7 – Como não se apaixonar pelo seu colega de quarto completamente gostoso?

 - Huh? – disse idiotamente.

- Sim. Ela é Claire. – disse Laster não muito contente pela figura perfeitamente colocada sem a bendita camisa que ele NÃO usava. – E por gentileza... PODERIA COLOCAR A PORCARIA DA CAMISA?

- NÃO! – eu quase gritei, interrompendo Laster, que me olhou indagando. – Digo, não quero que se importe. Eu mal cheguei e já estou colocando ordens aqui e tudo mais... – e eu sabia que minhas bochechas estavam o maravilhoso tom de rosa flamingo que minhas madeixas se encontravam.

- Como quiser... – o cara dos cachinhos dourados, sorriu para mim e disse mais gentilmente que pôde: - Bem vinda, Bi-Dot.

Aparvalhei os olhos e olhei para Laster instintivamente.

- Bi-Dot?

- É assim que os calouros estão chamando você pelo campus. – explicou Laster.

- Estão me chamando?

- Sim, você é a notícia daqui á um tempão... – concordou Joseph.

- Hm... Joseph faz mais ou menos três dias que eu sou uma Dot... Como podem estar falando de mim á... Algum tempo? – franzi o cenho.

- Hum... – Laster fez, e colocou seu braço em torno de meus ombros, possessivamente. – Antes de você ser transformada, eu sabia que você se transformaria e avisei á Ariela e todos ficaram consideravelmente animados com a idéia de ter uma ‘Bi-Dot’ em nosso meio.

- Então todos sabiam e EU não? – estreitei os olhos para Laster, que sorriu torto em resposta.

- É contra as regras anunciar á algum humano que ele vai se transformar... antes de... se transformar? – estreitei os olhos para Laster.

- Nunca pensamos nisso... – ele levantou a sobrancelha em consideração.

- Bem... Acho que deveriam pensar. – bufei e revirei os olhos.

- Laster. – uma voz meio esganiçada chamou por detrás de nós e eu olhei por impulso, para trás, ao tal de Kent, que carregava toda... Eu disse... TODA a minha bagagem.

- Meu Deus, Kent! – Laster largou de meus ombros e partiu para cima do garoto tirando metade da minha bagagem jogada por cima dele.

- Está...Tudo...Aí... – o garoto arfou – Foi... um...grande...prazer... Claire. – ele disse, sorriu e saiu do quarto esbaforido.

- Obrigada! – gritei, enquanto ele ainda estava a vista, apenas ergueu seu braço e continuou andando até desaparecer pelo corredor.

- Então, - começou Laster, enquanto colocava todos meus pertences em frente á um armário, que parecia estar vazio – deduzo que o senhor descamisado ali, vá ajudar você com todo o processo de adaptação para com o lugar e horários. Mas venho ver você logo. – ele sorriu e piscou para mim, enquanto levantava os óculos. – Até mais, garota Bennett. – Laster se aproximou de mim, e me deu um beijo em minha bochecha... Ok, ok... Sejamos francos companheiros... aquilo foi um selinho no canto dos meus lábios.

- Até, Laster. – e ele se foi e fechou a porta.

- Hm... Vocês já se conhecem á muito tempo? – Joseph franziu o cenho, parecendo bastante incomodado com o gesto de Laster... Oh God... eu sou um ser completamente sedutor, tsc tsc tsc...

- Não. Ele só é tarado. – disse, coçando a testa.

- Yeah, conheço-o bem. – ele continuou franzindo o cenho.

- Ok, eu sou Claire Bennett – ofereci minha mão em cumprimento – a profetisa... – revivei os olhos.

- Joseph Thompson – ele apertou minha mão – mas para você é Joe. – ele sorriu, e seus olhos verdes brilharam.

- Joe então. – sorri em resposta.

- Gostou do quarto? – ele vibrou, apontando para as duas cores do quarto.

Do lado da cama onde ele deitava-se, um azul bonito e florescente – que me lembrava gelo – se dividia o lado do quarto que aparentemente seria o dele. Tudo combinava diante daquela cor, com cama e um grande armário, e prolongava-se ali mesmo uma cômoda e uma prateleira. E do outro lado, parecia ser como o reflexo de um espelho, desfigurando-se á partir de apenas uma cor alterada, o azul fluorescente fora trocado por um simples verde esmeralda – minha cor predileta, contando com rosa flamingo – mas a sensação ao olhar a cama, o armário, as paredes, a cômoda e a prateleira, era um... Sabe-se lá o que! Ou melhor dizendo, mostrando um tom de mistério... um tom de completo... futuro? Não consegui compreender a emoção que me tomou mas continuei a fitar a bela cama arrumada angelicalmente.

- Tenho uma má notícia... – Joe, falou me acordando o transe que me cercara. – Temos que dividir o banheiro. – ele levantou as sobrancelhas e enrugou os lábios.

- Você parece organizado... – ri um pouco – não vai ser um problema;

- É. Não sou um maremoto na hora da organização. Mas espero que tenha gostado da decoração do seu lado do quarto... Ariela pediu minha ajuda. – ele sorriu, e deslizou sua mão pelo abdômen sarado... E PÕE SARADO NISSO! Deixaria Tyler no chinelo. Tyler? Huh? Quem é Tyler, companheiro?

- Bem... você estava lendo um manual? – perguntei para ele, colocando minhas mãos compassadamente nos bolsos de meus jeans.

- AH YEAH! – ele disse excitado... hey, não vá pensar mau do garoto. Digo, ele se animou, er... – Ariela comprou uma TV, pra você ficar mais confortável... e eu disse que eu sabia montar os fios e tudo mais...

- ... e você não está conseguindo, eu deduzo. – gargalhei dando um ‘peteleco’ em seu ombro.

- Yeah, e acho que não precisa ser uma profetisa para saber disso... – ele explodiu gargalhando de sua própria limitação. Lamentável, esse garoto gostoso... NHUMY!

Segundo o dicionário de Claire Bennett – do qual estava na minha maior mala, que minha amada mãe carinhosamente enfiou – Joe, ou como preferir:Joseph Thompson é sinônimo de: cara malhado, gostoso, fofo e arrumado. Que cujo qual faz papel de meu mentor escolar e não sabe mexer com cabos de televisão.

Resposta de Claire Bennett: Eu sou ótima com aparelhos televisivos, então isso está completamente sobreposto por minhas perfeitas e magníficas habilidades com eletrônicos. Então vamos á equação básica: eu sou sexy? Resposta obvia demais, chega a ser patético, humpfff – Sim, eu sou muito sexy. Ele é sexy? Huh! Que tanquinho é aquele companheiro?! E aqueles olhos lindos e perfeições no quesito cabelo? Ai papai, eu digo mais uma vez. É claro que ele é sexy. Resultado: Eu sou sexy, ele é sexy. Somos sexy. Então... AI PAPAI!

- Sou boa com eletrônicos, Joe. – sorri caminhando até onde ele deixara seu manual.

- Eu não quero encher você, Claire... – eu olhei para ele.

- Não me chame de Claire. – sorri.

- Então como? – ele pareceu divertido, enquanto remexia seus belos e fofos cachinhos louros.

- Diga você... – sorri maliciosamente, e me sentei em sua cama, lendo o manual que ele haveria jogado em algum lugar.

Ele me olhou demoradamente e demasiadamente, sentou-se ao meu lado e sussurrou: - Eu gosto de Benny.

- Benny? – levantei as sobrancelhas olhando para ele.

- Benny de Bennett. – ele devolveu o peteleco no meu ombro.

- Cara... eu acho que vamos nos dar muito... muito bem. – pisquei pra ele, e caminhei até a televisão que estava prestes á ser montada.