrindo! Avise-a que sorrir demais causa rugas precoces! – Isabella gargalhou.

- Voce gosta dela! –  acusou e Jasper arregalou os olhos.

- Realmente o veneno da cobra afetou sua sanidade! Vou chamar o medico! – Isabella mostrou a língua para o irmão e fechou os olhos.

Ficou mais um tempo bem quietinha até que Alice chegou expulsando o silencio. Ela ouviu o irmão rir discretamente e abriu os olhos.

- Parabéns dona sangue doce, entre eu e voce a cobra preferiu voce! To bem mesmo na foto, nem as serpentes peçonhentas gostam de mim! – Isabella gargalhou.

- Tenho certeza que não gostaria de estar aqui!

- Hum acertou em cheio! – Isabella fingiu indignação – Sua feia meu presente, agora não vai ter mais desculpas para não me ligar! – Alice lhe estendeu uma caixa muito bem embrulhada.

- Alice voce sabe que eu detesto presentes nos dias do meu aniversário, isso me faz sentir velha!

Alice olhou para ela bocejando.

- Bella, voce não se sente, voce está ficando velha!

- Voce é ridícula sabia? Sabe do meu problema com a idade e fica me torturando com isso!

Alice riu.

- Bella por Deus se livre dessa síndrome de Peter Pan e abra meu presente! – Isabella sorriu e começou a desembrulhar a caixa.

- Um Iphone? Alice isso é uma fortuna!

- Ah nem enche o saco! Quem pagou mesmo foi meu pai! – Isabella negou com a cabeça e começou a analisar o presente. E que presente!

No final da tarde Isabella foi liberada e pôde voltar para casa. Edward concertava tranquilamente a cerca quando a viu chegar. Algo dentro dele se movimentou de forma diferente, como se estômago estivesse infestado de borboletas. Começou a caminhar em direção à caminhonete.

- Oi! – Isabella sentiu seu coração bater sete vezes mais rápido, seus olhos brilhavam de uma forma diferente.

- Oi! – ela respondeu o cumprimento esperando que tudo mudasse naquele instante, mas o que ela queria que mudasse não tinha o conhecimento.

Edward se sentia incomum. Queria abraçá-la e beijá-la, queria dizer como estava feliz em vê-la bem. Ele se abaixou e colheu uma flor solitária que havia nascido no pé do velho carvalho.

- Feliz aniversário! – ele disse no mesmo tempo que colocava a flor atrás da orelha de Isabella.

Isabella arfou e piscou varias vezes. O que estava acontecendo afinal? Seu coração batia tão rápido que a qualquer momento poderia furar a caixa torácica e sair pulando pelo chão! Ela não suportava mais guardar todo aquele sentimento dentro de si. Era tantas sensações para uma pessoa só! Ela precisava compartilhar. O sorriso torto que Edward mantinha nos lábios não ajudava em nada ela manter a coerência de suas atitudes!

- Obrigada! – ela respondeu com muito esforço.

- Bells! Vem! – Isabella olhou para trás e atendeu o pedido do irmão se despedindo com um tímido sorriso.

Edward assistiu Isabella caminhando de forma desajeitada até o casarão. Para ele havia alguma coisa errada. Não com ela, mas com ele. Algo parecia mudado. Mudado os sentimentos dele em relação a ela. Entretanto ele não sabia que tipo de sentimentos eram esses.

Jasper olhou de relance para ele, Edward o cumprimentou com um aceno, mas sabia que o rapaz havia se envolvido com pessoas que não faziam o tipo dele, Charles desabafou certo dia que a mãe de Jasper estava ficando quase louca com as companhias do filho.

Isabella e Jasper eram apenas irmãos por parte de pai. Clarice mãe de Jasper era uma maluca queria ter um filho sozinha, mas não queria um filho com um pai completamente desconhecido então conheceu Charlie e dessa relação nasceu Jasper. Charlie só foi saber que tinha um filho quando Jasper tinha quatro ano e fez a descoberta bem no dia do casamento com Renée e foi uma descoberta do acaso e o mais engraçado era que Clarice e Renée eram melhores amigas que não se viam algum tempo. Imagine a confusão que foi aquele dia.

Edward voltou a fitar Jasper, sabia que o novo dito cujo playboy não ia com a cara dele, ele se lembrava da conversa que teve com Jasper no aniversário de quinze anos de Isabella, eles haviam se estranhado por todo o período em que conviveram e no dia que estava indo embora Jasper disse: “Sabe Cullen não é que eu não goste de voce! Apenas não gosto de suas atitudes! Não costumo a me dar bem com animais, principalmente com aqueles brutos e selvagens! Socializar com gente do seu tipo apenas nos zoológicos porque eu sei que lá pelos menos haverá uma grade que garanta algum tipo de segurança!”

