Lwu escrita por Mandy-Jam


Capítulo 11
Capítulo 11 Uma visita indesejada


Notas iniciais do capítulo

Atenção á todos! Esse é o penúltimo capítulo de LWU!

Mesmo assim... Acho que vão gostar! (Espero)



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Eu ainda tinha tempo até me apresentar, por isso achei que seria melhor eu ficar de olho naqueles dois para ver se tudo estava indo bem.

Estava prestes a subir as escadas quando...

“Mandy!” Chamou Lola correndo em minha direção.

“A-Ah! Oi!” Eu disfarcei. Não sabia se era uma boa idéia contar o que estava acontecendo, por isso encostei-me na contra a parede ao lado da escada.

“Mandy, o que está fazendo?” Perguntou ela curiosa.

“Ah... Só dando um tempo.” Respondi fingindo estar distraída. “Sabe? Relaxando antes de ter que me apresentar de novo.”

“Eu também quero relaxar!” Animou-se Lola. “Eu pedi para o meu assistente assumir a cozinha um pouco. Posso ficar aqui com você?”

Aquilo não ia ser bom. Não achava uma boa idéia Lola se envolver com esses problemas...

“Ahm... Acho que é melhor não. É que... Eu queria ficar um pouco sozinha, e...” Tentei enrola-la, mas não deu certo. “Tá bom...”

Acabei cedendo. Ela encostou-se à parede do meu lado esquerdo e começou a falar sobre como o dia foi cheio, e como os clientes estavam entrando o tempo todo. Estava prestando atenção, mas no fundo ainda me preocupava com o que poderia estar acontecendo lá em cima.

 “E então eu disse: ‘De jeito nenhum você vai fazer esse prato! É só para ocasiões especiais’, aí ele respondeu...” Ela continuava falando, mas acabei me distanciando um pouco ao ver quem acabava de entrar.

Era um garoto baixinho de cabelos castanhos, e logo atrás dele estava uma garota que devia ter a mesma idade dele. Tinha cabelos loiros, embora fosse difícil notar, pois estavam muito sujos.

“Então é aqui?” Perguntou o garoto para ela.

“Sim. É aqui mesmo.” Assentiu a menina.

“Ótimo.” Sorriu ele. “Eu assumo daqui.”

“Não! Puddin quer ajudar!” Falou ela.

“Nem pensar! Esse trabalho não é brincadeira!” Reclamou ele.

“Mas Taru-Taru, você prometeu!” Protestou ela.

“Não me chame de Taru-Taru! Meu nome é Taruto!” Reclamou ele.

“Mesmo assim... Você prometeu!” Insistiu ela.

“Não! Agora pensei melhor e notei que vai ser muito perigoso!” Disse ele.

“Não é justo!”

“É sim!”

“Não é!”

“É!”

“Não é, não!”

“É sim!”

“Mandy?” Chamou uma terceira voz.

Demorei um pouco para notar que era a voz da Lola. Pisquei os olhos algumas vezes, e depois olhei para ele. Ela observava as duas crianças.

“Você os conhece?” Perguntou ela.

“Não... Eu não...” Tentei explicar, mas aí... Eu notei que tinha problemas maiores.

 Atrás dele entrou um homem de no máximo 20 anos. Ele tinha cabelo preto longo, bem longo mesmo. Vestia um sobretudo azul escuro e mesmo sendo de noite, usava óculos de Sol que tornavam impossível ver a cor de seus olhos. Tudo bem... Ele podia ser simplesmente mais um cliente se não fosse pelo fato de estar acompanhado por dois caras.

Eles vestiam roupas normais... Camisa azul e suspensórios pretos, calça sociais, e sapatos pretos. E por cima um casaco preto.

Mas... O primeiro cara... Ele era estranho. Sentia algo de ruim vindo dele.

Ele continuou andando como se as duas crianças ali na porta não estivessem ali. Ele as empurrou e as duas caíram no chão. Os dois caras passaram logo atrás dele.

“Ei! Olha por onde anda seu mal-educado!” Reclamou Taruto.

“Isso doeu, seu grosso!” Choramingou Puddin.

Ao ver a garota choramingar Taruto encheu-se de raiva. Se pôs de pé, andou até ele e puxou seu sobretudo.

Ele olhou para trás.

“Peça desculpa agora mesmo!” Reclamou Taruto.

Seus dois acompanhantes deslisaram suas mãos para dentro do casaco sutilmente, e eu sabia que tinha que fazer alguma coisa.

“Então, vocês os conhece de...?” Lola ia pergunta, mas eu a interrompi.

