A Profetisa - Heroes Series escrita por AliceCriis


Capítulo 6
5




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5 – HAYOO Los Angeles!

A droga do percurso até Los Angeles estava acabando, em menos de cinco minutos aterrissaríamos em solo Californiano – e o fato daquele maldito BOING estar me levando dentro de si, e a idéia de aterrissar com aquela maravilhosa concavidade enjoativa, não me deixavam muito “positiva” em relação á isso.

- Quer estrangular meu braço de novo? – sugeriu Laster, com um sorriso debochado.

- Sim, quero. E espero que realmente enfie minhas belas unhas em sua carne. – sorri de volta. Ele gargalhou de meu stress, quando a nojenta aeromoça informou no microfone:

- Senhores passageiros, mantenha-se sentados em seus respectivos bancos, e com qualquer objeto que os possa ferir longe de alcance. A aterrissagem irá acontecer em 15 segundos... – e ela começou a contagem, amaldiçoada por mim.

E todo aquele forogodó começou... O avião remexeu sua estrutura e começou a se movimentar mais para baixo, e eu cravava as minhas belas e bem feitas unhas na carne macia de Laster, que fingia o riso, com pequenas tosses.

- Não é engraçado – disse estrangulando mais seu braço, e fechando os olhos com todas as minhas forças.

- Tem certeza? – ele suspirou fingindo não me achar tremendamente patética.

- Pra mim, não tem a mínima. – trinquei os dentes, e senti o avião parando de repente. – Graças a Deus... – larguei o braço de Laster, que gostaria de rolar no chão de tanto rir de minha preciosa pessoa.

- Idiota. – resmunguei.

- Bem vindos á Los Angeles, senhores passageiros. – disse a aeromoça muito irritante.

E foi aí que nós nos levantamos. Ariela carregando a mala que supostamente deu a mim, Laster me guiando pelo meio de todos os caras que olhavam feio para mim – e ele mandava olhares igualmente mau humorados para os tais – e então, caminhei para fora do avião.

- Onde estão as drogas das minhas malas? – urrei, e pude ter certeza que estressei Laster um pouco mais.

- Eu estou procurando, garota Bennett. Isso não está muito fácil. – ele acrescentou, pegando a maior das minhas malas pela esteira, e a colocando sem muito cuidado em cima do carrinho de transportes. Depois as outras malas apareceram e facilitaram o seu trabalho.

-... sim, ela está bem. Vamos achar Steban agora. Não se preocupe Amentia. – disse Ariela no celular, e assim se despediu e desligou o telefone. – Laster, tudo bem?

- Sim, podemos ir. – ele colocou a ultima mala em cima do carrinho do aeroporto, e me colocou sentada em cima delas – Não quero perder você no meio de todo mundo... – ele resmungou, e começou a guiar o carrinho para a parte externa do aeroporto.

- Aqui, Laster. – mostrou Ariela, uma bela BMW preta, parecia com a que tínhamos deixado em Chicago. E lá estava um cara bastante sorridente, com cabelos aparentemente ruivos como os de Ariela, com um corpo robusto, mas não tão musculoso como Laster e Tyler... OH DROGA! Eu tinha que esquecer aquele enorme idiota, e seguir com minha vida em frente, e essa era aparentemente a primeira coisa que eu deveria fazer. E Ariela se aproximou daquele cara, e levou um beijo leve nos lábios. Ok. Eles não eram apenas amigos então. Huh.

- Laster, eu não sou uma mala. Vá mais devagar... – resmunguei enquanto ele empurrava sem nenhuma delicadeza o carrinho de transporte.

- Ei garota Bennett, - ele disse e me colocou em seu colo, que por acaso eu fiquei muito, muito confortável... Okay, nível de hormônios elevado no ar. PERIGO! – Não vou derrubar você, nem pensar. – ele piscou para mim e me colocou no chão. E com toda a minha “sedução” coloquei meu dedo indicador nos lábios e fiz cara de sexy fingida. – Me seduziu... – ele resmungou colocando as malas no carro.

- Olá... – o homem abriu a porta da BMW pra mim e sorriu – Eu sou Steban, marido de sua tutora. É um prazer conhecê-la profetisa.

- Hm... O prazer é meu (?) – minha afirmação pareceu muito com uma pergunta...

- Estamos um pouco longe, mas o transito está bom hoje. Chegaremos mais ou menos três da tarde. – ele falou com Ariela, e ela assentiu.