Edward sorriu com a lembrança. Jasper era um rapaz bom apenas estava na contra mão da historia e ambos tinham a mesma idade o Cullen era somente dois meses mais velho.

Ele voltou ao serviço terminando enquanto o sol se punha. Logo depois foi para a choupana, tomou um banho revigorante e vestiu apenas uma calça de moletom preta partindo assim para a cozinha que abrigava uma geladeira velha que tinha uns tons de vermelho desbotando, uma mesa pequena e um armário em cima da pia onde guardava algumas compras e alguns utensílios como talheres e pratos.

Macarrão instantâneo não era um de seus alimentos favoritos, mas não queria incomodar Renée. Foi para a sala se sentando em um sofá sofrido ligando a TV que era a única coisa do século XXI na casa e colocou em um canal de leilões.

Edward não queria duvidar da capacidade profissional de Isabella, entretanto ele não conseguia tirar da cabeça a maluquice dela. Uma égua de 580 mil dólares estava amarrada a um cavalo selvagem e ninguém sabia aonde. Suspirou. Porque ele deixava a maluca fazer esse tipo de coisa? Ela tinha um poder de persuasão que ele não conseguia – embora tentasse - negar absolutamente nada a ela. Nada!

Não estava com sono por isso ficou ali trocando de canais, até parou em um canal onde passava um filme quando percebeu qual era mudou de canal imediatamente, aquilo era inapropriado para se fazer um filme, claro que cada um tinha a sua opinião, mas para o Cullen era ridículo O Segredo de Brokeback Mountain. Um filme que eles perderam a chance de não gravar!

- Dois seres que se dizem ser homens descobrem o amor que existe entre si quando estão em uma montanha! Tinha que ser do interior e ainda cowboy! Só para acabar com a pouca reputação que os homens de verdade do Texas tem! Ah vai se fuder!

O Cullen riu de seu comentário, porque os personagens realmente iriam se... bom prefiro não comentar!

Edward colocou em outro filme, esse tinha sangue, mortes, gritos, bombas, mulheres seminuas... Enfim; filme de macho!

Desligou a TV já era tarde, mas ainda não estava com sono resolveu sair e tomar ar fresco. Colocou um chinelo e vestiu uma camiseta azul marinho que estava pendurada atrás da porta. Saiu na noite escura sem lanterna ou qualquer fonte de iluminação a luz da lua redonda no céu era o suficiente e ele conhecia a fazenda melhor que as palmas de sua mão. Foi subindo a colina devagar encarando o céu perfeitamente estrelado. Quando chegou ao topo se surpreendeu ver Isabella ali deitada na grama da mesma forma que a encontrou no dia que voltou da casa de Tânia, o mesmo dia que a vira nua!

- Pelo visto esse lugar é especial para você! – Isabella se virou assustada.

- Hey dar sustos nas pessoas não é uma atitude muito legal! – Edward deu um sorriso zombeteiro e se sentou ao seu lado.

- Você deveria estar dormindo! – Isabella desviou os olhos do céu e encarou Edward.

- Pare de me tratar como criança! Nem meu pai me trata desse jeito! – ele manteve a mesma expressão serena e os olhos no céu.

- Pois ele deveria! – Provocar Isabella, ele não conseguia entender o porque do prazer que isso lhe causava.

- E porque deveria? – Isabella não tinha tirado os olhos do Cullen por um instante.

- Porque pessoas adultas não amarram uma égua de 580 mil dólares em cavalos selvagens! – Isabella bufou e se levantou irritada.

- Ah agora vai me dizer que também não sei o que faço? – Edward se levantou sério.

- E sabe? – Isabella rolou os olhos.

- Não sei? – ele a encarou divertido.

- Já está bravinha Swan?

- Você tem o dom me tirar a paz! – ela disse cruzando os braços. Edward sorriu satisfeito. Ele sabia que algo definitivamente estava muito errado com ele.

- E porque isso eu consigo com tanta facilidade? – Edward se aproximou mais para intimidá-la. Na verdade nem era para intimidá-la, era porque ele a desejava e queria estar mais perto. Uma voz gritava em sua mente avisando que precisava fugir, fugir de Isabella!

(Musica obrigatória)

Vê-lo assim tão perto fez com que Isabella perdesse o fio da razão. Na verdade a razão já não exista há muito tempo! Amar Edward era uma prova disso! Isabella o conhecia bem, sabia que ele jamais deixaria de ser aquele bruto e grosseiro, mas mesmo assim as razões do coração, por mais que estúpidas e incompreensíveis, venciam as razões da pisque. Umedeceu os lábios respirando fundo aquele cheiro de terra molhada que emanava dele.

