Triwizard Once More escrita por M M Drack


Capítulo 17
As lembranças de Harry.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/103385/chapter/17

Duncan e Cybelle se hospedaram em Hogsmeade assim que chegaram. Era a última vaga que o Três Vassouras podia oferecer, uma vez que muitos bruxos e bruxas chegavam diariamente e apenas para assistir à última tarefa do Tribruxo que iria acontecer na próxima semana.

_ Pelos cuecões folgados de Merlin, Duncan. Esse lugar está lotado. _ Cybelle comentou, enquanto saiam para dar uma volta pelo povoado.

_ É o Torneio, meu bem. Deixa pra lá. _ O grandalhão Duncan passou a mão pelos cabelos, despreocupado.

_ Podíamos ir a Hogwarts visitar a Ariel. O que acha?

_ Boa idéia.

Enquanto seguiam pela estrada que ligava o Hogsmeade à escola, Cybelle notou algo de

diferente na trilha que saía da Casa dos Gritos. Antes sempre intocado, o caminho de terra entre a construção e a estrada principal estava anormalmente gasto, como se várias pessoas passassem por ali diariamente.

_ Dun, olha isso. _ Ela apontou para as marcas de pegada no chão.

_ Ah, não deve ser nada. Só o pessoal de Hogwarts tentando entrar na Casa dos Gritos como sempre.

_ É, pode ser. _ Ela aquiesceu e ambos continuaram o caminho.

Ao chegarem na porta da escola, foram recepcionados por Mina Michaels e David Twinkle, que faziam a guarda dos portões. Duncan mostrou à eles o pergaminho que haviam recebido de Ariel, e os aurores os deixaram entrar.

_ Onde será que ela está? _ Cybelle estava cansada de procurar a amiga pelo castelo.

_ Não faço idéia. Não mesmo. _ Duncan bufou ao seu lado.

Do alto da Torre de Astronomia, Ariel recebeu uma visita inesperada. Ao ouvir o som de passos subindo as escadas de madeira, ela se virou para ver quem era e se deparou com Harry.

_ Ah, olá Potter. _ Ela cumprimentou.

_ O que faz aqui em cima, Diggory? Não está pensando em pular, ou está? _ Ele riu.

_ Não... Não estou não, mas quem sabe você não quer tentar a sorte? _ Um começou a provocar o outro.

_ Muito engraçada.

Depois de alguns minutos em silêncio, Harry se sentou no chão ao lado dela e recomeçou a falar.

_ Aquela coluna da Braithwaite deve ter acabado com você. Estou certo, Diggory?

_ Está. Está sim, Potter. _ Ela tinha o olhar perdido no horizonte.

_ Mas você deveria esquecer aquelas baboseiras. Hermione fez a mesma coisa quando a Rita Skeeter escreveu esse tipo de coisa dela.

Ariel não deu muita atenção ao que ele falava, estava mais concentrada em suas lembranças pessoais e no fato de querer mais que tudo que o clima péssimo entre ela e Victor desaparecesse.

_ Diggory? _ Harry a chamou novamente.

_ O que foi?

_ No que está pensando?

_ No quanto você está me irritando. _ Ela falou irônica.

_ Sabe que isso está ficando igualzinho à última vez?

_ Como é?

_ Esse céu, os alunos, a conversa... Tudo está ficando ruim da mesma maneira que ficou oito anos atrás.

_ Você acha que vai acontecer alguma coisa, Harry?

_ Eu estranharia se não acontecesse. Afinal, já fazem quatro anos que vivemos tranquilos, não é?

_ Não quero que nada aconteça. Não de novo. _ Ariel falou resoluta.

Harry olhou o horizonte ao longe e ficou imaginando o que estaria por vir. O labirinto era a última prova que os campeões enfrentariam e secretamente, ele desejava que Pea Bouvier vencesse. A jovem francesa revelara uma coragem e habilidades excepcionais ao longo do Torneio, mas a prova final ainda iria testar os nervos de todos.

