as Duas Faces de Uma assassina escrita por Nivea_Leticia, Laauh_37


Capítulo 4
We R Who We R


Notas iniciais do capítulo

Oii, galera, postando aqui de novo!
Hoje maiorzinho!
wehopeyoulike *-*
Kisses, babë
Ps: No mesmo esquema do anterior sobre as músicas, ok?
Vou colocar o Link e é seguro!
—> Esse capítulo vai para Nicole-Bieber and Anaquias pelas recomendações incriveis para quem somente leu três capítulos! Obrigada mesmo garotas!



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[Música - We R Who We R - Kesha]

[Youtube - http://www.youtube.com/watch?v=Q97c5szTgIA]

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Ponto de vista - Thália Grace

Aquele barulho irritante do meu despertador me acordou ás sete da manhã. Eu senti vontade de joga-lo contra parede, mas sabia que meu compromisso era importante. Me levantei lentamente indo em direção ao banheiro. Eu queria deixar aquela empresa inteira com o queixo caído, então resolvi tomar um banho perfumado na banheira. Fiquei muito tempo me deliciando naquela relaxante banheira, mas logo sai por causa da hora.

Passei meu creme e sai do banheiro enrolada na toalha. Abri meu armário atrás de uma roupa adequada. Por fim, escolhi um vestido social preto com detalhes azul céu, porem era totalmente colado ao corpo, mostrando minhas curvas, e era extremamente curto. Por mais que pareça, não fiquei parecendo uma oferecida, me olhei no espelho e achei a roupa perfeita para o momento.

Depois de vestir o vestido, voltei ao banheiro. Peguei o secador de cabelo e em alguns minutos meus cabelos estavam secos e brilhosos. Abri as prateleiras e esvaziei-as, tirando toda a maquiagem que tinha em casa. Optei por um rímel e uma sombra escura, passei um pouco de blush e um batom rosa pink.

Por fim, calcei um sapato de salto do mesmo tom dos meus lábios, peguei uma bolsa combinando com minha roupa e tranquei meu apartamento indo em direção as ruas de Washington.

Quando estava dentro do taxi me lembrei do meu querido “intruso”. Talvez ele tivesse falhado pela primeira vez. Com um pouco de nervosismo revirei minha bolsa atrás do meu celular. Depois de uns dois minutos procurando consegui encontrar e não pude evitar um suspiro de alivio. Esperei o aparelho ligar já ficando impaciente. Quando ele finalmente ligou, percebi que havia uma mensagem para mim, enviada ontem a noite. Abri com presa e suspirei aliviada quando li as palavras do meu fiel amigo. Eles não tinham me pegado ainda.

O taxi parou e eu desci na frente de uma grande prédio aonde se localizava o Olimpo. Abri as portas fazendo bastante barulho e todos que estavam no saguão olharam para mim curiosos e espantados. Eu joguei meu cabelo para trás quando o vento bateu, e por mais fútil que isso pareça, me senti em um filme. Deu um sorriso de canto passando os olhos por todos ali presentes. Então fui andando lentamente até o elevador, enquanto mulheres me olhavam com ciúmes, e homens me olhavam com desejo.

Quando entrei no elevador vi minha amiga Anna me esperando para a reunião.

-Anna?- eu perguntei mais como um cumprimento

-Olá Thalia. Me pediram para te esperar e te levar até a sala principal.

Como eu sou venenosa, não resisti a oportunidade de “alfineta-la” :

-Então você esta tão mal assim?- eu disse cínica- Só te sobrou o trabalho de secretária pessoal é?

Ela me olhou com os olhos cerrados.

-Não posso fazer nada se você é a queridinha da chefe e você consegue tudo por causa disso!

Ela também sabia ser bem venenosa. Eu senti uma raiva crescendo dentro de mim. A maioria das pessoas achavam que eu só conseguia por causa da influencia que tinha sobre a presidente da empresa. Mas eu controlei a vontade de socar a cara da garota e suspirei. Olhei para o rosto vitoriosa dela.

-Ciúmes é um sentimento que pode destruir as pessoas.- eu disse com um sorriso sarcástico

Eu vi pelo canto do olho o sorriso dela sumir. Ela engoliu a seco pensando em alguma coisa para responder. Depois de um tempo ela finalmente respondeu:

-Eu não tenho ciúmes de gente fracassada que só sabe puxar o saco pra conseguir o que quer.- ela até tentou me atingir, mas aquilo só me fez rir

-Fala sério Anna! Fracassada? Nós duas aqui sabemos que eu sou a melhor da empresa, se não duvidar, da cidade inteira. E quando você diz que não tem ciúmes, significa que você esta morrendo de ciúmes- eu disse dando ênfase no morrendo

-Você nem se acha a “tal” neh- disse ela com sarcasmo- Você esta longe de ser melhor em qualquer coisa. E eu não estou com ciúmes não!

