Memories escrita por Ju Mendonca


Capítulo 1
Memories...


Notas iniciais do capítulo

Hey, parabéns atrasado Nanda-chan. Aproveite a fic... e deixe reviews



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O capitão da 10ª Divisão, Hitsugaya Toshirou, estava franzindo senho a sua papelada, e apesar de os relatórios geralmente provocarem tal reação na maioria das pessoas, a causa de suas sobrancelhas vincadas não era os pedaços de papel na frente dele, mas sim Matsumoto Rangiku. A geralmente despreocupada, preguiçosa, evite-a-papelada-como-ela-se-fosse-praga, fukutaichou alegre estava sentada à sua mesa, diligentemente preenchendo os formulários que ela normalmente tentou esconder debaixo do sofá e fingir que não existiam. Mas para perplexidade a pilha de papéis concluída foi realmente superior ao sua, um evento sem precedentes.

Ele tentou manter a calma, e assim o fez. Afinal, ele estava sempre perseguindo ela para obter algum resultado, ea quantidade que ela tinha feito hoje era incrível, mas não podia deixar de perguntar se algo estava errado com sua fukutaichou para ela estar agindo tão fora do comum. 


"Er Matsumoto ...?"

"Sim taichou?" Os olhos azul claro nem sequer tiraram olhar do pedaço de papel que ela estava ocupada escrevendo.

"Por que você está aqui?"

Desta vez os olhos se voltaram arregalados. "Oh taichou, não é uma pergunta boba? Eu estou trabalhando!"

Hitsugaya se contraiu. "Eu posso ver isso! É apenas ... porque você está trabalhando?"

"Porque eu sou sua fukutaichou!" Matsumoto inclinou a cabeça enquanto ela estudava seu capitão. "Você está se sentindo bem taichou? Você está me fazendo um monte de perguntas tolas hoje ..."

"Matsumoto ...!" O rosnado pode ser ouvido no seu tom de voz, mas ela só deixou escapar um riso silencioso e olhou novamente para o seu trabalho.

O som do farfalhar de papel encheu o ambiente, em seguida, ela ouviu o consumo acentuado de respiração por parte do taichou. Olhando para cima, curiosamente, encontrou os olhos verdes assustados olhando-a.

"É seu aniversário hoje ..."

Matsumoto ficou tensa, já não sabia se teria forças pra suportar as lembranças que começavam a torturá-la, então, rapidamente abaixou a cabeça para que seu cabelo caísse como uma cortina em seu rosto.

"Então porque..."

"Bem, eu pensei que o senhor me acharia louca de sair pulando por aí hoje apenas porque é meu aniversário, mas parece que o senhor não pensa assim, então eu vou ir agora." Matsumoto apressadamente se levantou e correu em torno da mesa dirigindo-se até a porta. " Bye Taichou "

Hitsugaya sabia que a mulher não estava bem, e também sabia que ela contaria o que estava errado quando sentir-se segura disso, ora ou outra contaria.

Ao sair Matsumoto deixou escapar um suspiro. Ela deveria ter sabido que fazer a papelada despertaria a curiosidade de seu taichou, porém não conseguia pensar em outra maneira de ocupar o seu tempo e pensamentos. Ela não podia deixar-se ociosa, com certeza, hoje não. Se ela não fize-se nada, todas aquelas lembranças viriam correndo atrás de si, juntamente com as emoções indesejadas e a dor.

E Rangiku sabia que sair do quartel era tudo que não deveria ter feito, precisava ocupar a mente, sem saber muito bem o que fazer optou por arrumar a casa, fez tudo que nunca fazia, tudo para não pensar nele, tudo para não ver o muro de gelo derreter e tornar-se lágrima.

Já havia anoitecido, agora era inevítavel pensar nele afinal ela não podia voltar para o escritório e fazer os relatórios, pois as chances de que seu capitão ainda estivesse lá dentro eram enormes, e ela realmente não queria lidar com mais perguntas hoje. Sendo que perguntas significavam pensar sobre o que havia sido pendurado sobre sua cabeça como uma nuvem de tempestade deprimente durante o dia todo.