Subitamente, estava de volta ao tempo quando ele próprio enfrentou os perigos do labirinto, quando Lord Voldemort retornou mais forte do que jamais estivera e instaurara um comprido período de terror na comunidade bruxa. Mas voltar ao passado não era a razão de Harry estar ali. Pelo menos não eram aquelas lembranças que o levaram até Ariel.

_ Escute, tenho algo que acho que vai querer ver.

_ E o que seria? _ Ela indagou curiosa.

_ É uma lembrança.

_ Do que se trata?

_ Acho melhor que veja e tire suas próprias conclusões.

Ariel retirou a varinha das vestes e apontou para Harry.

_ Não temos nenhuma penseira disponível no momento, então vou ter que ler a sua mente, Potter.

_ Não faz mal. Eu já havia imaginado isso mesmo.

_ Então, para evitar surpresas mentais desagradáveis, eu quero que pense com bastante intensidade na lembrança que quer que eu veja. Entendeu, Harry?

_ Pode deixar. _ Ele fechou os olhos para se concentrar, mas se lembrou antes que havia outra coisa a falar e abriu-os novamente.

_ O que foi agora?

_ Na verdade, são duas lembranças. Uma antiga e outra recente.

_ Só pense nelas, Harry. Só pense.

Quando achou que Harry já estava suficientemente concentrado, Ariel murmurou baixo o feitiço Legilimens e em questão de segundos, estava dentro da mente do rapaz. A primeira lembrança parecia ser de uns oito anos atrás, e ela teve certeza quando a figura alta e esguia de seu primo Cedrico entrou em foco. Ele caminhava ao lado de Harry no enorme corredor entre as arquibancadas, que levava ao labirinto.

_ Nervoso, Harry? _ Ela ouviu Cedrico perguntar.

_ Estou OK. _ Foi tudo que o Grifinório se limitou a responder.

_ Alguém da sua família veio assistir?

_ Da minha família ninguém, mas Sra. Weasley e o Gui vieram...

_ Quanta consideração deles, não é?

_ É. E da sua?

_ Meu pai, minha mãe vieram, e minha prima já estava aqui... Lembra-se dela, não é?

_ Lembro sim. A sonserina debochada da minha sala... _ A voz dele soou desdenhosa.

_ Não diga isso, Harry. A Ariel é boa pessoa. De verdade...

Nesse ponto a primeira lembrança começou a escurecer e a dar lugar a outra, que parecia ser de menos de uma semana atrás. Harry agora estava conversando com Hagrid na entrada da cabana do guarda caças, quando Krum se aproximou dele.

_ Posso falar com você um instante, Potter?

Deixando Hagrid, Harry acompanhou Krum de volta ao castelo.

_ O que é, Victor?

_ Sabe se a Diggory está com raiva de mim?

_ Porque diz isso?

_ Ela não está parecendo estranha para você?

_ De maneira nenhuma.

Krum olhou cabisbaixo para os próprios pés, mas falou por fim:

_ Espero que não seja nada. Seria horrível se ela se importasse com o que aquela Betty escreveu. Porque o que a gente sente é bem mais forte do que a mulher pensa... Não acha?

Ariel viu Harry aquiescer com a cabeça e assim a segunda lembrança chegou ao fim. Baixando sua varinha, ela começou a assimilar o que vira na mente de Harry. E não era a primeira vez que o grifinório lhe revelava as coisas através da própria memória. Antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, Harry falou:

_ Espero que as lembranças tenham servido pra te animar...

_ Serviram sim... Obrigada Harry. Mesmo.

E os dois ainda ficaram um bom tempo a observar o horizonte aberto de Hogwarts, apenas na esperança de o que quer que se aproximasse com a chegada da prova no Labirinto, não fosse tão ruim quanto ainda podiam se lembrar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Triwizard Once More" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.