Eu vi que ela já estava se exaltando pelo tom da voz dela. Percebi que os punhos dela estavam fechados e ela em um tom de vermelho de raiva.

-Eu não me acho a “tal”, querida- eu dei um risinho- Eu sou a “tal”! Mas não se preocupe, eu vou sair da cidade em uma missão especial e você pode até conseguir ficar com meu posto de melhor agente.

-Melhor agente? O que te faz pensar que você é?- ela perguntou me avaliando de cima a baixo

-Já matei, provavelmente, o dobro que você.- eu disse com indiferença

-O dobro? Duvido muito.- disse ela com nojo

-113 missões bem sucedidas.- o rosto dela ficou branco- Ganha dessa?

-E quantas mal sucedidas?- disse ela tentando me deixar por baixo

-Nunca falhei.- disse colocando o peso do corpo no pé esquerdo

Ela ficou quieta. Pelo que eu posso deduzir, ela estava com medo que eu perguntasse quantas ela conseguiu. Por pena dela, me calei também.

Finalmente o elevador chegou no andar da sala de reuniões e eu não me dei ao trabalho de nem me despedir de Anna. Sai do elevador tendo aquela mesma sensação de todos me olhando e me avaliando. O elevador fechou levando minha querida “amiga” para o térreo novamente. Com passos apresados cheguei até a grande porta que escondia todos aqueles olhares avaliadores que eu tanto adorava, afinal, sempre se espantavam ao me ver.

Abri a porta sem cerimonias e entrei como se fosse dona do lugar. A  extensa mesa estava com todos os lugares ocupados, menos uma cadeira ao lado de uma melhor amiga e chefe. Passei os olhos por todos que estavam ali presentes. Reconheci o rosto da Silena, Dionísio e alguns outros que eu já havia conversado anteriormente. Foi ai que eu reconheci um rosto muito agradável, Percy estava sentado ao lado da cadeira vazia.

Percy era uma pessoa muito atenciosa e agradável mesmo estando envolvido em tudo aquilo. Ele já havia ido em minha casa junto com minha chefe e se mostrou ser uma das melhores pessoas daquela sala. Ele era tranquilo, conselheiro, e por mais que eu não queira assumir, ela sempre foi atraente. Minha chefe também era amiga dele, e pelo que ela me sempre me dizia, ele era bem focado e um homem sério. Ela chegava a suspirar ao falar o nome dele. Eu sei que não houve nada entre eles, mas quando o olhar dos dois se encontravam, dava para perceber o desejo contido ali. Talvez nem eles percebessem isso, mas eu que via de fora, sempre percebia.

Eu dei um sorriso simpático para o Senhor Jackson e depois dei um sorriso vencedor para minha chefe. Como eu a conhecia, sabia que ela estava pensando em como eu consegui chegar no horário.

-Bom dia chefinha. Cheguei na hora, certo?- eu disse me dirigindo até meu lugar na mesa.

-Espantosamente você conseguiu. - disse ela meio atônica

-Descobri pra que funciona o despertador- eu disse sarcástica e algumas pessoas da sala seguraram o riso

-Você continua a mesma Thalia- disse Percy rindo levemente

-E não pretendo mudar tão cedo Percy. – eu disse me sentando

-Bem, como todos aqui sabem, Thalia conseguiu matar um inimigo muito importante. E por isso foi escolhida para a nossa nova missão....

Ela continuou falando coisas que eu não queria saber, mas fingi estar prestando atenção. Foi ai que eu a observei direito. Ela usava uma peruca ruiva dessa vez. Era com fios curtos e soltos, fazendo ela diminuir uns cinco anos. O cabelo me lembrava Ashley de crepúsculo, apesar de ser laranja. Foi ai que eu percebi as mãos dela acenando para mim.

-Thalia!- ela gritou me tirando dos pensamentos

-Hmm?- disse sorrindo amarelo

-Você não ouviu nada do que eu disse, certo?- ela disse respirando fundo

-Só até a parte de eu matar alguém importante. Depois foi só Blah Blah Blah- eu disse com indiferença fazendo novamente algumas pessoas da sala segurarem o riso

-E no que você estava pensando dessa vez?- disse com uma careta

-No seu cabelo.- eu disse com um sorriso de canto

-No meu cabelo, Thalia?- ela disse com um pouco de raiva

-É. Você não fica bem com essa cor.- eu disse analisando ela- O corte até esta bem moderno, diminui uns cinco anos, mas a cor, se me permite dizer, ela horrível.

