Tudo Pode Mudar escrita por Lita Black


Capítulo 18
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem.
Beijos!



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Estou tão feliz. Passei todo o dia com Jacob. Passeámos pela floresta, fomos ao penhasco onde ficámos a namorar e ainda fomos à clareira ver o pôr-do-sol. Ficou decidido que o nosso sítio será a clareira e que todos os dias iremos lá para ver o sol se pôr. Também decidimos que vamos ficar namorados até acharmos que esteja na altura certa para casar. O que no nosso caso está para breve porque nós nos amamos muito. Nunca pensei amar alguém como amo Jacob. O que eu sentia por Charlie nem sequer se compara ao que eu sinto por Jacob. Ele é tão especial e tenho plena certeza que ele nunca me irá magoar. Ele para além de me amar muito também tem o imprinting por mim, o que quer dizer que ele preferia morrer do que me magoar. E eu também preferia morrer do que o magoar. Ele é demasiado importante para mim. E eu demasiado importante para ele. E sempre será assim. Nada irá mudar.

Já era de noite e tínhamo-nos acabado de despedir e cada um estava a dirigir-se para a sua casa. Eu fui lentamente em direcção à casa dos Cullen. Queria pensar em como este dia mudou toda a minha vida e toda a minha perspectiva da mesma. Em como me tornei de uma garota fria e sem sentimentos, só com a melhor amiga ao seu lado, para a garota forte e apaixonada que agora sou. Como tudo mudou!

Entrei em casa e deparei-me com toda a família Cullen a assistir televisão.

-Então como é que ficaram os pombinhos? -perguntou Claire e todos olharam para mim.

-Anda lá para cima e eu conto-te. -eu disse, apontando para as escadas.

Claire levantou-se num pulo e correu escada a cima. Eu fui atrás dela. Passámos o corredor e entrámos no meu quarto.

-Conta, conta, conta. -pediu.

-Parece que estou a viver um sonho. -eu disse, colocando a minha mão na cabeça. -Um sonho maravilhoso que eu nunca quererei acordar dele.

-Uau! Bateu mesmo forte. -ela disse a rir. Eu ri também.

-Nem imaginas. É surreal! -exclamei.

-Conta-me tudo. Detalhadamente. -ela enfatizou o detalhadamente.

-Ok! Eu pelo caminho coloquei uma substância que eu tinha para disfarçar o cheiro vampírico. Depois discretamente entrei nas terras Quileute. Segui caminho até à casa do Jake. Eu consegui identificar o cheiro dele, por isso cheguei lá. Tive sorte porque ninguém do bando me viu. Cheguei à porta e bati e logo um senhor de cadeira de rodas me atendeu e apresentou-se como pai do Jake. Ele é super simpático e ficou muito contente por conhecer o imprinting do filho…

-O que é um imprinting? -Claire perguntou, me interrompendo.

-Se guardasses a tua curiosidade, talvez saberias o que era ao não me interromper. -eu disse, fazendo uma expressão séria.

-Continua! -exclama Claire, pondo os braços no ar.

-Obrigada. O imprinting é quando um lobo encontra a sua alma gémea. Até pode acontecer quando a alma gemes do lobo ainda é criança…

-Ele são pedófilos? -Claire perguntou espantada.

-Não! Podes parar de me interromper, assim percebes tudo mal. -eu disse irritada. -Se ainda forem crianças o lobo é o que elas precisam. Um pai, um irmão, um melhor amigo, um namorado. É o que o imprinting precisar. E eu sou o imprinting do Jacob. -disse a sorrir e continuei. - Então eu e o pai do Jacob combinámos que o pai do Jacob iria acordar o filho, dizendo que vampiros tinham entrado nas terras Quileute e com certeza Jacob sairia voando porta fora. E quando isso aconteceu eu estava lá e declarei-me a ele. -eu completei.

-Tu? A declarares-te de uma forma directa? Impossível! -Claire exclamou.

-Pronto! Foi de uma forma indirecta mas que permitiu que ele se declarasse também e no final beijámo-nos. -eu disse com um sorriso de orelha a orelha.

-E como é que foi o beijo? -perguntou.

-Foi carinhoso, intenso e apaixonado. -eu respondi, suspirando.

-É impressão minha ou estou a ver que alguém aqui dentro está completamente apaixonada por um cero lobo chamado Jacob? -Claire perguntou sarcasticamente, com um sorriso de orelha a orelha.

-Bingo! Acabas de descobrir a América. -eu exclamei na brincadeira. Ela começou a rir tanto que eu até pensei que ela ia morrer por falta de ar.

-Boa piada! -ela exclamou com muita dificuldade.

-Eu sei. -disse, tentando fazer um ar de superioridade. Resultado: A Claire desmanchou-se a rir, novamente.

-Agora mudando de assunto…-ela disse com muita dificuldade. -Vocês agora são namorados? -perguntou.

-Sim. -respondi a sorrir. -Estamos super… como é que as revistas dizem? Ah! Super in love.

-Já deu para reparar. -ela murmurou.

-E tu? Quando é que arranjas namorado? -perguntei casualmente. Já fazia algum tempo que não via Claire com ninguém. Ela podia ser um pouco louca mas falando em namorados, era um assunto extremamente sério para ela.

-Ainda estou à procura da pessoa certa. -murmurou triste. O seu último namorado arranjou-lhe um parzinho de sapatos e mando-a calça-los, isto quer dizer que a despachou.

-Alvo em vista? -perguntei.

-Não, nada. -respondeu desanimada.

-E se eu pedisse a Jacob que te apresentasse aos outros lobos da sua alcateia. Pode ser que encontres algum rapaz que aches piada. -eu propus.

-Agora queres-te armar em casamenteira? Queres que te relembre que tu à uns dias atrás andavas a chorar pelos cantos. -ela disse séria.

-Eu tecnicamente não consigo chorar. -eu disse a rir. Ela também se riu.

-Então faz isso. Obrigada amiga. -ela disse e abraçou-me.

-Tudo bem. Eu trato disso mas primeiro preciso de caçar. -eu informei.

-A estas horas da noite? -Claire perguntou.

-Sou vampira. Quero lá saber se é noite ou se é dia. -eu dei de ombros.

-Tudo bem. Bom passeio nocturno. -ela desejou.

-Boa noite para ti também. -eu despedi-me.

Desci as escadas lentamente, dava para ver que todos os Cullen estavam nos seus quartos. Passei a sala e abri a porta da rua. Dirigi-me o mais rapidamente possível para a floresta e comecei a activar o meu olfacto. Andei um pouco pela floresta até sentir o cheiro de um leão da montanha. Aí comecei a correr para onde o cheiro se intensificava mais. De longe pude o ver. Deitado e majestoso. Era incrível que um ser tão pequeno como eu possa caçar leão com quase o dobro do tamanho. Rondei um pouco e quando vi que ele estava mais desprevenido, ataco-o.

Após já estar saciada porque o leão era enorme, acho que dava para alimentar uma aldeia inteira de humanos, comecei a ouvir passos atrás de mim.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
Beijos!