Lwu escrita por Mandy-Jam


Capítulo 9
Capítulo 9 "Façam o que tem que fazer."


Notas iniciais do capítulo

Aqui vai mais um capítulo!



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“Co-Como assim?! O que quer dizer com isso?! E-Eu... Não fiz nada! Ela...!” Tentava explicar, mas da minha boca só saiam palavras enroladas ou desesperadas demais.

Eu pensei que ela fosse falar algo sobre o beijo. Me entregar para o Ryou... Mas ao invés disso ela começou a rir. Qual era o problema dela?!

“Não sabia que ia ficar tão nervoso assim!” Riu ela. “Calma! Se você gosta da Ichigo não tem problema. Vai e fala para ela isso.”

“Escuta... Eu não...” Tentei negar, mas ainda não conseguia arranjar palavras.

“Meu Deus! Será que você consegue pelo menos uma vez completar uma frase?!” Riu ela, e assim que parou disse. “Fica calmo... Mas se eu fosse você falava logo com ela, porque... Você não é o único.”

Aquilo me pegou de surpresa. Como assim?! Quer dizer que a Ichigo... Ou...

“Como assim eu não sou o único?!” Perguntei. Finalmente consegui dizer alguma coisa.

“Ah, então você consegue completar as frases.” Falou ela surpresa.

“Responde!” Falei. “Como assim eu não sou o único? E também... Como você sabe que eu e a Ichigo...?”

“Como se fosse difícil!” Riu ela. “Todo cara que passa pela porta principal tem uma queda pela Ichigo. Por isso você não é o único.”

Ufa! Por fim... Ela não sabia de nada. Eu soltei um suspiro.

Se eu continuasse falando ela ia descobrir tudo... Aí eu estaria realmente perdido.

“Certo... Eu... Tenho que ir agora, então...” Eu fui interrompido.

“Espera!” Falou ela agora parecendo um pouco pensativa. “Pelo jeito que você falou... Você e a Ichigo...”

Gelei de novo. Porque eu tinha que abrir a minha boca?!

Para a minha grande sorte, antes dela tirar conclusões infelizmente corretas, Masaya apareceu logo atrás dela.

“Com licença.” Falou ele.

A garota se assustou. Dessa vez eu é que ri do susto.

“Quem é você?!” Perguntou se recuperando do susto.

“Meu nome é Aoyama Masaya.” Apresentou-se com aquele sorriso idiota no rosto que encantava muitas garotas. “Sinto muito pelo susto.”

“Ah... Não foi nada.” Disse ela respirando de novo.

“Bem, eu sinto muito pelo meu amigo.” Disse ele. “Ele tem um péssimo senso de direção e acaba se perdendo. Agora, se nos der licença...”

“Ah-Ah não... Não tem problema... É só que...” Ela tentava falar, mas parecia estar um pouco sem fôlego ainda.

“Que foi? Será que você não consegue completar nenhuma frase?” Perguntei brincado. É sempre bom você dar o troco... Ou pelo menos eu sempre gostei.

Ela olhou para mim e depois revirou os olhos.

“Nós não vamos mais te incomodar.” Sorriu Masaya. “Vamos, Kisshu.”

“Certo...” Concordei.

Nós dois começamos a andar até a saída, quando ouvimos alguma coisa vinda dela.

“E-Ei! Esperem!” Exclamou ela.

Masaya parou, mas não virou para olhá-la. Eu passei por ele devagar.

“Por favor, vamos embora! Ignore!” Pedi em um sussurro.

“O que foi?” Perguntou ela para a garota com um sorriso gentil. “Algo errado?”

O sorriso de Masaya fez ela hesitar.

“Bem... É só que...” Ela foi interrompida.

“Mandy.” Disse Masaya, o que a fez parar.

“Si-Sim?” Perguntou ela.

“Fez um bom show hoje.” Sorriu ele. “Continue assim, certo?”

Ela hesitou novamente, mas por fim acabou sorrindo para nós dois.

“Certo. Obrigada.” Disse devagar.

Nós dois finalmente conseguimos sair de lá.

“O que deu em você?!” Perguntou Masaya assim que fechou a porta. “Ficou maluco, é?!”

“Maluco, não! Eu estava tentando provar para você que eu estava certo!” Exclamei.

“Sendo pego?! E se ela descobrisse quem você era?!” Reclamou ele.

“Ela não ia descobrir! E quer saber?! Só está irritado por que eu estava prestes a provar para você que Ryou é o culpado de...” Fui interrompido.

“Eu sei que ele é o culpado.” Falou Masaya, agora nem um pouco irritado.

Eu fiquei surpreso. Talvez chocado.

“Como é?” Perguntei. “O que?!”

“Em outras palavras...” Disse ele rangendo os dentes. “Você está certo.”

“Jura?!” Perguntei sem acreditar. “Espera aí! Você nunca ia falar que eu estou certo assim do nada... O que aconteceu?”