-Então o que você aconselha Thalia?- disse ela demonstrando que estava sem paciência

-Use seu cabelo natural. Ele é incrível e eu acho que você deixaria todas as mulheres daqui com inveja.

-Mas eu não uso meu cabelo natural pra ninguém me reconhecer- ela disse como se fosse uma professora

-Ai Ai Ai- eu disse revirando os olhos- Percy!

-Sim?- ele perguntou

-Você não concorda que os cabelos naturais da nossa chefinha aqui são lindos?- eu perguntei inocentemente

-Concordo- ele disse revirando os olhos

Eu me virei para minha chefe novamente.

-Viu? O senhor Jackson gosta dos seus cabelos naturais.- eu disse maliciosa fazendo Silena rir concordando comigo

-Eu não vou usar meu cabelo natural Thalia!- ela disse impaciente

-Ta bom!- eu disse me rendendo- Mas então usa a peruca azul, parecida com a da a Katy Perry que eu comprei pra você

-Azul?- Silena perguntou incrédula

-Aham. É incrível aquela peruca, eu queria pra mim.

-E porque não fica com ela então?- disse a presidente com sarcasmo

-É essa a garota prodígio que nós vamos mandar para matar um dos nossos maiores inimigos?- disse um gordinho se metendo no assunto

-Sim, senhor Dioniso. É ela sim.

-Ela parece mais uma adolescente! Não tem capacidade para uma missão dessas!- ele respondeu e bufou

Eu me levantei me debruçando sobre a mesa.

-E o que te faz pensar que eu não tenho capacidade, velhote?- eu disse olhando ele de cima a baixo

-Você parece mais uma criança do que uma assassina!- ele falou com nojo- É bem capaz de parar no meio de uma missão só porque viu uma loja com promoção da Victoria Justice!

-Não ofenda a Victoria Justice!- gritou Silena exaltada

-Em primeiro lugar, eu não preciso de promoção e muito menos ir até uma loja pra comprar o que eu quiser. Em segundo, eu uso marcas melhores que Victoria Justice, mesmo adorando a coleção desse ano. E em terceiro, prefiro ser uma assassina com cara de criança do que um velho que vive bêbado.

-Olha como fala comigo pirralha!- ele disse se levantando

-Pirralha é sua tia!- eu falei com raiva- E eu falo como eu quiser! Você não manda em mim!

-Você sabe com quem esta falando?- ele perguntou enchendo o peito

-Sinceramente? Não sei, não quero saber, e estou nem ai para quem sabe. Mas eu sei de uma coisa.

-E o que seria?

-Eu posso acabar com a tua raça e de todos que estão nessa sala em menos de quinze segundos.- eu disse ameaçadora – E sem precisar de nenhuma arma

-Não faça-me rir!- disse ele com um sorriso zombeteiro no rosto- Você esta no meio de gente muito perigosa, e nunca conseguiria acabar com nós.

-Calem- se os dois!- disse minha chefe e continuou:

-Senhor Dionisio. Se eu fosse você não desafiava Thalia. Ela realmente pode acabar com todos nós e em menos de dez segundos na verdade.

-Essa garotinha?- perguntou ele sarcástico

-Se eu fosse garotinha, não teria matado cerca de 113 homens em menos de um ano.

Todos daquela sala deixaram os queixos caírem, exceto Percy e minha chefe.

-O que você disse?- perguntou uma mulher morena que estava no final da mesa.

-É isso que vocês ouviram- disse a presidente retomando a reunião- Ela já matou muita gente importante. Eu mesma a treinei e sei de tudo que ela pode fazer.

-Será que sabe mesmo?- eu disse baixinho mas acho que ela ouviu

-Cadê a ficha dela?- perguntou Silena

Percy levantou da cadeira e foi até o armário, tirando de lá um pasta muito grossa e largando na minha frente fazendo um barulho bem grande.

-Esta tudo aqui?- eu perguntei com um sorriso de canto

-Nem tudo. Ai esta o principal. Querem analisar?- perguntou Percy  abrindo a pasta e tirando a ficha de todas as vitimas.

-O que acha?- eu perguntei me dirigindo á Dionisio

Nós havíamos acabado de ler todas as fichas das minhas vitimas e como elas haviam morrido. Admito que foi bem cansativo analisar toda aquela papelada, mas o orgulho depois de termos terminado foi bem maior. Eu percebi que todos os olhares daquela mesma estavam sobre mim, alguns com expressões satisfeitas, outras um pouco perplexas.

