Narração Keissy

Corria pelos corredores do castelo. Procurava meus amigos, um sinal de alguém que eu conhecesse. Vi um vulto se afastando no corredor, parecia um fantasma, bom talvez fosse Nick. Corri para alcançá-lo. Ele atravessou a porta do salão principal. Eu tentei entrar lá, mas a porta estava trancada. Revirei meus bolsos, estava sem varinha. Ouvi um grito vindo dos jardins, fui até lá. Era Gina, ela estava debruçada sobre alguém, um corpo.

-Gina? –chamei, ela não se mexeu- Gina! –mesmo eu berrando, não ouve resposta. Me aproximei dela e fiquei em choque. Harry. Gina chorava em cima do corpo de Harry- Não! Harry!

A cena foi sumindo e agora eu estava na floresta proibida, mais especificamente de frente ao salgueiro lutador. Vi um belo cão negro se aproximando entre as arvores, ele se transformou dando lugar a Sirius Black.

-Sirius – eu chamei, mas novamente não obtive resposta alguma. Ele olhava um ponto fixo: a entrada do salgueiro lutador. Fiquei olhando pra lá também. Um uivo percorreu a silenciosa floresta, olhei assustada para a lua, estava cheia. Remo- Sirius, você tem que se transformar, Remo está vindo!

Mas o que eu estava falando? Eu é que deveria fugir! Não sou animaga. Remo não vai atacar o Sirius e sim a mim. Me virei pensando em fugir, mas era tarde. Da entrada do salgueiro saia Remo Lupin já transformado. Ele uivou novamente e foi para cima de Sirius ainda humano. Meu Merlin, o que ele está fazendo? Está querendo morrer? Remo mordeu o pescoço de Sirius e depois o tacou contra uma pedra. Ouvi mais passos atrás de mim. Centauros. Todos armaram seus arco e flechas e apontaram contra Remo, este foi atingido por todos e muito ferido caiu próximo a Sirius sem se mexer.

-Sirius! Remo! Não! –berrei, eu chorava desesperadamente. A cena mudou novamente. Eu havia voltado a Hogwarts. Estava no salão comunal da Grifinória. Os gêmeos e Lino brincavam com as novas invenções Weasley.

-Pronto Fred?

-Pronto Jorge! –os dois olharam para Lino- Lino?

-Vamos lá – os três colocaram uma bala na boca, estavam testando no mínimo. Eles então começaram a tossir. Tossiam muito.

-O que aconteceu? –pergunta Jorge em meio a sua crise.

-Acho que erramos algum ingrediente –responde Fred, ele tampa a boca com a mão e tosse de novo- Meu Merlin! Sangue!

Fred tossira sangue. E não parava mais. O mesmo estava acontecendo com Jorge e Lino. O sangue escorria pela veste dos três. Estavam perdendo sangue demais, Fred desmaiou.

-Fred! –berramos nós três. O chão ao redor deles já estava coberto de sangue- Fred, irmão acorda! –Jorge berrava, mas sua voz falhou e com um ultimo jorro de sangue perde a consciência também.

-Jorge! –Lino fez menção de ir socorrer o amigo, mas ao se levantar perdeu suas ultimas forças e caiu sobre o tapete ensangüentado.

-NÃO! –berrei no que a cena se dissolveu. Eu estava na’ Toca. Um dragão a sobrevoava. Carlinhos aparatou ao meu lado. O dragão lançou fogo contra a casa.

-MÃE! PAI! PERCY! SAIAM DAÍ! –berrou Carlinhos correndo até lá, com a varinha em punho ele tentava estuporar o dragão. Ele entra na casa no mesmo segundo em que esta desaba sobre os quatro. Fiquei em choque sem saber o que fazer. A cena foi se dissolvendo novamente.

Eu havia voltado novamente a Hogwarts. Estava no pátio que levava ao campo de quadribol. Ouvi gritos e palmas vindos de lá. Grifinória estava jogando. Todos pareciam muito abalados. O outro time que era estranho, todos jogavam com capas pretas e mascaras... Comensais! Foi ai que vi, eles não estavam jogando e sim lutando. Rony era o goleiro; Angel, Kátia e Alicia artilheiras; batedores Colin e Denis Crevey; e apanhadora Gina. Harry e os gêmeos não estavam lá. Os comensais lançavam maldições para todos os lados. Aos poucos o time foi caindo. Colin, Denis, Alicia, Rony, Kátia, Angel... e Gina. Senti algo me puxando e sai dali. Cai no escritório de Dumbledore. O poleiro de Fawkes estava vazio. Me levantei olhei ao redor, tudo estava destruído, os quadros quebrados, a mesa jogada em um canto, o chapéu seletor estava mais rasgado que o normal. Fui até a janela. Um grito saiu dos meus lábios. Hogwarts estava... Destruída. As torres já não existiam, estavam caídas no chão. A cabana do Hagrid estava em chamas, assim como alguns lugares no castelo.

-K... Keissy... –ouvi uma voz sussurrando dentro da sala, me virei. Gui.

-Gui! –exclamei correndo até ele. Estava muito machucado, havia sangue por suas roupas, e em seu corpo havia vários cortes- Gui, o que aconteceu? Como Hogwarts foi ficar desse jeito?

-K... Keissy... Você tem que sair daqui... –ele sussurrava- rá... pido...

-Não! Eu não vou sair...

-Escute... Voldemort... Ele está aqui... vai te matar também...

-Voldemort? Ele fez isso?

-Sim... ele e os comensais...

-Gui vem... Eu vou te tirar daqui...

-Ora, ora –uma voz falou as minhas costas- Olha quem resolveu aparecer. Gostou das lembranças que tirei de seus queridos amigos antes que morressem?

-Lembranças?

-Sim, tudo que você viu aconteceu mesmo. Tudo obra minha. Comecei matando Harry Potter. Black me ajudou se matando... Lupin foi atacado pelos centauros... Aqueles três patetas... Foi fácil, somente troquei a bala por outra... O time grifinório... ah, sim... Meus comensais somente trocaram de lugar com o time sonserino... A casa dos Weasleys... eu mandei o dragão...

-SEU MALDITO! –berramos eu e Gui juntos.

-Aqui em Hogwarts, ninguém estava avisado... Chegamos acabamos com todos e quando cheguei aqui em Dumbledore, o velho idiota havia fugido com a fênix...

-Mentiroso! Dumbledore nunca fugiria!

-Mais fugiu... Bom já chega você já está viva há muito tempo... –e com um sorriso sacou a varinha mirando-a para mim- Avada Kedavra!

-NÃO! –berrou Gui se jogando na minha frente, e sendo atingido pela maldição. Ele caiu no chão, morto.

-Gui! Não Gui! Por favor, não! –eu berrava me debrucei sobre o corpo de Gui, lagrimas rolavam pelo meu rosto enquanto soluçava freneticamente.

-Oh, que lindo –riu-se Voldemort- ele ia acabar morrendo também... Avada Kedavra!

Tudo ficou escuro.

-Keissy! Keissy! –chamavam vozes vindas do além. Eu não enxergava nada. Isso era morrer? – Keissy! Acorda!

-Hum –consegui abrir o olho vagarosamente, minhas novas companheiras de quarto me encaravam assustadas.

-Está tudo bem? –me perguntou Heidi me encarando.

-Você estava chorando... –começou Alyson.

-Gritando também... –comentou Sophie.

-E chamando por nomes... –completou Hannah.

Comecei a chorar desesperadamente. Fui tudo um pesadelo, foi só um pesadelo. Elas me abraçaram. Eu ainda soluçava. Aquele pesadelo foi horrível, todos que eu amava morrendo...

-Calma, foi um pesadelo... –falava Alyson sentada ao meu lado. Acho que ter companheiras de quarto não é tão ruim assim...