as Duas Faces de Uma assassina escrita por Nivea_Leticia, Laauh_37


Capítulo 6
A Year Without You


Notas iniciais do capítulo

Nivea na área:

Galerinha do coração... Não mate a nós, please, é que tá dificil de escrever.

Eu, Nivea, estou terminando uma fick e por isso desliguei um pouco dessa!

Desculpem mesmo, mas prometemos mais ação no proximo!

Beijos e se divirtam!

Capitulo mais curtinho pois notamos que o numero de rewis está diminuindo e o pessoal parece estar cansando de ler a fick :D



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[Música - A Year Without Rain - Selena Gomez]

[Link para Youtube: http://www.youtube.com/watch?v=M8uPvX2te0I]

WASHINGTON-DC-OLIMPO

ONZE E QUARENTA E CINCO

(POV THALIA)

Senti minhas pernas amolecerem e minhas mãos tremerem ao ouvir aquela simples palavra. Havaí. Lugar de tantas lembranças e tantas dores. O lugar que eu evitei por toda a minha vida. Onde meus sonhos foram destruídos, minha felicidade assassinada e minha vida transformada em um inferno na terra.

Tudo o que eu não podia era voltar para aquele lugar depois de tanto tempo. Só de pensar tinha vontade de gritar e quebrar tudo em minha volta. Aquele lugar tinha me feito sofrer muito e eu não sofreria de novo.

-Thalia! Thalia! Meu Deus você esta branca! O que você tem?

Todos daquela sala estavam olhando para mim preocupados e confusos. Vi os olhos de minha chefe me avaliarem detalhadamente até finalmente ela entender.

-Você esta tentando aqueles ataques de fobia?!

Minhas mãos estavam suando, eu não conseguia mexer um musculo e muito menos falar alguma coisa. Senti as lágrimas vindo em meus olhos junto com as lembranças. Minha chefe procurava dentro da bolsa dela o remédio que sempre carregava por prevenção. Depois de minutos, que pareciam eternidade intermináveis, ela finalmente encontrou o comprimido e trouxe pra mim junto com o copo de água dela, que sempre era posto na mesa quando havia reuniões.

Com um pouco de dificuldade por causa da tremedeira consegui engolir.

-O que aconteceu com você? O ultimo ataque desses que você teve foi com uns 17 ou 18 anos!-ela exclamou

Respirei fundo enquanto sentia o efeito calmante do remédio correr por minhas veias e amenizar a explosão de sentimentos que senti naquele momento. Fechei os punhos e trinquei os dentes.

-Eu só vou dizer uma vez: Eu não quero, eu não posso e eu não vou praquele lugar!

Minha voz nunca tinha saído tão firme e autoritária, e isso fez com que ninguém discordasse das minhas palavras. Me levantei ainda abalada e sem me importar com nada sai daquela sala tentado fugir das milhares de perguntas que eu sabia que iriam me fazer.

As lágrimas voltaram a descer por meu rosto e eu virei no primeiro corredor que encontrei. Me escorei na parede e escorreguei lentamente até o chão, sentindo soluços virem sem parar.

-Thalia!

Uma voz acolhedora e conhecida disse soltando um suspiro cansado ao meu lado. Senti braços fortes me rodeando e não pude evitar de abraça-lo, deixando sua camisa úmida.

-O que houve com você pequena?

Eu comecei a murmurar palavras sem nexo tentando, inutilmente, confessar á ele o motivo de tanto medo.

-Se acalme, Thalia! Você sabe que eu estou aqui para o que você precisar.- disse docemente enquanto afagava meus cabelos

Continuei chorando e colocando pra fora toda a tristeza que havia guardado por tanto tempo dentro de mim. Chorei, chorei, chorei. Milhares de lágrimas desceram pelo meu rosto revelando que eu sempre escondi. Revelando que por mais que eu pareça forte e dura na queda, sempre guardei dentro de mim uma garota frágil. Me arrependi amargamente de ter deixado aquilo vazar, afinal, naquele momento provavelmente todos os sócios da empresa estavam discutindo sobre o quanto errados eles estavam. Eu não era a melhor opção pra aquela missão e pra mais nenhuma. Provavelmente eu seria demitida e caçada até a morte por saber todos os segredos ali escondidos.

Depois de chorar por muito tempo, meus soluços foram diminuindo e uma sensação de alivio foi tomando conta do meu corpo.

-Vai me falar agora?

-Desculpe pelo surto. Eu nunca fui de chorar e muito menos demonstrar meus sentimentos, mas não consegui me controlar hoje.

Percebi que minha voz estava rouca e falhando, dando a impressão que eu estava gripada. Ele ainda estava esperando uma resposta minha, e por isso pensei bem nas palavras que iria dizer.