Definitivamente não existia razão! Não ao menos a que ela almejava!

Os olhos de esmeraldas encaravam os de Isabella. Olhos furiosos encharcados de desejo. A implicância para os dois mais parecia uma desculpa. Uma desculpa para poderem se falar e uma tentativa escrota de se odiarem. Uma desculpa que sempre em vez de afastá-los os aproximava cada vez mais!

Edward não entendia o porquê não virava as costas e ia embora. Ficar ali com ela sozinho não era claramente a melhor coisa a se fazer. Mas ele não conseguia se afastar estava preso ao chão, preso a ela e ao menos tinha idéia de como isso tinha acontecido!

Isabella por sua vez já estava cansada de guardar aqueles sentimentos que desde o incidente com a cobra haviam se intensificado de forma aguda que chegavam a ferir. Se aproximou mais, fazendo com que aqueles olhos de esmeraldas não se desgrudassem dos seus nenhum segundo. A respiração de ambos estava ofegante, Edward tentava inutilmente entender o que Isabella queria fazer.

A prepotente encantadora de cavalos engoliu o orgulho que tinha o volume três vezes maior que de seu estômago e roçou seus lábios na boca daquele grotesco fazendeiro que atendia pelo nome de Edward Cullen. Ele arfou fechando os olhos e segurando Isabella pelos braços. A Swan sorriu ao ver o corpo do grosseirão todo arrepiado e então selou os lábios de uma vez.

Tudo parecia ter acabado! O mundo havia sido engolido por um buraco negro e já não ocupava mais espaço no sistema solar! Uma explosão de sensações dominou os dois corpos que agora aparentavam ser um!

Edward perdeu a lucidez e invadiu furiosamente os lábios daquela mulher! Seu peito era martelado pelos batimentos desordenados e velozes de seu coração que neste instante havia mostrado que não estava morto como imaginava, mas apenas dormia esperando o motivo que valesse a pena acordar.

Isabella que nunca tinha provado o gosto de qualquer homem se deliciava de como os seus lábios eram tomados violentamente pelo Cullen. Aquela enxurrada de sentimentos que lhe feria, agora era apenas uma leve correnteza dominada pelo Cowboy que havia domado seu coração!

O que estava acontecendo afinal? Era tão difícil assim admitir que se amavam?

Ele ainda a segurava pelos dois braços só que agora com força. Edward mordeu o lábio inferior de Isabella que tinha as mãos espalmadas em seu peito forte e gemeu de prazer. Isso foi o que bastou para ele recobrar a consciência e se perguntar que diabos estava fazendo!

Ele a afastou desesperado: o que a maluca tinha feito?!
Isabella o encarou assustada com a atitude abrupta!

- Não posso! – ele arfou – Não! Não posso! Voce é a Bella! – ele soltou os braços da mulher que ele teimava em ver como uma menina – Eu e você! Isso não pode acontecer! Você é a Bella, a pirralha encrenqueira, a menininha prepotente! Eu te vi crescer! – ele disse exasperado - Definitivamente não!

O pavor que encobria Edward era palpável. Isabella piscou algumas vezes tentando compreender e conseguiu: ela estava sendo rejeitada.

Sorriu. Um sorriso que não mostrava os dentes e que nem atingia os olhos, um sorriso para a circunstancia que ela acreditava ser melhor sorrir do que chorar. Um sorriso banhado de amargura, tristeza e dor.

Engoliu seco e deu as costas para o Cullen caminhando lentamente para o casarão. Pelo menos agora ninguém, absolutamente ninguém, poderia acusá-la de não ter passado por cima de seus conceitos e principalmente de seu precioso orgulho.

Entrou no quarto e silenciosamente para não acordar a prima e se aninhou na cama encarando o teto. Não choraria, nem gritaria e muito menos espernearia. Porque nada o que ela fizesse mudaria o fato de que uma certeza latejava em seu peito: o Cullen não a amava!


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Notas finais do capítulo

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!!! Se mata!


Ahuehauehoaeuhauehouaehouahe... Gente eu me inspirei tanto que o próximo capitulo,o sete,está prontinho e o oito estou terminando de escrever!

Sério eu queria não ser a autora dessa fic pq eu estou meio que louca para saber o que vai acontecer nos próximos capitulos!Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.... Sim eu não sou normal! =D

Agradeço as meninas que não resitaram em comentar, obrigada mesmo, é tão bom entrar no Nyah e ver que um novo review foi recebido!!! Comentem bastante tá! E recomendem a fic para me ajudar a ganhar mais leitores!



Sério, NÃO SUBESTIMEM O PODER DE UM REVIEW!


Beijinhos :*