-Acho que esses assassinatos não provam que você é qualificada.- ele me olhava fazendo uma careta, demostrando que tinha um pouco de inveja

-E o que provaria?- disse minha chefe interessada na resposta

-Alguma coisa maior. Ela matou pessoas em lugares vazios, sem segurança.- disse ele procurando uma desculpa

-Percy!- eu chamei com um sorriso de quem iria aprontar- Ache uma pessoa importante e que vocês querem morto.

-Com prazer!- ele me respondeu com o mesmo sorriso

Depois de procurar entre as pastas ele voltou com uma pasta um pouco mais vazia que o comum.

-Você vai adorar essa Thalia!

-É mesmo?- eu estava curiosa naquele momento

-Não temos muitas informações sobre ele, ele é bilionário e acho que você vai considera-lo um alvo forte.

Ele me passou a ficha e então eu entendi o que ele estava querendo dizer. Tinha apenas duas folhas com informações sobre a vida dele e uma foto, digamos assim, tentadora. O homem era extremamente musculoso, cabelos negros e olhos de um azul profundo. Não resisti e acabei arquejando venda aquele foto.

-Que homem! Meu deus!- eu exclamei voltando a encarar Percy

-Eu falei para você! E você vai ter que pensar para localiza-lo!

-Adoro desafios!- eu disse marota e comecei a analisar tudo que tinha ali

A reunião continuou e os sócios continuaram a debater sobre alguns assuntos que eu não prestei nenhuma atenção. Depois de alguns segundos eu consegui me desligar dos barulhos e me concentrar só no meu trabalho.

Segundo o que eu li, aquele homem nunca havia se casado e não tinha filhos. Morava em Nova Jersey e havia vindo para a cidade visitar uma irmã doente. Ele tinha descoberto alguns segredos da minha chefe e da sua família, pondo em risco todos daquela empresa. Ele havia dito que não falaria nada, mas também disse que queria benefícios para manter a boca fechada. Ele havia pedido que os agentes do Olimpo matassem quem ele pedisse, mas os alvos aumentavam sempre e a situação estava fora do controle. Ele estava hospedado no hotel  Plaza e faltava uma semana pra ele sair da cidade. Ele tinha fama de pegador e adorava festas.

Não era muita informação, mas eu tinha certeza absoluta de onde ele estaria naquele momento.

-Eu sei onde ele esta nesse momento! -Eu exclamei de repente chamando a atenção de todos para mim

-Sabe mesmo? Mas ai não tem quase nada!- disse minha chefe meio assustada

Eu abri meu sorriso sacana.

-Chefinha do meu coração! Você sabe que dia é hoje?

-Hoje?- ela me olhou desconfiada- Desembucha logo Thalia.

-Esta bem! Só queria ver se você se “tocava”.- eu disse levantando as mãos pro alto em modo de rendição.- Hoje é a Hollyday, querida!

-A Hollyday é hoje?- disse ela com os olhos arregalados

-É.

-E o que tem isso?- disse ela balançando a cabeça tentando tirar algum pensamento de lá

Eu olhei meio decepcionada para ela.

-Você esta perdendo a pratica hein?!

-Fala logo Thalia, nem eu entendi.- disse Percy curioso

-Nesses papeis mostram que ele ira embora logo, isso significa que ele vai querer aproveitar mais um pouco a cidade. Diz que ele esta hospedado no hotel Plaza, o hotel aonde essa festa vai acontecer. Ele não tem mulher e nenhum filho, ou seja, não tem ninguém que o prenda ou o controle. Ele tem fama de ser conquistador entre as mulheres, e caras assim, vão em festas sempre. Isso significa que ele esta na Hollyday agora.

-E como você pode ter certeza que ele esta nessa coisa ai?- disse Dionisio emburrado

-Hollyday é a festa mais disputada do ano. Ela é famosíssima e os melhores DJs são contratados. Ela dura um dia inteiro e uma noite, para as pessoas aproveitarem ao máximo. Ela acontece só uma vez por ano, e muitas pessoas vem para a cidade só para poderem participar da festa. Sem falar que para entrar, você tem que ser alguém famoso ou importante. E se não for nenhum dos dois, tem que pagar um ingresso com o valor aproximado de um carro zero hoje em dia. Ele é rico, um gato, “galinha”, desimpedido, e ainda por cima tem um quarto no mesmo hotel da festa, é muito obvio que ele esta lá.