- Entre, Claire. – ela mandou. – Vou ir à frente com Steban, Laster vai com você. – e ela seguiu seu ‘suposto homem’, até as portas dianteiras.

- Podemos ir... – arfou Laster entrando no banco de trás, e colocando a mão no peito.

- É pra já. – o tal Steban disse, enquanto ligava o carro, e o motor ronronava baixo.

- E aí parrudão, perdeu o fôlego, hãn? – levantei uma sobrancelha, em deboche.

- Ah claro, com suas calças coladas eu realmente perco o fôlego... – ele colocou o dedo indicador em meu joelho, e sorriu maldoso.

- Oh Deus, você deve estar em uma ‘seca’ danada pra estar dando em cima de uma caloura... – resmunguei.

- Calouras são... sexy. – ele olhou pra minhas pernas cruzadas e depois para meu busto. Hm... Ok. Testosterona em nível elevadíssimo! Mas quem resistiria á mim? Á MIM?! Eu sou a personificação da sedução!

- Quando eu vou poder tirar essa coisa da minha cabeça? – apontei para a tiara prateada na minha testa e ele franziu o cenho.

- Quando entrar nos arredores do campus escolar... – ele afirmou sério.

- E eu não vou explodir nada?!

- Não. – ele suspirou se recostando no banco – Estando no meio de outros como você, seu campo de energia se torna tolerável, e nada se desfigura. Você vai ficar completamente bem, poderá usar seus poderem dentro do campus mesmo que seja fora das regras... – ele sorriu perverso – E deve conseguir se controlar. Suas emoções são a chave. – e ele picou para mim.

- Uhum... – assenti e olhei o mar pela janela, e continuei a fitar as longínquas palmeiras dispersas por todo o mundo quente lá fora.

- Gostando do que vê? – perguntou Ariela.

- Yeah. Vou ter que ir me acostumando, de uma forma ou de outra... – resmunguei.

- De uma forma ou de outra?

- É... Você sabe, por bem ou por mal. – bufei e observei o transito mais uma vez.

- Estou com fome, Steban. – grunhiu Laster.

- Ariela podemos comprar alguma coisa para os garotos? – pediu Steban.

- É justo. Claire não come nada á horas... precisa de força para se  manter até chegar no campus. – Steban assentiu com a resposta e encostou na próxima lanchonete.

- O que vão querer? – perguntou inquisitivamente, Ariela olhando por cima do banco de carona.

- Uma porção extra grande de batatas fritas, refrigerante, de preferência 500 ml e um hambúrguer sem queijo. – disse Laster torto.

- E você, pequena?

- O mesmo. – fui capaz de dizer e Ariela pegou sua bolsa e saiu da BMW.

- Então... – puxou assunto, Steban – Como se sente?

- Com fome. – respondeu Laster, radicalmente por detrás de seus óculos.

- Não pedi pra você, senhor gula. – ele revirou os olhos – é para a senhorita.

- Huh? – disse surpresa sentindo minhas bochechas esquentarem com os olhos cobre dele em meu rosto – Bem, hum, eu não sei ao certo... Essa tiara me deixa um tanto... hiperativa. E eu acho que posso explodir alguém quando eu toco, mas não sei... – apertei as têmporas.

- Vai por mim, - Steban aconselhou – não tem problema algum com você. Está perfeitamente na média... – ele sorriu divertido – ou bem acima.

- Bom, acima da média... – disse sem muita animação – não é algo que eu gostaria.

- É considerada uma grande Dot, Senhorita Bennett. – disse Steban calmo.

- Dot? Que diabos é isso? – esbugalhei os olhos.

- É o nome que nós nos nomeamos, entende? - Steban.

- Não. – respondi pondo a língua prá fora.

- Bennett. – disse Laster revirando os olhos – É como nós, nos batizamos. Não dizemos Extradotados. Mas sim Dots, Dot... Enfim. Entendeu?

- Sim. Agora sim...

- Aqui estão, garotos... – Ariela bateu na janela, - Abre Laster.

Laster abriu a janela e pegou os lanches com uma velocidade paranormal.

- Aqui... – ele colocou minha bandeja nem meu colo, e atacou o seu lanche.

- Agora podemos ir. – Ariela disse e entrou em seu lugar e colocou o cinto de seguranças enquanto eu e Laster devorávamos nossos deliciosos lanches.


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