Diário de Um Coração Imortal escrita por isabellatmassei, Cah_Condello


Capítulo 1
A morte




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Eu não podia negar que não era a melhor das opções. Enquanto ele ainda vivia nesse mundo, eu sorria só de saber que ele ainda respirava. Indiretamente ele me mantinha viva por cada batida de seu pequeno e puro coração.

Seu amor para com meu ser me fazia um bem que só pude dar valor quando enfim seu corpo virou nada menos que um cadáver sem vida.

Meu celular permaneceu inativo durante o sabado (24/10), e algo me dizia para ligar o antigo chip da outra operadora. Assim feito deitei em minha cama acompanhada por um frio familiar, mas totalmente inédito. Com um sentimento de perda adormeci abraçada ao meu urso de pelúcia.

Acordei hoje pela manhã com um recado colado em meu subconsciente. Eu precisava ir para a igreja.

A igreja, lugar que há tempos havia muito frequentado, hoje me chamava para mais perto. Foi Carolline Condello, minha melhor amiga e melhor pessoa, que me levou até lá. Toda sua família era convertida ao evangelismo, ela tentou me mostrar o caminho de Deus e como sempre, atendi seu pedido.

Frequentei os cultos até que algo, ou simplesmente nada, me afastou por completo. Hoje estranhamente era necessário que eu estivesse lá.

Eu estava na igreja e um número que se distinguia do de meu padrasto por alguns digitos me ligava constantemente. Bati meus olhos na tela e pensando que era mesmo ele, deixei o tocar em meu bolso.

O culto chegou ao fim e uma rodinha de jovens se formou do lado de fora da igreja. Lá estava eu.

O assunto era disperso e eu me limitava a sorrir. Algo em minha mente dizia que nada estava muito certo. Algo me dizia que algo que eu precisava muito, parecido com o ar, me faltava nesse instante.

Um comentario surgiu. Isabella + Dilzinho. Esse era o grande assunto. Eu balancei a cabeça e tentei ao maximo fugir do assunto. Algo naquilo me encomodava demais.

Com esse pensamento negativo e com um sorriso forçado nos lábios, eu e a familia de Ca fomos para casa. O caminho era embalado pela rádio evangélica e pela Carol que cantava todas as musicas que tocavam. Meu olhar se limitava ao céu.

Cheguei em casa e o caminho todo segui olhando para o céu, algo nele me atraía mais do que o normal. Totalmente perdida em meus pensamentos bati com tudo em meu "colega" Kaled. Olhei para seus olhos e sorri envergonhada.

Sua boca seguiu em direção a minha mas eu me esquivei. Me vi dando as costas para meu suposto ficante. Motivo? Eu esperava não ter.

Abri a porta do meu apartamento, cumprimentei meus pais e corri atender o telefone que ja tocava.

Era Carol. E não que eu odiasse receber um telefonema seu, mas aquele telefonema veio para mudar minha vida.

Eu não queria acreditar, não queria ouvir o que ela tinha pra me dizer. Ela dizia que meu Dil estava morto. Meu Dil, meu amigo, meu ar, meu chão havia perdido a vida afogado em uma represa no dia de ontem.

Ele e mais dois amigos, estranhos aliás, foram viajar e o Dil supostamente se viu morrendo naquele mar de desilusões. 

A primeira lagrima caiu assim que desliguei o telefone na cara de Carol. Peguei meu celular e disquei para seu celular. Para mim ainda era uma grande brincadeira pra medir meu amor por ele.

O telefone estava indisponivel.

Mais uma lagrima caiu. Disquei para o numero de seu colega, que geralmente ele me usava pra mandar mensagem.

A voz de seu amigo saiu amarga quando disse não se encontrar perto do Dil.

A unica alternativa era ligar para seu primo, a grande razão de eu ter o conhecido.

Assim que o telefone foi atendido eu comecei a falar:

"Diz pra mim que não é verdade..."

"Isa, eu sinto muito..."

As lagrimas desceram de uma vez só.

Eu sabia que meu coração estava em algum lugar, mas no momento eu só podia ouvir meus gritos de desespero.

"ISSO NÃO É JUSTO. PORQUE FEZ ISSO COMIGO? EU TE ODEIO DEUS! ACABOU COM MINHA VIDA!"  


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Notas finais do capítulo

Vocês não me julguem, ok? Tudo ao seu tempo, se gostar acompanhe, se não só... vá embora.
bjs