-Você esta certa. Ele não desperdiçaria a chance de ir na Hollyday desse ano. Eu vi uma propaganda que dizia que a Kesha vai estar lá.- disse Silena apoiando o que eu dizia

-Espere aí. Essa festa tem bastante guardas, certo?- perguntou Dionisio querendo me colocar no fogo

-Você esta querendo que peguem ela?- perguntou uma senhorita morena

-Não tem guardas na Hollyday. Eles fazem essa festa com o objetivo de as pessoas fazerem o que bem entendem, então não tem ninguém que os controlem lá dentro. Mas é ai que entra a parte divertida!- eu disse antes que alguém falasse

-O que você vai inventar agora?- perguntou a dona da empresa meio receosa

-Esperem um segundo.- eu respondi dando uma piscadinha para ela

Abri minha bolsa atrás do meu celular. Achei e com muita calma procurei nos meus contatos o numero que estava procurando. Quando finalmente encontrei disquei e levei o aparelho ao meu ouvido. Depois de uns cinco toques ele finalmente atendeu.

-Alo- ele disse meio grosso

-Oi. É a Thalia. Que grosseria é essa logo de manhã?- eu falei brincando com ele

Ele deu uma risada gostosa do outro lado da linha.

-Olá Thalia. Resolvi os problemas ontem. Você não viu minha mensagem?

-Vi sua mensagem sim. Mas não é disso que eu quero falar.- eu disse com ar de quem iria aprontar

Vi que todos na mesa me encaravam confusos. Eu só deu um sorrisinho e continuei.

-Mais problemas?- perguntou ele preocupado

-Não. Você sabe que aquilo foi um erro e eu não cometo o mesmo erro duas vezes.

-Ótimo! O que é então?

-Eu quero toda a criminalística da cidade hoje na Hollyday, no hotel Plaza as...- dei uma olhado no relógio que marcava nove horas e trinta minutos da manhã- As onze horas. Entendeu?

-Ficou doida? Toda a criminalística? O que você vai aprontar? Nem ouse pensar em se entregar e jogar todo o esforço fora!- ele gritou e eu percebi que foi tão alto que todos da sala escutaram

-Calma! Respondendo: Não, eu não estou doida, ainda. Toda a criminalística sim. Não vou te contar o que eu vou aprontar e como eu já disse pra você, nunca vão me pegar viva.

-Eu não vou fazer isso sem saber Thalia!- ele disse meio incerto

-Então não vai levar em consideração tudo que passamos? Vai me deixar na mão sendo que eu nunca te abandonei?- eu disse fazendo drama

-Desculpa. Eu não vou te decepcionar. Mas como pensa que eu vou conseguir isso?

-Faz eles juntarem algumas pistas, sei lá. Só faz com que eles tenham certeza de que eu vou atacar minha próxima vitima hoje e lá na Hollyday. E não me diga que não sabe o que é isso, porque dai eu vou ter motivos pra te chamar de velho!

-Eu sei o que é a Hollyday Thalia! Não sou tão desinformado! E eu vou enrolar eles, esta bem? Mas quem é a vitima? Eu preciso saber para tentar liga-lo aos outros, porque é só assim que eles vão poder acreditar em alguma coisa.

Eu tapei o telefone com a mão e sussurrei para o Percy:

-Qual é o nome do cara?

-Bryan Handley- ele sussurrou de volta

-É Bryan Handley.- eu disse para o telefone

-Pode deixar que todos vão estar lá- disse ele confiante

-Muito obrigada, meu intruso!- eu disse sorrindo satisfeita e desligando o telefone

Eu dei uma gargalhada maligna e olhei para Dionisio.

-Satisfeito? A criminalista da cidade vai estar lá para tentar me encurralar. Se quiser eu trago um gravação de mim tirando com a cara daqueles idiotas!- eu disse sarcástica

Procurei mais um pouco na minha bolsa e encontrei minha câmera.

-Aqui ó! Eu vou gravar a cara do delegado quando achar um corpo e mais nada!

Ele olhou com um pouco de ódio de mim e disse á mal gosto:

-Ótimo! Se você conseguir sair dessa tem minha admiração.

-Obrigada.- eu disse sarcástica

-Como você conseguiu que os policias vão lá para prestigiar você?- um homem barbudo me perguntou

-Eu tenho meu contatos e meu...,digamos assim, aliados- eu disse fazendo gestos com a mão

-Ótimo. Já esta tudo decidido!- disse minha chefe batendo as mãos na mesa em um sinal de nervosismo

-O que foi?- eu perguntei preocupada

-Nada. Só não gostei da historia da policia estar lá. Mas como pretende mata-lo?