“Lola, eu não tenho tempo para explicar. Por favor, me ajude.” Pedi.

“O que? Em...?” Ela estava prestes a perguntar, quando Taruto insistiu de novo no pedido de desculpas.

“Eu explico depois, mas temos que tirar eles dois daqui agora!” Falei começando a correr em direção á eles.

Lola me seguiu depressa. Os dois acompanhantes dele estavam prestes a puxar alguma coisa de dentro do casaco, quando eu me meti entre eles.

“Sinto muito, baixinho.” Falei. “Mas você tem que se retirar.”

“Mas...!” Ele ia protestar, mas lembrei que o que eu estava fazendo era uma loucura arriscada e não deixei que ele me interrompesse.

“Mas nada. Deve desculpas pra esses senhores!” Virei-me para poder olhá-los. “Sinto muito pelo incomodo. Podem ir agora.”

Os dois soltaram o que quer que estivessem segurando no casaco e relaxaram as mãos assim que receberam o sinal do primeiro cara.

Sem dizer nada eles se viraram e andaram em direção ás escadas.

“Ei! Vocês não po...!” Tampei a boca da Lola antes que eles ouvissem.

“Lola... Deixe-os em paz.” Pedi. “Eles... Não são clientes comuns.”

“Então... O que eles são?” Perguntou ela sem entender, mas notando que a situação devia ser séria.

“Encrenca...” Murmurei.

“Ei você!” Exclamou Taruto para mim. “Por que fez isso, hein?!”

“Você ficou maluco?! Aqueles caras são mais sérios do que você pensa.” Falei para ele.

“Eu estou preparado para isso! Sou da LWU!” Protestou ele.

“Ih... Mas será que você podia revelar isso?” Perguntou Puddin.

“A-Acho que não! Droga!” Suas bochechas ficaram vermelhas.

“E quem são vocês?!” Perguntou Lola. “O que fazem aqui?! E o que é LWU?!”

“Olha.” Falei com o garotinho. “Eu acho melhor levar a sua amiga para casa antes que ela acabe se machucando. Você é um detetive habilidoso, mas ela não. Proteja-a.”

Eu esperava estar enrolando ele ao máximo, e pelo visto estava mesmo. Ele sorriu confiante.

“É claro que eu sou! Mas tenho que ajudar o Masaya e o Kisshu!” Falou ele.

“Ah, os dois estão bem.” Falei. “Eles já resolveram quase tudo. Agora é a sua vez de completar uma missão! Leve-a para casa para tomar um bom chocolate quente.”

Os olhos dela se iluminaram.

“Cho-Chocolate quente!” Sorriu. “Eu quero, na no da!”

Taruto viu o sorriso dela, e acabou sorrindo também.

“Certo... Acho que posso te ajudar agora. Vamos nessa! O Pai não deve se importar!” Falou ele já levando-a para fora.

Os dois saíram e por um minuto eu pude me sentir mais calma.

“Mas o que foi isso?! Será que você pode me explicar, Mandy?! Eu estou falando com você! Parece que sabe tudo sobre eles, e sobre o que está acontecendo! Como é que...!” Lola estava falando um pouco alto demais.

Se ela continuasse todos iam notar o que estava acontecendo. Eu olhei para ela.

“Eu explico, mas por favor fale baixo!” Pedi.

Ela piscou os olhos.

“Certo...” Concordou. “Pode ir explicando.”

“Tem dois caras aqui chamados Kisshu e Masaya. Eles são da LWU, um departamento de investigação. São detetives particulares, mas trabalham com a polícia.” Expliquei.

“Como sabe disso?” Perguntou ela.

“Eu li no jornal algum dia... Mostrava o último caso deles.” Contei. “O fato é que estão atrás do culpado pelo desaparecimento do Keiichiro. Subiram as escadas procurando alguma coisa...”

“Espera... Kisshu?” Perguntou ela. “Ele veio falar comigo! Disse que era meu fã! Conversei bastante com ele!”

“Sério? Bem... Ele falou comigo também... Acho que ele tem que fazer isso, se quiser achar o culpado. Obter informações, sabe?”

Ela assentiu. Eu fiz um movimento puxando-a para longe das mesas e indo mais para perto da escada.

Olhei para cima e vi que os três não estavam mais lá. Já deviam ter subido.

“Mas... E quanto àqueles caras?” Quis saber ela.

“Eu não sei.” Falei devagar e em um tom baixo. “Mas... Acho que o primeiro que entrou aqui. O de óculos escuros... Era o Deep Blue.”

Lola arregalou os olhos.

