A Nova Vida de Ruby Menninger escrita por Between the moon and the sun


Capítulo 5
Sonhos estranhos




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Ruby's POV.

Eu demorei pra dormir. Quando o Percy voltou do jantar, eu ainda estava acordada, mas me virei e fingi estar dormindo. Ele olhou pra mim como se estivesse checando se eu não tinha me matado ou fugido ou... Me afogado nas minhas próprias lágrimas. O que não era possível porque eu não posso me afogar. Ele suspirou como se estivesse aliviado. Pegou alguma coisa e foi pro banheiro do nosso chalé. Quando voltou, ele se deitou na parte de baixo do beliche e não sei se ele estava dormindo ou se estava pensando em tudo que aconteceu hoje, como eu.

Finalmente eu adormeci. Eu tive um sonho um tanto estranho. Alguns dos campistas, rostos que eu me lembrava sei lá como, estavam avisando a mim e ao Percy que Nêmesis estava no acampamento. Nós continuamos andando. E então nós vimos uma mulher. Imagine a mulher mais linda do mundo, na sua opinião. Imaginou? Ela iria parecer uma baranga perto dessa mulher que estava a nossa frente. Percy parecia hipnotizado com a beleza dela. Estávamos em um lugar muito lindo, no estilo Grécia antiga. Tudo era branco e dourado, tinha muita luz do sol entrando pela cortina fina que entrava pela porta da sala em que estávamos. O vento soprava e fazia as cortinas se mexerem levemente. Cortinas de seda. O vento soprou ao contrário e o perfume da mulher sentada como uma rainha veio até nós. Um perfume inexplicável. Algo como flores e frutas e... Tudo de mais cheiroso junto. A mulher sorriu pra mim como se Percy não estivesse ali. Olhei pro lado, e ele não estava. Eu senti medo por um momento, mas o olhar dela me acalmou. Os olhos dela eram muito escuros e profundos, espertos e enganadores. Eram meio esverdeados. Ela vestia um vestido púrpura e seus lábios eram cheios e estavam tingidos com batom ameixa escuro. Ela tinha o cabelo meio preso, meio solto, balançando perfeitamente na brisa. Seus cabelos eram bem enrolados, cachos perfeitos. Seus cabelos eram castanhos escuros. Ela me olhou.

-Ah querida, sente. -Eu não recusei o pedido, apenas me sentei, totalmente tensa.

-Você não deve saber quem eu sou, certo? Onde estão meus modos? Meu nome é Nêmesis. - Eu estremeci.

-Você vai me matar? - Eu disse sem pensar. Isso não foi NADA inteligente.

-E porque eu faria isso? Não irei te matar. Só vim dar um recado. - Ela disse e se sentou ao meu lado, tomando chá em uma xícara de porcelana da mais fina, branca, com desenhos de flores chinesas. Ela passou o dedo no meu rosto levemente, mas eu senti como se minha pele estivesse queimando. Ela tirou o dedo rapidamente e a dor cessou. Suas unhas eram compridas e pintadas da mesma cor do vestido. -Me desculpe, eu esqueci como a maioria dos mortais são sensíveis ao meu toque. Com poucas exceções, eu diria... - Ela me olhava com curiosidade.

-Ah, você deve estar curiosa sobre o recado... Mas é algo bem curto. Não costumo entregar recados em pessoa. Mesmo que seja na terra dos sonhos, sabe. E você não devia ser tão tímida.

-D-desculpa, Lady Nêmesis.

-Tudo bem, querida. - Ela disse sorrindo pra mim, com seus dentes super brancos e seus olhos me deixaram com sede de vingança. Não sei de quem, não sei porque, mas eu queria vingança. -O recado é... Não fique tão apressada. A hora da sua própria vingança chegará. E está próxima.

-Vingança? Mas...

-Quando chegar a hora, você saberá. - Ela disse e se levantou, e simplesmente desapareceu. O cenário mudou. Eu estava de novo em casa, naquele dia horrível. O dia da morte da minha mãe. Eu estava sentada debaixo da pia, tremendo. Com um olho, pude ver de relance o monstro. Mas agora, eu estava do lado da pia e podia me ver sentada ali em baixo, com 9 anos. Porém, eu tinha meu próprio ponto de vista, no meu corpo de 14 anos e eu vi o monstro atacar minha mãe. Era bem pior do que ver a cena só com um olho, sentada debaixo da pia. Eu tentei correr e gritar, mas nada adiantava. Então eu acordei.

Olhei pra fora e ainda estava muito escuro. Eu me sentei em silêncio na cama e ouvi as palavras de novo como um sussurro no meu ouvido.

A hora da sua própria vingança chegará. E está próxima.

Então uma brisa gelada soprou e eu estremeci, senti o cheiro da brisa do mar e me senti melhor.

-Sonhos estranhos? - Percy disse isso e eu tinha até me esquecido que tinha alguém no quarto comigo. Dei um pulo.

-Percy, você me assustou. - Eu sussurrei.

-Me desculpe. - Ele sussurrou em resposta.

-E sim...

-Sim o que?

-Sonhos estranhos.

-Ah... Quer falar sobre isso?

-Hm... Depende. Eu estaria te atrapalhando ou algo assim? Tipo... Está tarde, você devia dormir.

-Você também devia dormir, mas já que estamos acordados, se quiser conversar sobre os seus sonhos, tudo bem. Eles podem ter significado.

Eu desci da parte de cima do beliche e me sentei ao lado do Percy, na parte de baixo do beliche e então eu contei pra ele sobre o sonho com Nêmesis e o sonho com a morte da minha mãe.

-E você realmente não sabe do que Nêmesis estava falando? - Ele olhou pra mim e eu balancei a cabeça.

-Não faço idéia... E você, teve algum sonho estranho?

-Na verdade, não. Eu ainda não peguei no sono.

-Pois devia. Bom... Eu vou voltar pra minha parte do beliche e tentar dormir mais um pouco.

-Ok. Vou tentar dormir também...

Eu subi novamente pra minha parte do beliche e adormeci rapidamente, sem nenhum sonho dessa vez.


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