A Nova Vida de Ruby Menninger escrita por Between the moon and the sun


Capítulo 11
Meu melhor amigo gosta de mim




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Nico's POV.

Mais uma semana se passou. Isso realmente não faria diferença pra mim. Mas fez por uma única razão: Desde que Ruby conhecera aquele menino de Apolo, nós mal nos víamos. Ela ficava treinando com ele e olhando pra ele ou falando com ele. Mas quando nos víamos, isso não melhorava as coisas, ela estava totalmente distraída. Devia estar pensando nele. Estávamos sentados na praia e eu pensava sobre isso. Eu odiava a praia, mas a Ruby não sabia disso. Eu só ficava lá porque ela gostava de olhar pro mar e tudo mais. Eu não teria chances contra um filho de Apolo... Teria? Bom... Apolo também se sentia atraído por Persefone e agora ela está com meu pai. Tudo bem que ela foi meio que sequestrada e presa no submundo. Não custava tentar, essa podia ser minha última chance de falar o que eu sentia, de falar a verdade. Eu estava cansado de apenas imaginar o que falar pra Ruby, como explicar o quanto eu gostava dela. Ela estava lá, falando alguma coisa sobre como é quente no Brasil e como ela sentia falta disso.

-Ruby? Posso te falar uma coisa? Promete não ficar brava ou parar de falar comigo?

-Fala aí. - Ela disse sorrindo. -Você é um grande amigo, nada pode ser tão sério a ponto de me fazer parar de falar com você. - Ela não tinha idéia de como estava errada. Eu me sentei mais perto dela, olhando em seus olhos, tirando o cabelo que estava tampando o rosto dela.

-Ruby, eu te amo.

-Ah Nico, eu também te amo, você é meu melhor amigo, sabe? - Ela sorriu de novo. Aquele sorriso me tirava o fôlego.

-Não, você não entendeu, Ruby. Sabe, eu nunca disse "eu te amo" pra ninguém. Nem pra minha mãe, nem pra minha irmã, muito menos pro meu pai... E... - Caramba, eu não sei se conseguia terminar a frase. eu não tinha nem palavras pra isso. Então pensei por um minuto em beijá-la. Será que eu devia? Bom, eu não pensei muito, simplesmente estávamos perto demais. Então eu corri o risco. Eu encostei meus lábios nos dela delicadamente e a beijei. Tentei ser gentil e ir devagar, mas na verdade eu queria puxá-la pra mais perto de mim e beijá-la com mais paixão, mais intensidade. Talvez isso assustaria ela de vez. Eu passei um dos meus braços pela cintura dela e continuei beijando ela, enquanto passava a mão por seus cabelos. Quando dei por mim, estávamos deitados na areia, eu estava por cima dela, ainda beijando seus lábios. E ela retribuiu meu beijo, passando os braços em volta do meu pescoço. Então ela interrompeu o beijo doce e vagarosamente e eu fiquei olhando pros olhos dela, acariciando seu rosto.

Ruby's POV.

Eu estava na praia com o Nico, conversando com ele e ele estava meio distraído, olhando pro nada.

-Ruby? Posso te falar uma coisa? Promete não ficar brava ou parar de falar comigo? - disse ele, me olhando nos olhos com dúvida.

-Fala aí. Você é um grande amigo, nada pode ser tão sério a ponto de me fazer parar de falar com você. -Então ele veio pra mais perto de mim.

-Ruby, eu te amo. - Ele era meu melhor amigo, ele era muito legal comigo. Mesmo nesses dias, que eu andava tão distante, ele ainda era meu melhor amigo.

-Ah Nico, eu também te amo, você é meu melhor amigo, sabe? - Eu disse sorrindo.

-Não, você não entendeu, Ruby. Sabe, eu nunca disse "eu te amo" pra ninguém. Nem pra minha mãe, nem pra minha irmã, muito menos pro meu pai... E... - Ele pareceu muito pensativo por um tempo. Depois de alguns segundos, eu não entendi muito bem o que aconteceu. Ele encostou os lábios nos meus e me beijou com ternura, com tanto carinho que me impressionou, não era de se esperar aquilo de um filho de Hades. Ele tinha um bom coração, eu conseguia sentir que ele se importava comigo. Ele prendeu um dos braços em volta da minha cintura e me puxou pra mais perto, acariciando os meus cabelos com a mão livre. Passei os braços em volta do pescoço dele e devolvi o beijo.

Quando dei por mim, estávamos lá, os dois melhores amigos se beijando, deitados na areia. E se você se pergunta se ele tinha cheiro de morte, na verdade, não. Se tinha, o cheiro da morte não era tão ruim. Então eu interrompi o beijo devagar e olhei pra ele, pensando no que falar. Ele me olhava nos olhos, acariciando meu rosto, ainda com dúvida e com medo de que eu fosse me zangar.

-Nico... - Eu falei meio que sussurrando. -E-eu... Eu gosto de você. Muito mesmo. - Aquele beijo bagunçou minhas idéias. -Mas... Me desculpe, eu não posso. Eu não te amo desse jeito - Eu suspirei, esperando que ele se zangasse e não falasse mais comigo. Mas ele nem se levantou, ainda estava lá, me olhando e acariciando o meu rosto.

-Eu entendo... Mas isso não quer dizer que eu vá desistir tão fácil - Ele deu um sorriso de lado. -Você é especial, foi a única que me entendeu até hoje. E a única que não tem medo de mim.

-Me desculpe, eu não queria passar a impressão errada.

-Shhh - Ele me deu um selinho. -Você não passou impressão nenhuma. Não se desculpe. Eu não te amo por que você me ama de volta, ou algo assim. Eu te amo pelo que você é, e não pelo que você sente por mim. Tudo que posso fazer é tentar fazer você entender o que eu sinto e talvez um dia... Sentir algo por mim. - Ele disse sem esperanças.

-Você é um cara incrível. Me desculpe por não te amar assim.

-Simplesmente me prometa que vai pensar sobre isso. - Eu assenti.

-Eu vou. E... Nico, nós temos que ir, já está quase escurecendo, temos que subir pro refeitório e jantar.

-Ok... Mas antes de irmos... - Ele me deu um último beijo, mais apaixonado, mas ao mesmo tempo, breve. -Pode ser minha última chance, me desculpe, mas eu não queria perder isso. - Ele sorriu com os lábios ainda nos meus.

Então nos levantamos e fomos em direção ao refeitório, em silêncio, mas parecia tudo normal. Ele sorria pra mim, mas foi como se nada demais tivesse acontecido.

-Nos vemos depois. - Ele acenou e foi pra mesa dele. E eu fui pra minha, sentar com o Percy. Como eu pude magoar o Nico desse jeito? Sendo tão tapada e não percebendo seus sentimentos antes? Eu já não sabia o que fazer. Eu gostava do Austin, mas não sabia se ele gostava de mim. Nico gostava de mim, mas eu não sabia se eu gostava dele. Eu olhava pra mesa do Nico e olhava pro Austin desfarçadamente às vezes. Austin estava sorrindo e conversando com seus irmãos e irmãs, como sempre. E quão lindo era vê-lo assim... Era inexplicável. Nico estava comendo sozinho, olhando somente pro prato, de cabeça baixa com suas roupas pretas. Ele brincava com a comida às vezes, totalmente intediado e sozinho. Eu estou ferrada. O que eu faço da minha vida? Ai, ai, mais uma escolha...


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