"Rangiku-san!" na beira da janela, viu os garotos e todas as garrafas de sakê, que pudesse tomar, acenando para ela, "Happy Birthday! Saia para que possamos comemorar!"

Ela encolheu-se interiormente. Hoje realmente não era um dia apropriado para se ter companhia, porém não podia simplesmente mandá-los embora "Talvez eu possa beber bem o suficiente para não ter que pensar nisso. E os meninos são sempre bons em me fazer rir..." Matsumoto murmurou para si mesma, levantou-se com um suspiro e caminhou para fora, colocando um sorriso no rosto.

Algumas horas (e quem sabe quantas garrafas de saquê), mas tarde,  ela encontarva-se sozinha depois de ter consumido uma grande quantidade de álcool, e as Memórias que ela vinha suprimindo o dia todo correram à ela, obrigando-a a conviver com elas, reabrindo feridas mal fechadas, quebrando o mudo de gelo...

“Rangiku, que dia é seu aniversário?!”

“Não sei Gin. Nunca contei os dias, desde que te conheci”

“Ahh, isso é um problema. Bom, vamos fazer assim: o dia do seu aniversário vai ser o dia em que você me conheceu! Tudo bem?! Assim, poderemos fazer uma festa para nós dois! Que tal?!”

“Bem... – ela estava feliz – Tudo bem, eu aceito!”

.
Maldito ... Maldito, maldito, maldito! Era tudo que conseguia pensar.

Lutava para esquecer aquelas memórias, lutava para esquecer quem tinha lhe dado uma data de nascimento. lutava desesperadamente para esquecer quem conheceu nesse dia, há tantos anos, porém era difícil não pensar nele...

“Gin...”

“Rangiku?! O que está fazendo sozinha aqui, à uma hora dessas da noite?! E... por que seu rosto está tão machucado assim?!”

“Eu... eu estou com medo. Será que você poderia ficar um pouco comigo?!”

“Ehhh, sua medrosa... Mas tudo bem, eu fico com você. Venha eu vou te levar a um lugar muito bonito!”

“T-tudo bem...”


Ele fora sido seu único amigo nos primeiros dias de solidão em Rukongai e, lentamente, muito lentamente, ela admitiu para si mesma que tinha se apaixonado por ele.

Os sentimentos não mudaram com o passar do tempo, e como eles cresceram juntos, se apaixonava mais e mais, mesmo depois que se tornou mais misterioso e secreto. E enquanto outros não podiam compreender a sua máscara sorridente, Matsumoto via emoção em seu rosto.

Mas depois que a deixou. Não, ele não se limitou a sair, se tornou um traidor da Soul Society.  traiu seus companheiros, traiu seus amigos, traiu.  E Ela foi deixada para trás para pegar os pedaços de sua vida despedaçada. Para recolher os pedaços e tentar juntá-los novamente, para tapar o buraco que o homem fez.

Rangiku soltou as lágrimas que segurou o dia todo, chorou. Ela chorou sobre a amizade perdida, os anos perdidos, o amor perdido. Chorou sobre a traição do homem que tinha sido seu amigo desde a infância, o homem que ajudou a moldar o seu mundo, o homem que amava com todo seu coração. Enrolando-se em sua cama, Matsumoto chorou até dormir.

Por estar dormindo, perdeu o suave balançar das cortinas para deixar alguém entrar, Perdeu os passos suaves se aproximando devagar e cuidadosamente. Não ouviu o som abafado de um pacote que sendo colocado ao lado de sua cabeça, nem ver o sorriso sempre presente se transformar em tristesa ao ver seu rosto molhado de lágrimas.

Não o sentiu curvar-se, ficando tão proximo que fez sua franja vibrar com sua respiração e não ouvi quando ele sussurrou "Feliz Aniversário Rangiku" em seu ouvido.

Ela não se mexeu quando ele retirou um fio de cabelo de seu rosto, nem quando ele se inclinou pressionou suavemente os lábios contra seu rosto. Não pode vê-lo fazer uma pausa na janela, banhada pela luz da lua.

Mas ela parecia o ouvir em seus sonhos, a voz suave e triste de Ichimaru Gin levada a ela pela leve brisa que adentrava à janela.

"Eu sinto muito ..."


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Notas finais do capítulo

Não se esqueça do review (: