Narrado por Keissy Martines Potter

Aff, por que as garotas não me acordaram? Estou tão atrasada! Tenho que correr para a aula e não me lembro onde está o meu livro de adivinhação e ainda tenho que correr até a torre, ai não vou conseguir. Achei, abri logo esse portal!

-Ei você está atrasada para a aula garota! –exclama a mulher gorda atrás de mim- eu sei! –berro em resposta. Corro escada acima, por que Fred e Jorge não aparecem do nada pra poderem me ajudar com as passagens secretas, hem Merlin? É tudo culpa sua Merlin! Você bem que podia fazer a professora chegar atrasada, ou fazer com que a torre fosse alguns andares mais perto, mais não a Keissy tem que se atrasar...

-Potter! –olha Merlin eu tava só brincando não precisava trazer nenhum professor até aqui!

-Sim, Professor Snape? –pergunto notando quem é.

-Você não pode ficar correndo pelos corredores dessa instituição Potter! É uma pena, mas vou ter que descontar cinco pontos da Grifinória por sua inflação a regra e...

-Regra? O senhor acabou de inventar essa regra só pra descontar mais pontos da Grifinória, já que é só assim que a Sonserina consegue subir na classificação das casas não é? –interrompi. É definitivamente não se deve irritar uma ruiva com TPM.

-Ora, você acabou de me enfrentar, Potter –falou Snape com um tom sarcástico- e isso sim é uma regra, parece que você não está feliz em perder cinco pontos para sua casa, não é? Então vejamos que a Grifinória perderá dez pontos e você ganhara uma detenção Potter.

-Se meu sobrenome fosse Evans, você não seria tão rude comigo, não é Sev? Ou vai dizer que trata a mim e Harry diferente porque nos chamamos Potter? Pois saiba que minha mãe nunca te perdoou por você ter falado dessa maneira, como você falou comigo agora, com ela, você assumiu a sua parte Sonserina, e a chamou de sangue-ruim não é? Já pensou que se você não fosse tão orgulhoso hoje em dia minha mãe ainda estaria viva? Ela não teria motivo pra não ser mais sua amiga e você não teria virado um comensal da morte, e talvez você mesmo pudesse ter impedido a morte dela.

-Como você sabe tudo isso? –perguntou ele em estado de choque pela minha revelação.

-Não interessa como, sim que eu sei – conclui dando as costas para o professor e indo para o grande salão, eu não tinha mais cabeça para aula. Ultimamente eu tenho treinado Oclumencia, uma arte em que eu posso ler os pensamentos das pessoas através do olhar, sei muita coisa sobre quase todos os meus amigos, claro que tenho que cuidar porque alguns bruxos conseguem se defender e perceberiam que usei a Oclumencia a meu favor. Bruxos como o Snape são um dos meus alvos principais, quero saber tudo sobre meus pais, como eram, o que faziam quem eram seus melhores amigos, etc. Todos os professores de Hogwarts deram aulas a eles ou no caso do Snape estudou com os dois. Já sei muitas coisas sobre minha mãe: sua flor favorita eram lírios, era estudiosa como eu, admirava e respeitava Dumbledore, foi monitora e monitora chefe, era péssima em quadribol, queria ser e foi auror, suas melhores amigas foram Maite, Rosalina e Alice, considerava Severo Snape um irmão, odiava meu pai Tiago Potter mais do que qualquer coisa, seu primeiro beijo foi roubado por meu pai quando eles estavam no quarto ano, sua cor preferida era verde, ela foi com o Sev ao baile no quinto ano graças a Merlin não aconteceu nada entre eles, aceitou sair com meu pai um ano depois da briga com Severo que aconteceu no final do quinto ano, eles se casaram alguns meses depois de se formarem em Hogwarts, mas infelizmente o Snape não foi no casamento dos meus pais e então eu não pude ver o que aconteceu. Snape e meu pai eram inimigos declarados desde o primeiro dia de aula, todas as lembranças dele com meu pai envolviam brigas ou minha mãe se colocando entre eles.

Mas eu tenho que me cuidar, dizem que o Snape é muito bom oclumente, e se ele descobrir...

Narrado por mim

-Keissy, acorda! –falou Angelina, jogando um travesseiro na cama da amiga- ou você quer perder a aula de novo?

-Tá já acordei – reclamou Keissy jogando o travesseiro de volta na amiga, pegou suas roupas e foi para o banheiro.

Enquanto isso no dormitório masculino:

-Acho que agente devia mostrar pra ela – murmurou Jorge.

-É, ultimamente acho que a Keissy merecia usar ele, e acho que ela não contaria a ninguém se agente pedisse né? –respondeu Fred.

-Com certeza podemos confiar nela – concluiu Jorge. Os dois se dirigiram ao dormitório feminino por uma passagem secreta e esperaram as garotas saírem do dormitório e entraram:

-Ela deve estar no banho – comentou Fred percebendo que o quarto estava vazio.

-Ei Fred! Olha só isso –chamou Jorge se sentando na cama de Keissy e apontando para o bidê, em cima dele havia um pequeno porta retrato dourado com vermelho em forma de leão que estava sobre duas patas, as dianteiras seguravam molduras com duas fotos, os dois anos de Keissy em Hogwarts, a primeira havia sido tirada logo após o teste das escolas de magia, onde os Weasleys e Keissy acenavam para a câmera, Keissy estava sentada no chão entre Fred e Jorge, os outros Gui, Carlinhos e Percy estavam ajoelhados atrás deles; a segunda foto era do time Grifinório ano passado, nela todos sentavam nas devidas posições de jogadores, no primeiro banco estavam: Angelina, Keissy e Anne, no segundo:Olívio e Carlinhos, e no último os dois segurando a bandeira da Grifinória- como será que ela fez a decoração do porta retrato?

-Assim como fez há das roupas de cama, abajur, espelho, cômoda, bidê, cama, e o resto do dormitório? –respondeu Fred sarcástico ao irmão, enquanto apontava para a decoração do dormitório.

-Fred, Jorge o que fazem aqui? –perguntou Keissy saindo do banheiro secando o cabelo na toalha.

-Esperando você – respondeu Fred.

-Por quê? –insistiu Keissy, olhando confusa para os amigos.

-Porque temos a sua salvação – respondeu Jorge colocando algo na mão da ruiva.

-Um pedaço de pergaminho –respondeu Keissy- esqueci alguma lição é?

-Não, esse pergaminho que é a sua salvação, ruiva – retrucou Jorge.

-Ta, e o que um pedaço de pergaminho velho vai me ajudar, hem?

-Ouviu isso Jorge? –perguntou Fred fingindo estar sendo ofendido- ela disse um pedaço de pergaminho velho!

-Isso, minha cara Keissy é a chave para o nosso sucesso –comentou Jorge apontando para o pergaminho entre as mãos da ruiva- “eu juro solenemente não fazer nada de bom” – falou ele tocando o pergaminho.

Narrado por Keissy

Quando Jorge terminou palavras começaram a parecer no topo do pergaminho: “Os Srs. Rabicho, Aluado, Almofadinhas e Pontas tem o orgulho de apresentar o MAPA DO MAROTO.”

O mapa começou a se abrir, traços e linhas começaram a aparecer por todo o pergaminho:

-Mas essa é Hogwarts! –comentei olhando o mapa, pequenos pontinhos se movimentavam por ele- Perai, mas este é...

-Dumbledore!

-Em seu escritório...

-Andando...

-É, ele faz muito isso.

-Incrível! Onde conseguiram? –perguntei esticando o mapa na cama, caraca Hogwarts é enorme.

-O encontramos na sala do Filch no primeiro ano – respondeu Fred se ajoelhando ao meu lado seguido por Jorge.

-Nos já o decoramos, e achamos que você está precisando mais dele agora... –encarei os dois incrédula.

-Vocês estão me dando o mapa? –perguntei, os dois assentiram, sorri e dei um beijo estalado na bochecha de cada um- ah, obrigada meninos, vocês não sabem o trabalho que vão me poupar!

-Sem problemas ruiva – comentou Fred- agora ninguém pode saber sobre ele ouviu bem. Quando terminar de usá-lo diga “Malfeito feito” se não qualquer um pode ler.

Seguimos para o grande salão, o café da manhã estava muito tranqüilo. Quando o correio chegou Púbis aparece com uma carta me assustando, Ué, eu nunca recebo nada! Bem na realidade não era uma carta e sim um lembrete informando que minha detenção seria amanhã, eu deveria esperar novamente na entrada do castelo, mas infelizmente dessa vez seria com o Filch.

-O que foi Keissy? –perguntou Angelina percebendo meu mau humor, estendi a carta a ela- Não acredito, Keissy Martines Potter em detenção?

-Nossa, vamos buscar nossas capas de chuva, vai chover! –exclamou Kátia rindo.

-Chover? Vai ter é uma inundação! –brincou Lino lendo a carta- O que foi que você fez Keissy?

-Me atrasei pra aula, tive que correr pelo corredor, Snape inventou uma nova regra que não se pode correr nos corredores do castelo, e aqui estou – exclamei sem vontade.

-Novidade – grunhiram os gêmeos.

-Pessoal vestiário agora! –mandou Olívio chegando à mesa e nos encarando.

-Cara, agente ta comendo! –reclamou Fred.

-E eu estou mandando vocês para os vestiários agora! –retrucou ele.

-Olívio agente tem aula... –comecei a reclamar, mas ele se sentou a meu lado e sussurrou “e se eu falar que Harry Potter está envolvido” o encarei assustada, não pensei duas me levantei, assustando meus amigos e me dirigi aos vestiários puxando comigo Angel e Kátia, chegando lá uns cinco minutos depois, Fred e Jorge logo atrás de nos ainda com comida nas mãos, no mínimo foram retirados de lá a força também, Olívio chega no mesmo segundo, me dirijo diretamente a ele- tá legal Olívio, o que o Harry tem haver com tudo isso?

-Harry? –começa Jorge com a boca cheia, mas levantei a mão pedindo que se calasse.

-Muito bem, ontem à tarde a professora McGonagall veio falar comigo, e com ela estava um garoto que agora sei ser Harry Potter, ela me informou que havia encontrado um apanhador para o time, também disse que na ultima aula de vôo o garoto havia feito uma bela captura do Lembrol de Neville e também tinha feito um mergulho perfeito ela acha que até o Carlinhos não conseguiria fazer melhor –concluiu ele por fim. Tive que me sentar, envolta de mim o vestiário se enchia de conversas animadas, mas eu não podia acreditar nisso, Harry só tinha onze anos, por Merlin ele é muito novo, o quadribol é um esporte muito perigoso e ele é tão magrinho e frágil. Imagina se um balaço o acerta no jogo, o apanhador é uma das piores posições, como eles queriam que Harry o meu maninho fosse comparado com o Carlinhos, que era muito mais alto, forte e resistente que o pequeno Harry Potter!

-Não –conclui por fim em voz alta, sobressaltando a todos- Harry não será o novo apanhador! Não vou expor ele a tanto perigo desse jeito!

-Keissy! –sobressaltou-se Olívio- que perigo, do que você está falando? Não tem como ele correr perigo jogando quadribol!

-Não tem, é? –explodi- o fato de eu já ter passado tanto tempo e ter ido tantas vezes parar na ala hospitalar não foi nada?

-Keissy, você pode ter parado na ala hospitalar, mas ainda está aqui! –ele já estava ficando nervoso- você não correu perigo, os balaços não te causaram nenhum dano permanente, por que você acha que ele iria acabar se machucando, hem?

-Harry é mais novo do que eu era, mais frágil! Se um balaço acertar ele durante um jogo, com certeza os danos não vão ser poucos Olívio! –retruquei.

-Keissy você já esta agindo como a mamãe! –falou Fred tentando acalmar a situação.

-Não tem graça Fred! –respondi.

-Keissy não vou tirar a nossa única chance de ganhar a taça esse ano... –começou Olívio.

