até o Sol se Pôr. escrita por Julyana


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Mais uma daquelas histórias que surgem em minha mente e só me deixam depois de escritas...
Mas essa é diferente.
Além de ser um pouco maior vai tratar de temas que vemos no nosso dia-a-dia, como diferenças sociais e de estilo e como o preconceito pode afetar algumas vidas, de forma boa ou não.



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Simplesmente não estava mais dando para levar. Será que toda essa gente não podia arrumar outra coisa para fazer e nos deixar ser feliz?

Vocês não devem estar entendendo nada, né? Então eu vou contar uma pequena história para vocês...

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Eu me chamo Isis Maurell e sempre me destaquei na escola, fosse pelo meu jeito extroverdito e inquisidor de ser ou por minha fascinação pelos livros.

Eu tinha tudo para ser como a maioria da minha classe, exceto por uma coisa: eu tenho cérebro e me recuso a deixar levar pelos outros.

É claro que isso não ia sair barato para mim. Ninguém podia se mostrar superior as “mais populares” e sair ileso e comigo isso não foi diferente.

Falando sinceramente no inicio do meu terceiro ano elas se tornaram o meu menor problema. Nada que me afastar ou mostrar superioridade não afastasse, embora não resolvesse totalmente o problema. Meu maior problema surgiu no inicio do meu terceiro ano do ensino médio quando, recém chegado da Escócia, o primo de uma das idiotas se matriculou na minha escola.

Meu primeiro dia de aula é um borrão em minha mente. Tudo que eu lembro é de chegar à sala e ver, sentado na primeira fila na cadeira da direita em frente a mesa do professor, o garoto mais bonito que já havia andado sobre a Terra [/nem sou exagerada ;)

Seu nome era Sirius McClain, tinha olhos de um verde acinzentado, cabelos negros, a pele clara e constituição forte. Não nego que achei que fosse uma alucinação até que ouviu o pigarreio do meu professor indicando que a aula ia começar.

Senti meu rosto corar enquanto murmurava um pedido de desculpas e me apressava em sentar ao lado da minha amiga desde sempre Nana Oliveira que, embora tenha tentado manter uma conversa comigo, logo notou que minha atenção estava no menino sentado sozinho à nossa frente, nas mesas que costumavam ser nossas.

Mal sabia eu que tudo estava só começando...

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Só um mês havia se passado e minha vida pouco a pouco ia se tornando um inferno.

Logo no inicio das aulas Sirius se mostrou totalmente diferente da prima. Além de ser inteligente e aplicado mostrava-se frio e distante, evitando assim a aproximação de todos.

Não preciso dizer que isso tirou Lívia do sério. Lívia é a prima idiota dele, que aparentemente esperava que Sirius se tornasse seu braço direito e não tendo tido essa resposta dela passou a atormentar-me ao comparar ou tentar subjugar minha capacidade com a dele.

Não que eu seja uma CDF ou tenha necessidade de ser a melhor. É só que os livros e a educação sempre estiveram presentes na minha vida e se tronaram parte de tudo que eu sou quando eu ainda nem sabia quem era.

Logo que entrei na escola pude ver o que é ter as respostas na ponta da língua enquanto as outras pessoas nem se davam conta do que o professor estava falando. E vinha sendo assim... Até agora.

Agora havia aquele menino de olhos frios que sempre se adiantava a mim nas coisas referentes à escola. Não que isso me importasse... Era só diferente.

- Ah... Bem... Sirius? – era a primeira vez que eu falava com ele. Já fazia quase dois meses que estudávamos juntos e eu precisava das anotações de matemática dele. Essa é a única matéria na qual tenho que me esforçar para estar na média.

Depois de alguns segundos em silêncio ele levantou os olhos e me fitou. Seus olhos tinham um brilho estranho enquanto levantava as sobrancelhas me estimulando a prosseguir.

- Você poderia me emprestar as suas anotações de matemática? – eu continuei, sentindo meu rosto corar ante a observação daqueles olhos verde – acinzentados.

Ele continuou me observando sem dizer uma palavra enquanto eu sentia meu rosto esquentar cada vez mais. Passado alguns momentos daquela observação muda eu baixei meu rosto e fiz menção de voltar para minha cadeira quando senti uma mão forte segurando meu pulso e me fazendo voltar.

- Você tem dificuldade nessa matéria, né? – meu olhar estava baixo quando ouvi aquela voz forte e rouca falar comigo pela primeira vez.

Levantei meu olhar em um átimo e fiquei encarando aquele olhar, surpresa por ele estar falando comigo, levando em consideração que não fala com ninguém.

Vi-o levantar a sobrancelha enquanto sustentava o meu olhar e seus dedos apertarem meu pulso, provocando em mim uma sensação estranha e me estimulando a falar.

- Para falar a verdade tenho sim. – respondi sentindo meu rosto corar mais. Será que eu não podia voltar a minha cor normal?!

Ele deu um risinho baixo e me soltou enquanto pegava as folhas da matéria e me entregava.

Eu as guardei junto das minhas e, dando um desculpa qualquer para o professor, sai da sala ainda sentindo o olhar dele sobre mim.

Que atitude estranha a dele... Eu precisava pensar!


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Notas finais do capítulo

Espero que vocês estejam gostando.
Comentem, opinem,perguntem, questionem...
Vou fazer o possível para que essa história corresponda as melhores expectativas!
E, se possível, gostaria que vocês dessem uma olhada nela no meu blog também!

euprefiroassim.blogspot.com