Vingança e Destino! escrita por Chakal_Maldito


Capítulo 1
Capítulo 1: Cartas a mesa!


Notas iniciais do capítulo

Eles (Harry e Draco) não pertecem a mim infelismente,mas podemos brincar um pouquinho,não é mesmo???



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"Vou matá-lo!" Harry prometeu a si mesmo vendo Hermione chorar nos ombros de Rony. Não conseguia entender como Malfoy podia ser tão filho da mãe daquele jeito. Bem ou mal já fazia seis anos que se conheciam. Eram colegas.

Sabia que ele não gostava dele, nem de Rony e muito menos de Hermione, mas aquilo já era demais! Armar e humilhar a amiga na frente da família e dos professores era um golpe baixo demais até para um Malfoy.

O pior é que não podia fazer nada! Snape não permitiria que ele tocasse no seu preferedinho. Maldito também! Andando de um lado para outro ouvindo Rony tentar consolar Hermione só estava deixando-o mais bravo. Hermione e Rony eram seus melhores amigos, alias eram sua família e ver um deles sofrer partia seu coração.

Não agüentando mais aquela cena triste saiu da Grifinória blasfemando e bufando de raiva prometendo vingança. Tinha que se acalmar ou faria uma besteira... Como por exemplo, usar a SECTUMSEMPRA em Malfoy novamente, só que desta vez ninguém o salvaria. Tinha sido um acidente da primeira vez, não queria realmente machuca-lo, apenas se defender, não sabia o porquê, mas não conseguia fazer lhe mal propositalmente, mas dessa vez seria diferente, se tivesse a chance não pensaria duas vezes em acabar com aquele maldito.

Sentindo-se sufocado dentro de Hogwarts saiu para a Floresta Proibida, caminhando lentamente para o lago, tentando por os pensamentos em ordem. Estava feliz. O time tinha ganhado a Taça Quabribol, mesmo ele não tendo jogado, estava namorando Gina e Rony parecia estar aceitando bem, suas aulas com Dumbledore estava indo muito bem também... Mas faltava alguma coisa que não conseguia descobrir, achar...

Só tinha uma coisa que estragava seu mundo perfeito, alias duas: Valdemort e Draco Malfoy!

Valdemort mais cedo ou mais tarde teria que enfrenta-lo e isso poderia significar o fim de um dos dois ou dos dois. Era seu destino e não tinha como fugir dele, nem queria, mas era Draco Malfoy que fazia seu sangue ferver e ter sentimentos nunca antes si quer imaginados.

Nunca foram amigos, quando recusou sua mão na primeira noite em Hogwarts não imaginava que ali estava nascendo seu grande tormento.

Seis anos e as coisa só pioravam. Antes era piadinhas e provocações, agora já partiam para as vias de fato e mesmo assim parecia que ainda não era o bastante. Sem falar que suspeitava que Draco Malfoy houvesse se tornado um comensal da morte como o pai. Ou seja, outro seguidor de Valdemort.

Perdido nos seus pensamentos mal notou que já havia chegado na beira do lago. Um barulho nas águas despertou-lhe dos devaneios.

Firmando os olhos por detrás dos óculos redondos notou que alguém estava nadando no lago. Não era uma atitude muito recomendável, principalmente por causa das criaturas marinhas que lá habitavam.

Sentiu um arrepio no corpo quando avistou uma cabeça loira sumir e aparecer por entre as braçadas. Olhando em volta procurou por mais alguém. Se aquele fosse Malfoy Goyle e Crabbe deveriam estar por perto, “fazendo a segurança”! ’.

Não viu ninguém e a chance de pegar Malfoy longe dos amigos e principalmente de Snape fez seu sangue correr mais rápido pelas veias e seus olhos ficarem vermelhos de ódio e desejo de vingança.

Caminhou lentamente para onde Malfoy havia deixado suas roupas e sua varinha. Esperaria o tempo que fosse necessário.

Draco saiu do lago de olhos fechados tirando o excesso de água do rosto e dos cabelos. Aquele exercício lhe fizera muito bem. Precisava gastar energia e não queria a companhia de ninguém. Goyle, Crabbe e até mesmo Pansy andavam enchendo a sua paciência ultimamente. Principalmente depois do episodio com Harry Potter no banheiro da Murta-Que-Geme.