Eu pensei um pouco e decidi.

-Posso decapitá-lo?- eu perguntei como uma criança mimada

-Decapita-lo?- Percy deu uma risada verdadeira - Poder até pode, mas vai querer sujar seu vestido?

-Esta tirando uma com a minha cara, não é Jackson? Eu vou acabar com esse vestido lá, sangue não vai fazer diferença.

-Mas uma pergunta Thalia.- Silena me chamou- Porque você falou no telefone as onze horas, se você vai agora pra lá?

-Eu estou indo para a Hollyday, Baby! Eu vou aproveitar um pouquinho.

-Boa sorte!- disse minha chefe apreensiva

-Não preciso. - eu disse com um sorriso de lado - Só preciso dar um jeito no visual para poder entrar lá.

Eu me alevantei e olhei para a minha roupa por alguns segundos. Ele ia até um pouco acima do joelho, então peguei e borda dele e rasguei, fazendo o vestido ficar extremamente curto. Rasquei as mangas e com o tecido que tirei, fiz um cinto deixando meus seios apertados.

Dei uma revisada no meu trabalho e virei para Silena.

-Estou bem?- perguntei maliciosa e ela me entendeu

-Você arrasa de qualquer modo, querida!-ela disse rindo

-Ótimo, Hollyday, prepare-se, porque eu estou indo.

Com essas palavras sai da sala e desci pelo elevador indo à direção ao hotel Plaza.

WASHINGTON, DC - EUA

PRÉDIO DA CRIMINALÍSTICA

DEZ HORAS DA MANHà - POUCOS MINUTOS DEPOIS DA LIGAÇÃO

SALA DE REUNIÕES

  

Atena jogou os papeis em cima da mesa 3D enquanto via os seus amigos de trabalho cansados. Estavam acabando aos poucos, havia mais de sete casos não solucionados para aquele mês. Mas isso pouco importava para a chefe. O que tinha de valer era pegar aquele assassino de qualquer jeito. Mesmo que para isso, tivessem de matar alguém. E todos ali presentes leram isso em seus nervosos olhos cinza. 

- O que conseguiram? - perguntou a mulher, abrindo pastas do sistema. 

- O de sempre - disse-lhe Poseidon que ainda continuava cansado e que virou para Sam - O que você foi fazer aquela hora no Laboratório?

A mulher de cabelos ruivos se moveu na cadeira.

- Pegar os papeis, todo mundo estava fazendo isso.

- Eu não encontrei nada - anunciou Gregory - Tudo estava em branco, lamento.

Mas Atena não queria saber, mesmo sem nenhuma prova ou pista, iria descobrir esse caso. Afinal, quem sempre foi que gostou de coisas confusas e quebra-cabeças confusos? Massageando os pulsos com a mão, tentou pensar em algo.

- Ok, vamos jogar as cartas na mesa - falou Poseidon abrindo tudo sobre o assassino e jogando na grande tela digital uma vez que a chefe da pericia parecia estar com raiva de si mesmo. Conhecia-a o suficiente para entender quando seu orgulho começava a pedir para provar algo mas uma vez. Talvez isso tenha acabado com o relacionamento de ambos. Mas não era hora de pensar nisso, depois quem sabe, no momento, somente a caça de algo desconhecido.

Sam olhou para a chefe, sabia que ela se sentia revoltada com tantas mortes. Em toda a sua vida, sempre foi uma menina que odiava qualquer tipo de morte ou tortura, até mesmo bullying, contudo aquilo estava atravessando a sua capacidade. E mesmo sem desejar, a raiva a consumia igualmente a vingança fez anos atrás. Ficou por um bom tempo encarando-a, para só depois desviar para o delegado.

- Christian Charles - disse Poseidon mostrando uma foto - Encontrado morto no Palace Hotel, no mesmo modo que os demais corpos estava dispostos: de barriga para cima e com as mãos sobre o peito. Dono de uma loja de carro e multimilionário. Havia matado crianças e novamente o nosso herói tirou do mapa com dois tiros na cabeça. 

- A única coisa que encontramos foram as balas completamente limpas e um lindo recado dizendo - Apolo abriu um arquivo com a foto - “Peguem-me se puder, até logo”. 

De todas as coisas que Atena mais odiava, essa tinha o topo. Era como se a chamasse para algo e não lhe desse nem um local para começar. Tão inútil. Tratou de ficar ao lado do delegado e adicionou:

- Tem apenas um “Good die” na bala, e não encontramos ninguém por perto que fabriquem tais armamentos.