-Aquele lugar é o meu inferno na terra, meu pesadelo nas noites frias e chuvosas, meu maior trauma.

-Por quê?

-Eu nasci e fui criada lá. Eu fui feliz. Eu era uma garotinha mimada e amada pelos pais, Percy. Nunca fui rica, mas tinha uma vida instável. Meu pai trabalhava com o turismo que a ilha proporcionava e minha mãe trabalhava como camareira em um hotel muito popular. Não tinha muitos amigos, afinal, quase ninguém morava lá. Mas eu era muito feliz.

-E porque tanta magoa?

Pude perceber o olhar curioso e atento de Percy sobre mim. Respirei fundo novamente enquanto fechava meus olhos procurando a resposta certe para aquela pergunta.

-Aquele lugar tirou minha felicidade de um jeito brutal, sem dar aviso prévio. Meu tapete foi puxado dos meus pés e eu cai com tudo, afundando na tristeza e no ódio sem nenhuma chance de defesa. Percy, meu pai morreu envenenado por uma planta muito rara que só se encontra lá. Ele era meu porto seguro, minha segurança e se foi sem dar adeus. Minha mãe não pensou duas vezes e se mudou as pressas daquele lugar, pois ela também já não suportava olhar para aquela beleza natural e saber que uma coisa tão bela pode machucar tanto. Não me despedi de ninguém, na verdade, eu nem entendia naquela época o que realmente minha mãe estava fazendo. Então viemos para cá. Foi o pior ano, não só para mim e minha mãe, mas para todo o país. No exato dia que nós chegamos aqui começou a pior seca dos Estados Unidos, que durou um ano completo, assim como a nossa dor. Um ano sem chuva, um ano sem ele, um ano sem risos, um ano de lágrimas. Depois disso, minha mãe entrou na depressão de vez. Ela enchia a cara e voltava pra casa se trancando no quarto, para voltar a chorar. Ela tentava se suicidar toda semana e sobrava para mim a responsabilidade de tudo. Eu levava ela no médico, dava os remédios, a vigiava dia e noite por medo de perde-la também.

-E o que aconteceu com ela?

-Não sei. Talvez ela esteja morta agora. Eu não sei dela há anos. Fugi de casa com quinze ou dezesseis anos, por ai. Eu não aguentei a pressão dentro de casa, era coisa de mais para uma simples garotinha. Fui até a parte mais perigosa da cidade, onde até policiais pensam duas vezes antes de entrar, atrás de abrigo e uma forma de viver. Criei amizade com um bando de traficantes de drogas e a partir dai passei a fazer parte da gangue mais temida da área. Mas não vivi daquele jeito por muito tempo, logo chefinha me encontrou comprando balas em um barzinho qualquer. Depois você sabe o que aconteceu.

Suspirei assim que terminei de falar. Eu nunca havia contado a ninguém sobre aquilo e por mais estranho que pareça, me senti aliviada em colocar tudo para fora. Por um momento pensei que choraria novamente, mas nenhuma lágrima nova desceu sobre meu rosto. Talvez de tanto chorar minhas lágrimas tenham acabado.

-Eu sinto muito Thalia, pelas lembranças que o Havaí te trás. Mas você tem que entender que vai ter que ir. Vai ter que voltar e enfrentar a sua magoa. Nossa chefe esta acalmando os ânimos de todos na sala de reuniões, tentando convence-los que você só ficou daquele jeito porque tem uma doença de fobia que te faz ficar assim de vez em quando. Se você não voltar atrás no que disse, sabe que ela vai se complicar por sua causa. Talvez até perder o posto para seu irmão, que também é herdeiro. Vamos lá Thalia! Eu sei que existe uma mulher corajosa e decidida ai dentro de você. Você teria que superar sua perda mais cedo ou mais tarde. Mas o melhor é o mais cedo possível.

WASHINGTON-DC-AEROPORTO

DEZ HORAS DA MANHÃ DO OUTRO DIA

(AINDA POV THALIA)

-Odeio esse transito de aeroporto!- murmurei irritada com a situação

Depois de ouvir o que Percy disse resolvi voltar atrás para não prejudicar minha chefinha. Admito que tive muito trabalho para convencer todos aqueles sócios que eu havia dito aquilo da “boca pra fora”. Mas no final Silena fez um comentário sobre um famoso qualquer que também tem ataques de fobia, e todo mundo acreditou.

Passei toda a tarde do dia passado no shopping, comprando roupas mais delicadas e fechadas para minha missão. Admito que me diverti naquelas lojas, provando pilhas de roupa e milhares de pares de sapatos. Mas como felicidade dura pouco, tive que voltar para meu apartamento para esvazia-lo. Arrumes minha roupas novas em três malas e as que tinha em casa, empacotei e doei para uma campanha de ajuda aos pobres.