Quase havia morrido. Sorriu virando o rosto para o sol ainda com os olhos fechados. Seria tão bom se tivesse morrido. Não teria que cumprir seu destino e seria livre de tudo, de todos.

- Qual o motivo do sorriso Malfoy? Feliz com o que fez com a Hermione?!

Mesmo o sol estando quente e aquecer seu corpo Draco sentiu um arrepio gelado passar por sua medula.

Harry Potter!

Virando-se devagar abriu os olhos encarando-o. Não parecia o mesmo Potter de antes. Parecia aquele do banheiro da Murta-Que-Geme da ultima vez que se esbarraram sozinhos.

Seus olhos estavam ejetados de sangue e sua boca era um taco fino e duro de ódio e rancor. Até seus cabelos normalmente bagunçados pareciam espinhos espetados para todos os lados. Os braços colados a corpo que parecia tremer de raiva contida. Na sua mão direita a varinha fortemente apertada, os nos dos dedos estavam até esbranquiçados pela força que a segurava.

- Potter... Não, não estava sorrindo pelo que fiz com a sangue ruim, mas sim porque adorei o exercício. Nadar faz muito bem para a saúde, sabia?

Harry esperava muitas reações de Malfoy, menos aquela. Ele parecia tranqüilo demais e não se incomodou de negar o que havia feito a Hermione. Olhou em volta procurando méis alguém.

- Estamos sozinhos. Não tem mais ninguém aqui além de nós dois. Declarou Draco notando a atitude de Potter.

- Me responde Malfoy: Por quê? Só isso. Por quê? Não somos amigos, mas isso foi baixo demais até mesmo para você. Trocar um dos ingredientes da formula da Hermione para constrangê-la perante a família e os professores foi.... foi.... Desgraçado!!! Gritou Harry sem conseguir se segurar, queria pular no pescoço daquele maldito sonserino.

Draco apenas o olhava. Era admirável ver a lealdade dele com os amigos. Nunca teria um amigo assim. Vê-lo tão fora de controle era pelo que parecia, um privilégio só dele.

- Era o que tinha que ser feito. Se me diverti? Claro! Foi engraçado ver tudo explodir na cara deles. Eu queria pegar você! Mas isso é muito difícil. A única maneira de chegar até você é através de seus amiguinhos... Atingindo-os eu o faço sofrer. Principalmente o traidor do sangue e a sangue ruim!

- Como é que é?! Você fez isso para me atingir?! Harry não acreditava no que estava ouvindo. Sentiu ganas de assassinar aquele loiro idiota!

- É o que você ouviu! Não achou que eu fosse esquecer ou deixar barato o que me fez no banheiro, achou? Draco perguntou reparando que Potter estava perdendo o pouco de controle que ainda tinha.

- Aquilo foi um acidente seu miserável.... Desgraçado..... Vou acabar com você!!! Harry declarou erguendo a varinha apontando-a para Malfoy.

- O que vai fazer? Me atacar? Não seria muita covardia? Afinal eu estou desarmado, quase pelado... Outra SECTUMSEMPRA? Certifique-se que desta vez fez o serviço completo. Draco não estava preocupado. Sabia que Potter não o atacaria estando desarmado. Era correto demais para isso. Santo idiota.

Por mais ódio que tivesse sentindo de Malfoy não o atacaria desarmado. E reparando direito ele realmente estava quase nu. Apenas uma sunga vermelha não o deixava totalmente exposto. Olhando a sua volta achou a pilha de roupa e a varinha de Malfoy.

- Se vista!

- Não ....

- O que?!

- Não! Não vou me vestir. Não vou pegar minha varinha. Se quiser acabar comigo será assim... Desse jeito. Draco sabia que brigar frente a frente com Potter não era uma boa idéia, era perigoso e mal tinha se recuperado da ultima vez, não ia arriscar novamente. Derrepente a vida estava começando a ficar divertida.

- Covarde!!! Enfrente-me como homem... Harry queria acabar com Malfoy, mas não poderia atacá-lo sem ele poder se defender, não era um covarde!