-A taça? Claro, é só isso que importa, não é? –interrompi- Não é nem por jogar quadribol, mas sim por que os outros times não vão ficar com pena de mirar os balaços nele só porque ele é mais novo! –percebi que estava gritando- Quer saber? Se é assim que você vai agir Olívio –me virei abri o meu armário, tirei minhas vestes e joguei-as para ele- pode abrir os testes para artilheiro, eu to fora. –falei por fim batendo a porta do meu armário e saindo do vestiário deixando meus amigos para trás confusos. Me dirigi para as arquibancadas, peguei o mapa do maroto, tirei minha varinha e “juro solenemente não fazer nada de bom!” usei o mapa para encontrar um lugar onde poderia ficar sozinha, ele me mostrou uma passagem por baixo das arquibancadas grifinórias, uma portinha que se abria para o topo do morro ao lado do corujal, de lá eu tinha visão do lago, das estufas, da cabana de Hagrid, a orla da floresta e do castelo. Uma paisagem perfeita pra mim. Eu precisava ficar sozinha, pensar, afinal acabara de me demitir do quadribol. E Fred tinha toda a razão, eu realmente falara como a Sra. Weasley, como uma mãe falaria... Mas o que eu podia fazer estava dez anos afastada de Harry, o meu irmãozinho, ele é muito novo pra jogar quadribol contra os brutamontes da Sonserina! Essa não tem alguém vindo! “Malfeito feito!”

-Keissy?

-O que você quer Olívio?

-Falar com você. Por que agiu daquele jeito? Por que se demitiu? –ele se sentou ao meu lado e me encarou.

-Olívio você não entenderia...

-Então tente me explicar, porque preciso entender.

-Harry é a ultima pessoa da minha família, meu único irmão. Eu sei que tenho os Weasleys que amo tanto, mas sabe, não é a mesma coisa. Harry é o ultimo Potter, e eu não conseguiria agüentar se alguma coisa acontecesse com ele! –respondi, percebi que tinha começado a chorar, Olívio esperava que eu continuasse em silencio- e tenho certeza que os sonserinos não vão ter piedade dele só porque é mais novo, a vida dele já foi difícil demais, desde pequeno sofrendo tanto, e tendo que aturar os nossos tios, você deve ter percebido como ele é magrinho, ele dorme em baixo da escada num armário, não teve infância, ontem foi a primeira vez que ele subiu numa vassoura, ele me disse que está com medo porque ele é tão famoso por derrotar o Voldemort, mas ele não sabia como fazer nenhuma magia. Ele está assustado, e colocar toda essa responsabilidade em cima dele. O apanhador é a posição mais difícil, o principal alvo dos balaços. Eu queria poder protegê-lo, sou a irmã mais velha dele, tenho que manter ele longe do perigo!

-Eu te entendo Keissy, mas porque não perguntamos a ele o que realmente quer fazer? E você também como quer proteger ele da arquibancada? –ele me mostrou meu uniforme- não quero abrir os testes para artilheiro –ele me estendeu o uniforme eu o segurei- acho que o talento para o quadribol está no sangue, não é? –não pode deixar de sorrir pra ele, Olívio enxugou uma lagrima em minha bochecha, o abracei o mais forte que pude, ele não parecia ter nem notado minha força, mas retribuiu o abraço claro que sem força, ensopei as vestes dele com minhas lagrimas, ele me deu um beijo na testa e disse: - então continua no time, e deixa o Harry entrar?

-E eu tenho outra escolha? –perguntei sarcástica rindo.

-Tem, pode dizer que sim –respondeu ele, nos dois começamos a rir, e só conseguimos parar quando Púbis chega com algo preso no bico- Que é isso?

-Pelo santo bigode de Merlin! É dá Angel, “esqueceram que tem aula?” –nos entreolhamos e saímos correndo em direção ao castelo- Ai! –reclamei quando senti uma pontada na barriga.

-O que foi? –Olívio me perguntou parando também.

-Não tomei café esqueceu? –respondi, ele segurou meu braço e me levou até a cozinha- mas e a aula?

-Já perdemos o primeiro horário mesmo – concluiu ele enquanto um elfo domestico trazia nosso café.