Carlisle, um homem forte e bem-humorado, que trabalha na empresa com o transporte de equipamento, levou todo meu equipamento especial de volta ao inventário da empresa. Passei a noite toda terminando de tirar minha coisas do lugar. Celulares, cadernos, canetas, DVDs, CDs, peso de papel, quadros da parede, lençóis e cobertores, tudo isso tirei, deixando somente a mobília.

As nove e meia, mais cedo que o combinado, Percy e minha chefe me buscaram em casa. Deixei o apartamento para ser alugado e sai sem olhar para trás e muito menos explicar ao porteiro aonde eu estava indo.

E agora, cá estou eu, presa dentro milhares de taxi aqui na frente do aeroporto.

-Quer saber, tchau pra vocês! Eu vou andando até lá.

Bufei irritada e sai do carro. Peguei minha malas e fui andando dentre os carros.

-Thalia! –Percy chamou- Ficou maluca de vez?! Não custa nada esperar aqui dentro.

-Nem vem. Odeio esperar. Prometo que mando um e-mail pra vocês. E não se esqueçam de mandar também, afinal, ainda tem muitas informações que tenho que pegar.

Falei já indo longe, me referindo aos dados do alvo. Não haviam me dito nada, nem nome, nem características, simplesmente que ele mora lá. Acho que fizeram isso só pra mim demorar mais para concluir minha tarefa.

Não esperei para ouvir a resposta daqueles dois e entrei apressada no enorme salão. Respirei fundo e com bastante calma comecei os processos que deveriam ser feitos antes da partida. Então me sentei, esperando o aviso do meu voo.

Mas sem querer ser neurótica, senti alguém me vigiando.

WASHINGTON-DC- AEROPORTO

DEZ HORAS DA MANHÃ DO OUTRO

(POV NICO)

Fui chamado as pressas para essa missão impossível. Minha amiga Sam me indicou e agora estou morrendo de raiva dela. Aonde ela estava com a cabeça quando pensou que eu, Nico, poderia identificar um assassino no meio de milhares de pessoas?!

Mas como tenho uma reputação á selar, não pude recusar ou inventar alguma desculpa. Tive que abandonar tudo por aqui para ir atrás desse cara. Passei o dia todo ouvindo os relatos e as histórias de todos os homicídios. Ouvi umas cinco vezes Atena descrevendo o assassinato de ontem na Hollyday. Tive que fingir estar prestando atenção quando um tal de Mattew descrevia os estados das vítimas encontradas. Acho que nunca ouvi tanta baboseira em um dia! Aquelas pessoas tem dados minúsculos que não levam á nada e querem que eu consiga descobriridentidade desse justiceiro. Tenho que ter muita paciência mesmo.

Agora estou aqui no aeroporto junto com a Sam, esperando algum sinal de um assassino. Me fizeram trazer um monte de malas e meu passaporte, para que se eu achasse a tal pessoa, segui-la aonde ela fosse.

Sam tagarelava sobre alguma banda nova que ela havia gostado de escutar. Não prestava muita atenção no que ela dizia, mas fingia estar entendendo tudo que ela falava. Na verdade, já estava pensando no que dizer ao delegado quando voltasse para a criminalística com as mãos vazias. Talvez eu poderia dizer que os seguranças nos expulsaram por ter ficado lá tanto tempo sem fazer nada. Ou também poderia dizer que a Sam acabou tropeçando em uma das malas e quebrou o braço, e por isso tive que abandonar ao meu posto e leva-la ao hospital. Mas ai eu teria que quebrar o braço da Sam, e isso não era má ideia. Ela me apoiaria em tudo e mentiria ao mundo por mim. Nós éramos amigos de faculdade e acho que ela sempre teve uma quedinha por mim, mas não posso ter certeza já que ela nunca para de tagarelar quando esta comigo.

Então eu vi uma mulher muito bonita passar por nós. Ela estava vestida com um vestido florido e uma sapatinha, dando ar de boa moça, que eu sabia que ela não deveria ser. Os cabelos dela eram negros e repicados por toda parte, um corte bem moderno pra falar a verdade. Senti que já conhecia aquela mulher de algum lugar.

Forcei a memória tentando lembrar de onde. Então como se acende uma lâmpada, a resposta surgiu na minha cabeça. Peguei minha malas com rapidez, tentando não perder a mulher de vista.

-Eu encontrei Sam. Vá para casa e ligue para Poseidon.


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Notas finais do capítulo

Ah... Nos proximos:

—> Percabeth

—> Grandes encontros!

shahasuhuashuasua

Please, mandem rewis, sinto saudade da opinião de vocês!

Beijos e tenham um bom fim de semana!

Nivea e Lauh ^^