Draco apenas sorriu dando de ombros. Mesmo desarmado tinha a vantagem. Seu sorriso foi se apagando quando viu Potter se afastar uns passos e colocar a própria varinha sobre uma pedra e voltar a se aproximar.

- Se não quer brigar como bruxo, vamos brigar como trouxas! Harry desafiou ficando em posição de ataque.

- Brigar de socos?! Como sangues ruins sem poderes e mal educados?!! Sou um Malfoy!!! Sangue puro! Não me presto a esse papelão! Draco se sentiu deveras ofendido com tal proposta.

- Qual é Malfoy? Ficou com medinho? Foi??? Não quer perder novamente para o sangue ruim aqui, não é mesmo? Não ganha de mim com magia, nem corpo a corpo! Harry sabia que Malfoy não fugiria a um desafio.

Draco olhou Potter de cima a baixo. Era um pouco maior que ele, era forte, apesar de não gostar de exercícios tinha um corpo definido e com músculos nos lugares certos. Era lindo. (NA: Modesto!!!)

- Ok, mas não vou me vestir. Se quiser uma luta justa e limpa terá que se despir. Ficar igual a mim!

Por essa Harry não esperava. Vendo o sorrisinho de Malfoy teve a certeza que ele achava que não se prestaria a algo assim. Estava muito enganado aquele loirinho! Afastou-se encarando Malfoy. Não o perderia de vista de jeito nenhum.

Draco ofegou vendo Potter se despir. Parecia estar fazendo um show de strip-tease só para ele. Tirava cada peça de roupa sempre o olhando, encarando-o. Tirava e dobrava-a e colocava na pedra junto com a sua varinha. Tinha que admitir: Harry Potter tinha um corpo muito bonito, não tão bonito como o dele, mas bonito. Moreno com poucos pelos no peito e no abdômen, pernas grossas e cobertas por pelos castanhos claros. Não tinha tantos músculos quanto ele, mas chegava bem perto. Sentiu sua garganta seca.

- Cueca preta? E de seda? Pensei que só usava branco ou qualquer outra cor pálida e sem graça!

Harry não gostou do deboche, mas não confessaria nem sobe tortura que tinha um fetiche por roupa de baixo preta e principalmente de seda ou cetim. Sentindo o olhar de Malfoy sobre seu corpo arrepiou-se todo. Não sabia o que pensar.

- Não sabia que só você podia usar preto?! Alias, essa cuequinha vermelha é uma gracinha!

- Gostou? O que ela guarda não é uma gracinha, mas acho que você ia gostar bem mais!!! Draco respondeu a provocação à altura.

- Cretino safado!!!

Draco não teve nem tempo de responder. Sentiu um soco na boca que o fez cambalear para trás.

- Muito bem! Se for assim que você quer!!!

Potter se curvou quando acertou-lhe um soco na boca do estomago, mas não teve tempo nem de comemorar. A briga era para valer e nenhum dos dois queria perder!

Socos, chutes, tapas e golpes baixos... Teve de tudo e já demorava minutos aquela peleja. Nenhum se dava por vencido. Por fim seus corpos esgotados e extenuados,  desabaram em um montante de folhas secas ao lado.

- Até que você briga bem para um sangue puro!

- Claro que sim! Sou um Malfoy! Sou perfeito! Mas você também não é ruim.

Deitados lado a lado olhando para a copa das arvores ao redor descansavam. Suas respirações ofegantes foram ficando ritmadas até ficarem normais.

Sentando-se na posição de lótus Draco observou Potter que continuava deitado. Limpou a boca que sangrava graças a um corte no lábio inferior. Potter tinha um corte no supercílio esquerdo também, mas assim como seu lábio não era profundo.

- Se acalmou Potter?

Harry olhou profundamente. Sim tinha se acalmado, mas ainda o odiava. Por tudo, mas tinha a sensação que era algo mais. Tinha alguma em Malfoy que o perturbava. Não sabia o era, mas sempre se pegava olhando-o, observando-o, se ficava quito sempre achava que estava armando, se estava alegra tinha certeza que ele estava aprontando! Faltava alguma peça naquele quebra-cabeça.

- È melhorou! Sua boca esta sangrando.

Draco riu, mesmo sentindo o corpo todo doer. Rui de verdade achando graça da situação. O que será que seu pai acharia se os encontrasse daquele jeito? Seminus e machucados?

