Moonshine escrita por Carool Black


Capítulo 3
Capítulo 02


Notas iniciais do capítulo

Olha só, enquanto eu revisava esse cap, uma leitora linda e diva me mandou um review! *-* Fiquei super feliz de alguém ainda ler isso! Então, eu dedico esse cap a Thata_Nessie! :D Espero que goste! E vamos ser se, com mais esse cap, eu não atraio mais alguém?! Pensamentos positivos sempre!



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Os dois ‘projetos de Emmett’ vieram em minha direção e eu estava pronta pra brigar quando algo inesperado ocorreu. Aquela 'estraga prazeres' surgira do nada e se pôs a minha frente de braços abertos, como um escudo. Olhei pra ela como se ela fosse meio retardada.


– O quê você pensa que está fazendo?


– Salvando a sua vida! –sussurrou em resposta, mantendo os olhos fixos nas duas monstrengas.


Arregalei os olhos. Lembrei-me de Jacob. Ele sempre me protegia daquela maneira por mais que soubesse que eu era forte, afinal era um meio vampira e herdara a força de meu pai. Mas aquela menina de cabelos ondulados nem sequer tinha idéia da minha força e se arriscava por mim. Podem achar loucura, mas algo em mim simpatizou com ela, mas ainda assim não amoleci. Os brutamontes pararam no meio do caminho assim que a viram ali e olharam pra cabelo de milho.


– Sai da frente, Natasha! Essa briga não é sua! –disse a loira com raiva e deboche.


– Não! Ou você a deixa em paz, ou eu conto o seu segredo pra todo mundo aqui!


A loira gelou. Parecia uma estátua. Se não fosse a situação, eu teria gargalhado de sua expressão avaliando os vários alunos ali presentes que começaram a cochichar sobre a suposta fofoca. Fiquei sinceramente curiosa para saber do que ela falava. Que segredo era esse? A Barbie se recuperou logo e com uma cara de nojo disse.


– Tudo bem, eu deixo ela em paz. - A garota relaxou a minha frente e abaixou os braços. - Mas as minhas amigas podem se divertir, se quiserem!


Ferrou! Os dois gigantes vieram em nossa direção com um sorriso torto na cara. Eu e a garota nos encaramos, e como se pudéssemos ler os pensamentos uma da outra, nós corremos. Sem nem ligar pra todo mundo que estava lá, nós simplesmente corremos. Fiquei realmente impressionada com a velocidade dela e realmente intrigada com a minha atitude. PORQUE EU TÔ CORRENDO? EU SOU UMA VAMPIRA! Eu realmente não precisava fazer aquilo. Enfim... Despistamos as duas depois de uns 4 quarteirões. Acho que demos uma canseira nelas.


– Acho que... demos uma... canseira nelas. –disse a garota, parando na sombra de uma árvore e se recostando nela para recuperar o fôlego.


Olhei surpresa pra ela. Ela arfava, cansada, e eu nem sequer suava. Vantagens da minha espécie. Ela me observou provavelmente intrigada por eu nem sequer estar suspirando. Preparei-me para a enxurrada de perguntas que provavelmente viria, mas ela simplesmente sorriu e me ofereceu a mão em um comprimento.


– Prazer, eu sou Natasha. Simplesmente Natasha. Sem sobrenome ou família! - ela riu mais abertamente. Um sorriso sincero e bonito. - Mas pode me chamar de Nat se quiser.


Olhei pra ela surpresa e divertida. Apertei a mão que ela me oferecia. Ela arqueou as sobrancelhas, provavelmente intrigada com o meu toque tão quente. Tratei de largar sua mão logo, e sorri encabulada.


– Prazer, sou Rennesme Cullen. Mas todos me chamam de Nessie.


– Uau, que nome legal. - seus olhos brilharam, um brilho exótico e diferente. Eu levantei uma sobrancelha em descrença. Meu nome não era, nem de longe, legal! - Bem, Nessie, acho que agora podemos voltar para pegar o ônibus. Se ele ainda estiver lá.


Ela segurou o meu braço, ignorando a alta temperatura da minha pele, e me guiou de volta. Ela nem sequer questionou algo. Sem saber o que fazer, e totalmente pega desprevenida, me deixei levar. Não dissemos nada durante o caminho até o ponto de ônibus. Quando chegamos lá, não havia uma viva alma. Todos já haviam ido embora. Suspirei. E agora?


