Moonshine escrita por Carool Black


Capítulo 5
Capítulo 04


Notas iniciais do capítulo

Olá! Mais um capítulo para as minhas poucas, mas lindas, leitoras! Espero que gostem!



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O vento soprava forte. Era realmente uma vantagem não poder ficar doente, porque com um vento daqueles, eu teria pegado uma pneumonia rapidinho. Estava até de cachecol! O quê eu achei um exagero até mesmo para vovô! Afinal, porque o vovô Charlie queria pão logo agora? Acho que aquilo mais foi uma desculpa pra eu sair de casa e ele e mamãe conversarem a sós. Bufei irritada. Eu podia muito bem ter ficado em La Push com Jacob. Depois de um longo tempo longe dele (nem tanto assim!), algumas horas não eram suficientes para matar a saudades. Mas não, mamãe insistiu que eu fosse ver o vovô. Ok, eu concordo que eu não o vejo há... uns 5 anos (nem te conto a cara de susto dele quando me viu parecendo com 17 anos ao invés de 5. Lendária!), mas ele poderia ter ido em casa, né?! Se bem que ele não se sente muito... confortável lá. Porque será?!!

Droga, onde estava a bendita padaria que 'ficava logo ali na esquina'?!! Já estava quase chegando ao fim do quarteirão e nada. Suspirei novamente e vi uma pequena névoa se formar com a minha respiração. Se ao menos Nat estivesse ali para me fazer companhia. Já fazia uma semana que havíamos voltado para Forks e nem pude me despedir direito dela. Ela também nem quis me ver. Senti um aperto no coração ao me lembrar.


#FLASHBACK NESSIE#

– Tem certeza que ela não está? - perguntei pela 4ª vez a diretora do orfanato de Nat. Era uma mulher gorducha e rosada. Tinha uma expressão severa e autoritária que provocava medo em qualquer criança. Ela me olhava por cima do óculos retangular, sentada na mesinha de seu escritório. Esperei uns 30 minutos até ela rodar o lugar procurando Nat e voltar pra me dizer que ela, supostamente, não estava.


– Tenho sim. - respondeu impaciente. - É melhor você ir embora e voltar outra hora.


– Mas eu não vou poder voltar. – murmurei e abaixei a cabeça triste. Se não pudesse falar com Nat agora, não falaria nunca mais.


– Então sinto muito! - ela se acomodou na cadeira de couro e me apontou a porta para sair. Acho que ela não ia muito com a minha cara. Ou provavelmente não ia com a cara de ninguém. Ia me levantar quando avistei um bloco de papel e tive uma súbita idéia.


– Será que a senhora poderia entregar uma carta a ela? - a diretora suspirou resignada como se fosse um extremo sacrifício para ela, mas concordou. Peguei o bloco e uma de suas canetas e comecei a escrever. Ela apenas me observou enquanto minha mão deslizava pelo papel.


Nat

Quando você ler isto eu provavelmente já estarei a caminho de Forks, mas não podia deixar de ir sem antes me despedir... ou pelo menos tentar me despedir de você.

Queria que você soubesse que sempre foi e sempre será a minha melhor amiga e que nunca, nunca mesmo, esquecerei os momentos em que você me fez acreditar que era normal e que poderia realmente ser feliz. Porque você sabe o quão dura é a nossa vida! Não vou enrolar, mas queria muito te dizer...

Me perdoe.

Me perdoe por ser tão péssima amiga e por não ter podido fazer mais por você. Só quero que você tenha a certeza de que não há apenas a lua para iluminar o seu coração.

Para sempre sua estrela guia, mesmo que você não queira,


Nessie


Enxuguei uma lágrima que ameaçava cair e entreguei o papel para a diretora. Ela o pegou e sem nem mesmo olhar, o guardou no bolso do casaco. Levantei, e depois de um tímido adeus, saí daquele lugar.


#FIM DO FLASHBACK#


Eu tinha quase certeza de que Nat nunca receberia meu bilhete e me odiaria pro resto da vida. Mas ela mesma me ensinara a ser otimista e eu não podia deixar de ter esperanças, mesmo que mínimas. Eu realmente sentia falta dela. O pior é que nem consegui mais culpar a minha família. Tive um acesso de raiva no dia da mudança, até ameacei me amarrar a casa e não sair dali, mas bastaram um pouco de insistência de meu pai, uma ajudinha no humor de Tio Jasper e uma promessa de ir a La Push assim que chegássemos e eu me convenci a entrar no carro. Bufando, é claro. Cheguei a declarar a todos o meu ódio, mas bastou um dia para que eu voltasse a falar com eles normalmente (afinal, eu precisava de uma carona até La Push para ver Jacob. Não que ele não pudesse me buscar ou eu ir correndo, mas foi outra coisa que eu adquiri de Nat, preguiça!). Bem, quando se tem a eternidade, não tem como ficar brigada com a família por muito tempo.

Aff! Finalmente! Ali estava a tal ‘padaria da esquina’ que fica a quase duas quadras da casa do vovô!

Estranhamente ela parece muito vazia. Mas devia ser normal, aquela cidade era vazia. E tínhamos ido até a casa de vovô em um horário que não poderia haver ninguém, já que ninguém poderia saber que voltamos. Isso era muito chato! Minha mão tocou a maçaneta e eu senti um arrepio na nuca. Sabe aquela sensação de que estão te vigiando?! Pois é!

Ignorei a sensação e adentrei o local. Um sino soou ao fundo do estabelecimento. O lugar parecia ter saído de um filme antigo, uma musica de orquestra tocava no rádio em cima do caixa. Aquele lugar era realmente estranho.


– Alô? Tem alguém aí?


Silêncio. Se eu fosse totalmente humana, acho que temeria por minha vida naquele instante. Enfim, eu precisava dos pães. Invadi o balcão e peguei uma sacola. Escolhi os melhores pães. Oras, eu ia pagar mesmo! Já estava tirando o dinheiro da bolsa quando ouvi o sino da porta de entrada. Virei-me achando que era o dono do local, mas não vi ninguém. Estranhei. Então porque o sino tocara? Será que era o vento? Movi-me na direção da porta com cuidado, de onde eu estava não poderia ser vista facilmente, o que era uma vantagem.


– Tem alguém aí? – perguntei quando ouvi o som de uma respiração meio ofegante.


Okay, pode falar que eu sou uma anta por denunciar a minha posição, mas pelo menos surtiu efeito. No mesmo momento ouvi um baque surdo e uma latinha rolou no chão aos meus pés. Virei-me rapidamente para ver quem estava ali. Arregalei os olhos e dei um passo instintivo para trás. Eu realmente não esperava aquilo. Não ali, não ela. Demorou um pouco para encontrar minha voz.



– O quê você está fazendo aqui?



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Notas finais do capítulo

Tcharã! Quem será que é?!? Quero muitos reviews com suspeitas! .q Um beijo e até o próximo capítulo!



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