- Ele brinca com a gente - acusou Matthew, doce como sempre. - O exame de corpo delito desse não resulto em nada mais que um arquivo vazio.

- O próximo é Angeline Russel - fotos apareceram enquanto Poseidon falava- Não tinha nada em seu nome na policia, completamente limpa.  Uma das poucas sem o porque

- Talvez o risco de algo - inquiriu Chris, o segundo mais novo no grupo - Já pensaram na possibilidade disso?

Sam bufou e moveu o programa.

- Não, acho que seria quase impossível - disse-lhes mostrando uma outra menina - Enforcada sem dó, com apenas vinte anos. Como alguém faria isso?

- Temos que entender que estamos mexendo com um serial killer e completamente perfeccionista - interviu a chefe, um pouco confusa com a atitude de sua amiga - E temos de ouvir todas idéias disponíveis.

Ambas se encaram, mas Sam notou que havia perdido aquilo. Não era possível ir contra a chefe igualmente como a chance de pegar o assassino. Então, cedeu aos comentários que sempre vinham.

- Notou como ela agiu? - inferiu Poseidon, quando pode falar no ouvido da chefe. 

Sim, Atena tinha notado. Não era de seu feitio ir contra as idéias dos outros, muito pelo contrario, as acolhia e procurava fatos que poderiam provar tais teses. 

- Talvez estresse - explicou a chefe, tinha se acostumado com os seus amigos indo ao psicóloga com a força que as mortes provocavam em sua cabeça.

Poseidon negou com a cabeça.

- Olhe para si mesma, Atena, sabe que tem algo errado, não sabe? 

A mulher de cabelos loiros fitou interrogativamente o delegado. O que ele queria dizer com aquilo? Estava desconfiando de sua equipe? Mas, por um lado, o único que não permitia que desse o seu braço a torcer, via a verdade nas palavras dele. Ela realmente havia agido indiferente durante todo o resto da explicação sobre Dean Klaus, um advogado bem sucedido que fora encontrado morto com uma fenda na jugular as duas da manha em um cemitério. Pelo que constava os parentes, ele havia ido visitar sua esposa e não voltara. Mas o modo que o corpo estava, dizia tudo. E olhando naquele verde, tentou ver alem do que sua razão dizia. Seria possível ter algum intruso na historias? Balançou a cabeça para espantar tais pensamentos.

- Poseidon, não encha ainda mais minha cabeça de idéias - pediu reproduzindo a próxima vitima - Temos muito o que fazer.

- Promete que vai pensar?

- Sim, prometo.

Um sorriso de vitoria apareceu no rosto do homem de bonitos cabelos negros enquanto voltavam a analisar.

- Luna Bernardes havia vindo por um novo trabalho ao Estados Unidos - leu Apolo - Foi encontrada no chão de sua casa, como os demais, com um corte profundo.

- Provavelmente adaga - remendou Matthew dando um suspiro - Estão vendo as laterais do corte? Não poderia ter sido uma faca, não ficariam completamente esfoliada, indico ser uma com detalhes. Aqui - ele apontou na imagem - O modo que o tecido rasgou não poderia ser outra.

Atena se encostou na mesa, lendo cada um.

- Não há como descobrir, nada - suspirou a mulher - Tem que ter algo!

- As datas? - jogou Apolo.

Sim, as datas. Como não havia pensando nisso antes? Sim! 

- Todas morreram em um intervalo, dois a cada mês e depois um tempo de espera que varia. Mas, ela só matou um esse - Atena passou para a ultima vitima, Jonh - O horário também corresponde!

- Não vimos o obvio - brigou Poseidon consigo mesmo com um braço na mesa, sem nem perceber que estava debruçado sobre a chefa de criminalística, mas isso pouco importou, tinham achado uma brecha! Afinal, o assassino demonstrou-se não tão complexo assim.

- Todos morreram às onze horas da noite - exclamou Apolo - Pelo menos, foi o que deu para saber.

- Em que período de um e outro? - perguntou Palas, cada vez mais ávida para ler.

- Três dias. - falou Sam - É hoje!

- O que está esperando Poseidon? - replicou a chefe colocando no coldre a sua arma e vestindo a sua blusa negra. Não podia mais esperar para pegar o assassino. 

Logo o delegado saia com a loira em seu encalço, o resto da sua tropa preparada.

Não sabiam quem procuravam, não sabiam de nada, apenas a vontade e a vingança por aquele assassino. Começaram traçando planos e mapas, tentando achar uma seqüência. Poseidon encostou-se à mesa, analisando as bolinhas vermelhas que Atena havia feito, lembrando das mortes, como haviam sido. Aquelas imagens o atormentavam, por mais tempo que ele tinha na policia, era estranho estar vivenciando aquilo. Desde que seu filho morrera, resolveu servir a justiça e até hoje fazia isto. Sempre procurando algo, caçando como um lobo os contra-lei, nada poderia ser pior.

