Relatos de Uma Repórter Chamada Alice escrita por carlyluna
Notas iniciais do capítulo
Gente, o capítulo é curto porque eu quis parar bem em no climax da história... Espero que gostem e como sempre: Boa leitura!!!
O sonho da noite passada fora muito estranho, fora real demais. Os gritos, o choro, Molly. Eu acho que esta casa está me deixando louca, maluca, completamente pirada. Foi como se eu tivesse vivido a noite em que as crianças foram mortas. Quem seria a mulher má? O que ela fez de tão grave a ponto de deixar Molly daquele jeito?
Tirei a camisola e vesti rapidamente as minhas roupas. Senti um cheiro forte de bolo vindo de algum lugar. Era inevitável. O cheiro e meu estomago estavam ligados. Segui o cheiro até uma enorme cozinha. Ana estava junto a uma pia lavando alguns pratos. Sentei-me em uma cadeira e apoiei meus braços na mesa.
- Bom dia – ela disse – dormiu bem?
- Sim – menti – foi uma noite tranqüila.
- Esta casa é muito silenciosa – ela respondeu – todos que dormem aqui sempre têm uma boa noite de sono.
- É mesmo – sorri – você poderia continuar me contando a história?
- Sim – ela secou as mãos em um pano – onde foi que paramos?
- No dia do casamento de Gabrielle e Magno.
- Sim, é claro – ela se se sentou à mesa de frente para mim e continuou:
“Aquele dia foi um dia feliz para várias pessoas, menos para Elle, Tyler e Molly.
Eu vi quando os três estavam sentados em uma mesa no canto quando um garoto gordinho cheio de sardas veio e disse:
- Então – ele sorria – como vão os três órfãos?
- Não somos órfãos – Elle respondeu – temos nosso pai.
- Não por muito tempo, sua boba. Quanto tempo vocês acham que vai levar até o senhor Underberg abandonar e jogar vocês em um orfanato?
- Papai não nos deixaria – Molly disse baixinho.
- É claro que deixaria! Sua pirralha nojenta.
- Não fale assim com a minha irmã. – Tyler disse em um tom calmo e ameaçador.
- Ou você o que?
Tyler levantou da cadeira para encarar o menino de cima.
- Ou eu arranco todos os dentes da sua boca suja.
O menino saiu correndo com medo de que Tyler cumprisse a promessa de arrancar-lhe os dentes.
Ele sempre foi muito protetor com as irmãs, sempre fazendo a digna pose de um irmão mais velho.”
- Bom – Ana disse – acho que vou até o mercado para comprar ingredientes para o almoço.
- Tudo bem – me levantei – eu já estava indo mesmo.
- Não Alice – ela me interrompeu – você é hospede nesta casa. Fique.
- Tudo bem. Eu vou ficar no quarto. Eu tenho que começar a escrever minha história. Quem sabe eu não consigo uma promoção no meu emprego!
- Fique a vontade – ela sorriu ao se levantar e pegar sua sacola de compras.
Ela abriu a porta e saiu.
Encontrei-me sozinha naquela imensa cozinha. Cortei uma fatia de bolo e enchi um copo de leite. Subi as escadas com o cuidado de não derrubar meu café da manhã. No quarto eu peguei meu notebook da minha bolsa de mão e o liguei em cima da antiga escrivaninha, e me pus a escrever.
Foi quando eu ouvi uma risada.
Uma risada divertida, doce e delicada. Como se fosse a risada de um anjo.
A risada de uma menina.
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E ai? Que menina será essa? Como pode haver uma risada se Alice está sozinha em casa? Acaompanhem, recomendem, comentem!!! Tudo isso para deixar uma autora feliz!!!
Beijos e até o próximo capítulo...