Em um pequeno deslize Annabeth tropeçou e caiu em cima de Percy, os dois começaram a rolar pelo parque, um em cima do outro. Até o momento que os dois pararam a menina em cima do menino, como se fosse num filme, as respirações bem próximas um da outra, um magnetismo rolando entre eles, ela é positiva e ele negativo, será que vão mesmo se atrair? Os rostos foram se aproximando devagar até que os lábios de ambos se encostaram, não foi nada romântico com em filmes melosos de cinema, não foi nem um pouco sufocador, na verdade durou menos de um segundo, mas durou o bastante para eles sentirem e isso que importa. O talvez tenha durado bastante, afinal quando o amor verdadeiro surge o mundo para.

Annabeth levantou-se imediatamente. Como ela deixou isso acontecer? Percy também não estava no seu normal. Os dois estavam sem palavras, sem reações e até mesmo sem pensamentos.  Depois do que pareceu uma eternidade a menina finalmente se pronunciou:

-Para todos os efeitos, isso determinadamente não aconteceu, ok?- o garoto não soube fazer nada além de balançar a cabeça

-Você está toda suja de tinta- riu o garoto tentando acabar com o clima tenso entre eles. Mesmo assim não conseguiu mais do que um sorriso singelo vindo da moça

-E a culpa é toda sua- Annabeth respirou fundo e prosseguiu- Acho melhor eu ir

Annabeth mal deu dois passos e o moreno segurou seus braços.

-Espera, nós ainda não terminamos. Acha melhor terminar outro dia?

-Não. Nem hoje nem nunca mais.

-E o nosso acordo? Você quer que eu ainda mecha com você e... – ela não o deixou terminar, já estava farta

-Eu não quero que você pare por um favor. Quero que pare por que quer realimente, o pior é que sei que nunca vai querer.

-Você não parece ter tanta certeza? E você vai negar pra sempre tudo que aconteceu?

-Como já disse: Finja que nada disso nunca aconteceu- e sem dizer mais nenhuma palavra foi embora

Annabeth chegou a casa quase as lagrimas. Como ela foi se deixar se envolver por um garoto que não sente nada além de pena dela? Porem seus pensamentos acabaram no momento em que Atena abriu a porto de casa para Annabeth entrar. Sabe aquele momento que seu coração para por um segundo? Pois essa foi a reação exata de Annabeth.

-Oi mãe- disse a garota entrando na casa

-Onde você estava? E não me diga na escola porque me ligaram de lá para dizer que você não foi hoje. Diga-me agora onde estava Annabeth Chase?

-Eu... Fui ao parque fazer um trabalho- disse timidamente a menina assustada com o tom de voz da mãe

-Sei muito bem que tipo de trabalho- falou Atena olhando a filha de cima a baixo, toda suja de tinta

-É serio, eu não tive a intenção de...

-Não quero ouvir desculpas. Se não me falha a memória você tem uma semana de férias, certo?- a garota balançou a cabeça positivamente

- Pois você ira passar essa semana em Nova York com seu pai- e apressou-se a falar quando a menina abriu a boca- E não quero saber de reclamações. Você vai e pronto. E agora vá para o quarto e não saia de lá até eu mandar

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Percy andava cabisbaixo para casa. As palavras cortavam sua alma como navalha. Doía muito e não era nem um tipo de dor que se sara com alguma pomada. Doía no coração. E por mais que ele não quisesse admitir estava apaixonado pela loira.

Ao chegar a sua casa encontrou sua mãe com as chaves do carro na mão. Primeiro achou estranho o fato de ela estar em casa. E depois o rosto dela estar mais brabo do que de costume

-Eu ia lhe devolver seu carro hoje. Mas pelo visto você ainda não apreendeu a lição. Eu venho tentando ser compreensiva com você, mas não dá mais. Ou muda de atitude e de notas ou eu vou mandar você para um internato.

-Você não pode fazer isso. Eu estou quase com dezoito anos e depois de verão eu já vou par a universidade

-Isso se você passa em alguma. E até seu aniversario e o fim do verão muita coisa pode acontecer

-Isso não é justo- berrou o garoto

-A vida não é justa e eu tenho que lhe ensinar isso, pois queira você ou não eu sou sua mãe- disse Sally com uma expressão fria

-EU TE ODEIO- gritou tão alto Percy que ninguém se assustaria em saber que toda São Francisco ouviu

-Vá para o seu quarto agora- disse calmamente para o filho, contudo por dentro estava quase morrendo pelas palavras do filho. Onde ela errou com a criação do menino? Porque ele nunca a respeitava?

Percy entrou no seu quarto e desatou a chorar. Não teve medo de exprimir o que estava sentido, porque era um sentimento puro. Quem ninguém, muito menos sua mãe, ia lhe tirar.

Abriu a gaveta em busca da foto do pai. Por que Poseidon tinha ido embora sem ao menos se despedir? Por que deixou o filho sozinho? Tantos por que e respostas inacabadas

E enquanto chorava mal imaginava que não era o único do outro lado da cidade uma jovem loira e com olhos inesquecíveis chorava como se nunca tivesse feito isso na vida. As lagrimas dos dois pareciam não ter fim.  Um sofrimento comum que desconheciam. Tão jovens, mas com uma dor infinita.  Lagrimas por motivos tão parecidos e tão distintos ao mesmo tempo. Lagrimas de ódio e também de amor.

Como o destino gosta de pregar peças, não? Algo que você nunca considerou possível acontece num passe de mágica. Talvez não seja tão ruim assim, ou talvez seja. Sempre há uma solução e ela sempre e aquilo que você nunca esperaria.  Doce ironia que confunde as mentes de milhares de pessoas ao redor do que chamamos de mundo.  Mas como nada vem de graça, tem que saber fazer sacrifícios.  Será que ambos estão prontos para as consequencias do amor?