“Temos que contar para o Ryou!” Exclamou.

“Sh! Não!” Repreendi-a. “Isso pode estragar tudo. É melhor nós observarmos primeiro. Agir assim pode causar problemas. Afinal... Ele é o Rei do crime organizado. Tem idéia do que esse cara é capaz?”

“Não, e não quero saber. Estou... Com um pouco de medo.” Admitiu ela.

“Tudo bem... Mas temos que ver se precisam de ajuda.” Falei. “Se quiser pode ficar aqui.”

“O que?! Nem pensar!” Disse ela.

“Mas não disse que estava com medo?” Perguntei sem entender.

“Sim, mas também estou animada. Quero ver como isso vai acabar!” Sorriu ela.

Essa era a Lola que eu conhecia... Eu fiz um sinal de silêncio de comecei a subir as escadas devagar e cautelosamente, para que ninguém ouvisse.

Quando chegamos ao topo, nos esprememos no canto da escada para ver o que estava acontecendo.

Kisshu e Masaya estavam brigando feio! Isso me deixou impressionada. Pareciam ser parceiros tão... Cooperativos? Não sei como dizer, mas o fato é que eu nunca esperaria vê-los brigando.

Ichigo estava simplesmente observando a cena. Não dava para ver seu rosto, mas não parecia estar aterrorizada. Parecia estar... Só observando mesmo.

Ryou estava chocado olhando para Ichigo. O que será que tinha acontecido ali?!

Mas... Quando pensei que os caras tinham simplesmente sumido, eles desceram o as escadas que davam para o terceiro andar e foram em direção á eles.

Eu e Lola tivemos que deitar na escada para que eles não nos vessem quando passassem. Se vissem a gente... Seria o nosso fim, aposto.

Levantamos devagar depois de trocarmos olhares preocupados. Eu olhei para o homem que acahava que era o Deep Blue. Ele tinha guardado alguma coisa no sobretudo.

Mas isso não me parecia importante no momento. O importante era que eles estavam parados atrás de Ichigo e também estavam observando a briga de Masaya e Kisshu.

Quando os dois idiotas notaram que eles estavam parados lá, eles declararam trégua temporária.

“Quem são vocês?” Perguntou Kisshu.

Masaya e ele se levantaram ficando de frente para os três.

“Você!” Exclamou Ryou. “Deep Blue.”

Os olhos de Masaya e Kisshu se arregalaram. Ichigo virou-se devagar para poder vê-lo.

Quem eu achava que era o Deep Blue realmente era o Deep Blue. Não podia ver seu rosto, mas algo me dizia que estava sorrindo. Assim como os vilões da TV fazem quando seu plano está quase dando certo.

“Vocês são da LWU, não é?” Perguntou ele, mas acho que já sabia a resposta.

“Como sabe disso?” Perguntou Masaya.

“Não é da sua conta.” Respondeu friamente.

“Olhe como fala, seu ladrão!” Exclamou Kisshu. “Você vai preso junto com Ryou!”

Até uma criança sabe que não se deve gritar com os caras maus!

Os capangas dele fizeram o mesmo movimento de antes. Cada um tirou do casaco uma pistola com um silenciador na ponta, e deixaram-na voltada para o chão.

Olhei a expressão de cada um ali. Kisshu ainda estava com raiva e parecia não ligar para fato de que aqueles dois caras podiam fazer um buraco em sua cabeça á qualquer instante.

Masaya analisava as armas e as pessoas que á seguravam para poder bolar um bom plano. Claro... Eles iam precisar.

Ryou estava completamente perplexo. Com Deep Blue, e com Ichigo. Ainda me pergunto o que tinha acontecido antes.

Por fim, mas não menos especial tinha a reação da Ichigo. Ou devo dizer... Não tinha? Talvez fosse por isso que era especial. Pois mesmo sabendo que estava correndo perigo mortal naquele momento ela não estava assustada. Não parecia estar com medo, nem mesmo com raiva como Kisshu.

Nada. Absolutamente nada.

Ela ficou imóvel por algum tempo na posição que estava. Deep Blue olhou para ela, e sorriu. Aquele sorriso me deu medo.

“Então...” Falou ele olhando-a de cima á baixo. “Conseguiu ganhar tempo?”

Eu não entendi nada, até que... Ichigo levantou sua cabeça e olhou para ele com um leve sorriso.

“Como você pediu.” Respondeu ela.

Aquilo foi o suficiente para eu achar ter certeza de que estávamos todos encrencados.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?

Aposto que estão ansiosos para ver como a história vai acabar, né?

Reviews?



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