“Eu...” Ele ia contar a verdade, mas pude ver em seus olhos que ele resumiu um pouco demais a história. “Tive uma experiência reveladora.”

Pude ver também que suas bochechas ficaram vermelhas, e isso me fez rir.

“Experiência reveladora?! Mas que droga é essa?!” Eu ri.

“Chega! Quer saber de uma coisa, nós temos que achar algo que possa nos ajudar nisso, senão vamos acabar...” Nesse momento ele se silenciou ao ver a Mandy abrindo a porta logo atrás de mim.

Eu me virei surpreendido, e pude ver que ela também estava assim.

“Ah. Sinto muito... Eu não sabia ainda que estavão aqui.” Falou ela. “Se me der licença eu... Ah! A carta?”

Nós dois olhamos para a carta que estava no meu bolso. Eu a tirei de lá e olhei para a Mandy. Agora nós dois estávamos ferrados...

“É a carta do Ryou. Não é mesmo?” Perguntou ela olhando para mim sem entender.

“Ahm... Sim.” Concordei. Olhei para Masaya e parecia que ele ia me estrangular. “Nós a achamos no corredor e estávamos indo devolver para ele...”

“Vocês foram ao corredor?” Perguntou ela.

Completamente ferrados...

“Sim, mas... Foi porque a Ichigo nos chamou, e...” Tentei explicar, mas fui interrompido.

“Então você realmente gosta da Ichigo?” Perguntou.

Extremamente ferrados. Eu poderia tentar arrumar outra explicação, mas preferi fechar a minha boca. Masaya assumiu a situação.

“Esqueça isso, por favor.” Pediu ele. “Meu amigo tem um dom para arrumar confusão, mas nós não queremos encrenca. Só nos diga... Onde devolver a carta.”

Ela olhou para ele. Deu pra ver pelo seu olhar que ela não iria engolir aquilo.

“Vocês não são como todo mundo aqui.” Falou ela. “Não vieram só para Comar alguma coisa, ou ouvir música, não é mesmo?”

“Claro que nós...” Masaya ia mentir, mas o olhar de Mandy era mais determinado do que o dele.

Ele fechou a boca e engoliu o resto da frase. Estávamos perdidos e ele sabia muito bem disso.

Mas para a minha grande surpresa, e para a dele também, ela simplesmente sorriu.

“Segundo andar. Vire a direita depois da escada. Última porta do corredor. É impressionante como ele bagunça tudo... Chegou hoje de manhã.” Falou ela. “Boa sorte, em... Seja lá o que estejam fazendo.”

Ela começou a andar para longe de nós, mas eu a chamei novamente.

“Espere!” Eu disse, fazendo-a se virar novamente. “Você nos deu instruções, mas nem mesmo sabe quem nós somos. Tem certeza que isso foi o melhor a fazer?”

“Talvez não...” Falou ela andando na minha direção. “Mas foi o que precisava ser feito.”

“Como assim?” Perguntei sem entender.

“Você não sente raiva quando os caras errados ganham? Quando os mocinhos nem sempre vencem?” Perguntou ela. “Acho que as coisas não estão certas do jeito que se encontram agora. Então me pergunto... Será que a LWU pensa isso também?”

Ela sorriu ao ver a minha cara de surpresa.

“Boa sorte detetives.” Falou ela. “Façam o que tem que fazer. E, de novo, boa sorte.”

Eu e Masaya assentimos silenciosamente.

“Ah! E o segredo de vocês está a salvo comigo.” Ela piscou e foi embora.

Eu senti o meu corpo todo relaxar. Aquela tinha sido por muito pouco. Mas... Eu não consegui parar de pensar no que ela disse... Ver os caras errados se darem bem... E sobre as outras coisas.

Aquilo era verdade... Tínhamos que fazer alguma coisa.

“Masaya...” Falei.

“O que foi?” Perguntou ele.

“Conte-me sobre a sua ‘revelação’.” Pedi, mas quando me para olhá-lo vi que tinha um brilho diferente no seu olhar.

“Eu já sei!” Exclamou ele.

“O que?” Perguntei. “Qual é a grande idéia?”

“Temos que correr! Eu te explico no caminho!” Falou ele.

Ele começou a correr em direção ás escadas novamente e eu o segui, tentando parecer completamente normal. Pensei até em acenar para as pessoas e dizer: “Ei! Eu sou só mais um cara correndo desesperadamente pelo restaurante! Sou que nem vocês!”, mas desisti da idéia.


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Notas finais do capítulo

Então...
Sinto ter que dizer, que esse é um dos últimos capítulos da história. É, eu sei... Sei que vocês estão chorando agora ( ou não ), mas fiquem sabendo que tem uma continuação, ou seja...

LWU Volume 2!

Mas, por enquanto... Ainda temos o volume 1, certo?
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