– Acho que vou ter que voltar a pé pra casa. - ela suspirou como se já estivesse acostumada com aquela situação. Isso explicava porque ela era meio desnutrida. - Você mora longe também?


– Na verdade, moro na estrada perto da entrada pra esse fim de mundo.


Notei os olhos da garota brilharem e percebi que não me livraria dela tão facilmente.


~*~*~


– ...mas o Candy’s sempre foi um lugar bom para se tomar sorvete! E então você se mudou há pouco tempo pra cá?


Estávamos na estrada, quase perto da minha casa. Natasha me mostrara um atalho para chegar mais rápido. Ela não parou de tagarelar um segundo enquanto andávamos, falando da sua vida, da escola e mais um monte de coisas inúteis. Pelo jeito queria que eu também falasse, o problema era que eu não estava nem um pouco afim. Balancei a cabeça afirmando. Ela pareceu chateada e baixou um pouco a cabeça. Achei que ela finalmente se calaria, mas ela logo voltou a falar.


– Desculpe se te incomodo, é que faz tempo que alguém fala comigo sem me olhar torto. Por mais que você tenha me olhado com raiva num primeiro momento. – sorri involuntariamente com a lembrança. - Foi um olhar diferente do que eu estava acostumada. Desde que os meus pais morreram todo mundo me olha com pena, desprezo, indiferença. O seu olhar foi até... reconfortante depois de tanto tempo.


Senti sinceridade em sua voz e isso me provocou um desconforto. Acho que ela estava tentando me fazer ficar com piedade e falasse com ela. Quer saber, ela conseguiu!


– Há quanto tempo seus pais morreram? –perguntei impulsivamente. Não era o que eu queria dizer, mas foi o que saiu.


Ela pareceu surpresa, não sei se pela pergunta ou se por eu estar falando com ela. Mas sorriu diante da minha reação.


– Há muito tempo. Nem me lembro deles direito. Moro em um orfanato que também fica na beira da estrada.


Ela tagarelou o resto da viagem falando do orfanato e da “megera obesa” que tomava conta do lugar, mas dessa vez eu prestava atenção. Era realmente triste e, ao mesmo tempo hilára, a história dela. Pelo menos do jeito que ela contava me fazia rir. Ela morava em um orfanato bem perto da minha casa, nunca foi escolhida para a adoção e seus pais haviam morrido em um incêndio quando ela era criança. E ela ainda conseguia repetir tudo isso rindo e fazendo piada! Seu jeito alegre me lembrava um pouco de La Push e dos Quileutes. Tinha certeza que adorariam conhecê-la. Ela me fez esquecer todos os meus problemas durante o caminho. Mais cedo do que eu esperava, chegamos a uma divisão na estrada, onde um lado dava para a entrada de casa e do outro para o orfanato dela.


– Bem, aqui é da entrada da minha casa. Obrigada por ter me ajudado hoje. –eu disse a ela. Havia simpatizado um pouco mais com aquela desnutrida de sangue doce.


– Não foi nada! Amigos são pra isso. – respondeu sorrindo e dando de ombros.


Sorri envergonhada e acenei me despedindo. Ela foi embora saltitando pela estrada, mais feliz do que estava antes. Parei antes de me virar para a entrada de casa e gritei.


– Ei, Nat! - ela parou de saltitar e se virou pra mim. - Qual é o segredo daquela Barbie falsa?


Ela riu com gosto e respondeu simplesmente.


– Ela chupa chupeta! - e se virou para ir embora.


Arregalei os olhos. Por aquela eu não esperava! Gargalhei até chegar em casa. Acho que, talvez, eu realmente gostasse daquele lugar.


#FIM DO FLASHBACK#


Suspirei ainda massageando o dedo que bati na cômoda. Recordei-me também que, duas semanas depois daquilo, ela me confessara que eu era sua única amiga e a única pessoa que ela tinha no mundo. Aquele dia ela destruiu todas as barreiras que eu tinha. Chorei de emoção sem me importar e a abracei. Desde então, ela tem sido minha melhor amiga. Porque eu teria de me mudar logo agora?


– RENNESME ANDA LOGOO!



Cai da cama com o susto. Alice surgira do nada ao meu lado e gritara no meu ouvido. Não tive nem tempo de xingá-la, pois antes que eu pudesse me levantar ela já sumira. Bufei outra vez. Droga de dia!



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Notas finais do capítulo

O próximo só virá com um review bonito! ;)
Beijos e divirtam-se!



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