- Hum... se você fosse um assassino, como faria para pegar sua presa? - perguntou a loira, sem notar que encostara em Poseidon, talvez um movimento impulsivo que ele não reclamou. Sentia falta daquela garota.

- Uhuuu - todos olharam para Gregory entrando na sala com seus cabelos mexendo e dando uma pose de poderoso chefão - Hoje tem Hollyday!

Sam sorriu para o garoto. Aquela era sem duvida a festa mais popular e cara do mundo, mas, como o nosso querido calouro nasceu em uma família super rica, dinheiro era o de menos. Sem contar a carteira de Policial que tinha, bastava mostrar e entrar. Simples assim. Contudo, a chefe evitava ao máximo tal beneficio. Não estavam ali para virar noite em baladas e sim para trabalhar.

- Eu e Poseidon vamos procurar alguns lugares, esperem por nós - mandou Palas, apanhando o GPS que usaram e o resto dos papeis, para somente depois virar pra Poseidon - Que tal começarmos?

- Temos até onze horas, cinderela - ironizou ele, indo a frente.

Assim que saíram de vista, Sam virou para Gregory, em júbilo.

- A gente vai nessa festa, né? - questionou a garota, sorrindo. Dias atrás, combinaram de se juntar e irem, uma vez que o namorado de Sam, Joan, não queria ir. Ela pouco se importava, e a única coisa que vinha em sua mente era: dança, bebida e pegação. Quem sabe não terminasse com o namorado? Afinal, Greg não era nem um pouco feio alem de um doce consigo. Pode ser, pensou encarando o azul dos olhos do menino que brilhavam de excitação para agitos naquela vida monótona e sem graça. 

- Claro que a gente vai - exclamou Greg sentando ali perto. - Mas.. eu só tenho dois convites.

Ela sorriu

- Beleza, vai só eu e você - Sam se deu conta do que falou - Quero dizer, meu namorado desistiu, então, posso ir com você?

- Claro que sim!

- Onde vai acontecer esse ano? - ele entregou os dois convites a ela - Caraca, ai?

- Sim - sorriu ele - No Hotel mais pop daqui, vai ser loucura total.

- Já pensaram se encontram o assassino lá? - brincou Matthew, ele sempre tivera esse tipo de humor negro - Ai, na certa, ele mata vocês

- Para, né? - rebateu Greg com seu olhar irônico que Sam achou extremamente atraente. Foi quando se deu conta do que o Matthew tinha dito e seu sangue gelou. Havia esquecido de dar essa idéia, como pode? - Você ta bem, Sam? - não, não estava bem. Tinha acabado de lhe vir a cabeça o que devia ter dito. Mas, ainda dava tempo. Pulando para não perder nenhum minuto, apanhou o celular e discou o numero de Atena.

- Alo? - disse a chefe que estava do outro lado da cidade, em frente a uma boate onde ocorria uma festa totalmente Rock'n Roll. Lá nada tinha para eles, a não ser alguns drogados ao canto e o resto do pessoas que curtia a festa. Poseidon olhou para o GPS em mãos, marcando o próximo caminho.

- Aqui é a Sam - disse com pressa - Acho que tenho uma idéia de onde possa ser!

- Do que está falando, Sam? - o som da guitarra aumentou - Sam, eu não estou ouvindo você, alo?

- Atena - quase gritava a menina ruiva - Tá me escutando?

Olhando para aquela multidão pulando ao som da guitarra, gritando e aplaudindo desistiu da ligação. Com um "Mais tarde a gente se fala" para a menina, desligou o celular.

- Quem era? - lhe perguntou Poseidon, cada vez mais afastando-se daquela confusão.

- Sam queria dizer algo, mas acho que não tem nada a ver com o caso.

Ela olhou pelo ombro dele para o aparelho digital.

- O próximo? - questionou a ele.

- First Avenue, vamos?

Com passos largos, foram-se, cada um imaginando algo sobre o que estaria no fim desse complexo quebra cabeça. Enquanto Atena, se perguntava "O que havia de importante na ligação"? Talvez, quem sabe, apenas idéias? Não pode ter certeza, pois tinha de se preocupar com o que tinham de enfrentar agora, o lugar que ela mais odiava: Um barzinho.


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Notas finais do capítulo

Merecemos Rewis? Recomendações?