- Seu supercílio também “testa rachada!”.

Harry ficou hipnotizado vendo Malfoy rir. Não aqueles sorrisinhos maldosos e desdenhosos de sempre, nem aquele sorriso de fachada que fazia quando aprontava alguma coisa, mas um riso de verdade. Alegre, espontâneo, cristalino, sincero. Parecia outro. Seu rosto relaxou e os cabelos molhados que já começavam a secar caiam sobre seus olhos, dando-lhe a aparência de um menino feliz, um anjo dourado e feliz.

Draco se pos de pé e estendeu a mão para Potter. Fez o gesto sem pensar, mas não voltou atrás.

Harry se lembrou da ultima vez que Malfoy tinha lhe estendido à mão. Apesar de tudo, desta vez aceitou e foi içado do chão ficando frente-a-frente com seu tão “odiado inimigo”!

- O que teria acontecido se você tivesse aceitado daquela vez? Como seríamos nós dois agora? Perguntou Draco ainda segurando a mão de Potter.

- Não sei. Talvez fossemos amigos... Talvez você houvesse se tornado um cara melhor... Talvez eu houvesse me tornado um cara pior... Talvez Valdemort tivesse conseguido o que tanto deseja... Ou não. Talvez.... Se... Não tem como saber! Afirmou Harry soltando-lhe a mão e procurando suas vestes.

Vestiram-se em silencio, às vezes um reparando no outro. Perdidos nos próprios pensamentos confusos e inconfessáveis.

- Harry? Draco o chamou quando viu que ele partiria sem mais nada falar.

- Sim? Harry estranhou ser chamado pelo primeiro nome por Draco Malfoy, mas como foi com educação, virou-se e o encarou.

- Eu não tracei meu destino, nem você o seu. Não sou seu inimigo porque quero ou porque gosto... Simplesmente é assim. Não vou dizer que não gosto de infernizar você e seus amigos, mas se não tenho opção, tenho ao menos que me divertir. Quem sabe um dia, talvez... As coisas sejam diferentes... Talvez aí eu possa mostrar o que realmente sinto, o que realmente desejo. Draco declarou caminhando-se lentamente para Potter. Levantou a mão direita e acariciou-lhe a face.

Tinha nos olhos cinza o brilho das lagrimas que não podia derramar e dos sentimentos que não poderia jamais confessar, mas por um estante deixou que a fantasia de um outro mundo, de uma outra realidade se fizesse presente.

Curvou-se vagarosamente dando oportunidade de Potter de impedi-lo se fosse sua vontade e tocou os lábios com os dele. Um beijo proibido, leve como o passar das asas de uma borboleta, casto. Um simples roçar de lábios, no entanto significava mais do todas as palavras já ditas e principalmente as não ditas.

Harry sentiu seu coração expandir e se apertar de uma só vez. Parecia querer explodir. Estava paralisado, mas seu sangue corria por suas veias numa velocidade assustadora, assim como seus pensamentos.

Viu Draco partir de cabeça baixa e mãos nos bolsos, lentamente. Parecia solitário perdido. Passando a mão no rosto achou uma lagrima, mas não era sua. A levou à boca. Provando-a. Sabia o que ela significava.

Sentiu seus olhos arderem. Finalmente havia achado a peça que faltava ao quebra-cabeça e mais do que nunca se sentiu perdido.

Como? Por quê? Desde quando? Quem poderia saber. Como Draco mesmo havia dito, nenhum deles escolheu seus destinos, mas não poderiam fugir deles.

Veio procurando vingança e saiu se sentindo derrotado, perdido. Como faria agora? Agora que sabia o porquê de Draco Malfoy perturbá-lo tanto?

Abaixando a cabeça olhando as folhas caídas no chão sendo levadas pelos ventos se sentiu um joguete nas mãos do destino. Caminhando devagar de volta a Hogwarts trazia no peito, não a raiva ou o rancor que o levou ali, mas a dor e a impotência de não poder fazer nada para mudar os caminhos que a vida havia traçado para eles... Eram dois perdidos... Não podia amar... Não podia ser amado....

“Quem sabe um dia...... Talvez......”.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Até uma próxima.