-Vai fazer o que hoje? – perguntou.

-Não sei – respondi enquanto sentava em uma cadeira. Antes que pudesse me ajeitar, ouvi um grito.

Com um salto, saquei minha espada e corri para a porta, seguida por Lucas. Ele estava com a testa franzida e com um olhar de dúvida. Corremos até a arena, onde Elena estava abraçada a dois garotos. Um era alto, musculoso e de cabelos claros. O outro tinha os cabelos loiros e olhos cinzentos. Um filho de Atena.

-Elena? – perguntei e ela se virou para mim, sorrindo feliz.

-Jess, esse é Victor meu irmão – ela disse, apresentando o garoto musculoso. Acenei e Lucas também fez um cumprimento, pegando na minha mão logo em seguida – E esse é Tom, meu namorado. Filho de Atena.

-Olá – cumprimentei também.

Ao longe, Quíron vinha cavalgando para cumprimentá-los. Ambos sorriram, até que ele perguntou para Victor:

-Tem alguma idéia sobre seu pai?

-Não – ele disse seco. Elena pos a mão em seu ombro, mas ele balançou a cabeça. Notei Lucas me puxando mais para perto dele, até passar o braço por meus ombros. Depois de Quíron começar a conversar com eles, Lucas me chamou para treinarmos. Eu também precisava, para pelo menos extravasar meus sentimentos. Quando chegamos, Lucas se virou para mim e perguntou:

-O que você achou daqueles garotos?

-Eles parecem ser legais – respondi sacando minha espada.

-Ah, é? – ele perguntou desconfiado.

-Sim – respondi meio confusa.

-Quer treinar com eles? – perguntou, grosso.

-O que? – perguntei novamente, um pouco confusa. Não estava entendendo merda nenhuma.

-Se os achou tão legais então chama eles para treinarem com você!

-O que está acontecendo? – perguntei cruzando os braços e o encarando – Será que dá pra me explicar?

Ele fechou os olhos e respirou profundamente, mas algo me dizia que ele estava extremamente zangado.

-Então, vai falar algo ou não?

-Olha, Jessica – ele começou – Eu não gosto disso.

-Não gosta de que?

-Disso.

-Mas disso o QUÊ? – gritei a ultima palavra, atraindo a atenção de outras pessoas. Um pouco envergonhada, ela puxou o garoto para fora da arena.

-Olha, Jess – ele disse – Eu vi o jeito que aquele Victor olhou pra você e...

-Isso tudo por causa dele? – perguntei um pouco surpresa.

-Só por causa disso? – perguntou ironicamente.

-Não precisa dizer mais nada – eu respondi furiosa – Eu já entendi. Você está com ciúmes!

-O quê? – ele perguntou – Não estou não.

-Não sabia que agora ciúmes tinha outro nome – respondi usando o mesmo tom irônico que ele – Pelo que eu saiba, pelo menos.

-Droga, Jessica – ele gemeu – Será que dá pra parar com isso?

-Parar com o quê? – perguntei irritada – Quem começou com tudo isso aqui foi você, Lucas e não eu.

-TÁ BOM – ele gritou – Então tudo bem, fique com quem você quiser, mas me esqueça ta bem?

-É SÓ ISSO? – agora eu estava gritando também – SÓ POR CAUSA DESSE CIUMINHO BOBO?

-NÃO É BOBO!

-Então é o quê? – perguntei – Porque é isso que parece!

-Droga, Jessica – ele falou e então me empurrou contra a parede.

Gemi de dor quando minhas costas bateram contra ela, o reboco estava machucando, mas ele continuava a me prensar. Suas mãos em meus braços, seus olhos nos meus.

-O que você está fazendo? – foi tudo o que consegui perguntar – Me solte AGORA, Lucas. Ou juro que nunca mais olho na sua cara!

-Jessica!

-AGORA – gritei e ele, graças aos deuses, me soltou. Dei um tapa bem dado no seu rosto, o que fez a marca dos meus dedos ficar contra a bochecha esquerda dele. Eu estava explodindo de raiva. Saí a passos duros dali, mas quando cheguei na porta do meu chalé, ele veio atrás de mim.





-O que você quer?

-Desculpe – ele falou.

-Não – resmunguei – Acha que sempre vou te desculpar quando você está sendo um completo idiota? NÃO, LUCAS! – gritei a ultima parte – Isso foi o pior que você podia ter feito...

Não consegui terminar a frase porque ele havia me beijado. Suas mãos apertavam fortemente meus quadris, me puxando para perto dele. Subi lentamente minhas mãos para o pescoço dele, antes passando por seu peito.

Nosso beijo estava frio. Como um outro qualquer. Com minhas mãos, puxei seu pescoço para mais perto de mim, fazendo-o entreabrir sua boca. Quando minha língua tocou a dele, notei-o indeciso. Ele era muito idiota para pensar que eu não iria me zangar pela idiota crise de ciúmes dele. Quando dei uma mordida no lábio inferior dele, Lucas passou suas mãos ao redor das minhas coxas e as puxou para cima, me forçando a enrolá-las ao redor da sua cintura. Agora nosso beijo estava quente, bem quente. Com o pé, Lucas abriu a porta do chalé e nos levou para dentro. Quando trancou a porta, senti suas mãos passarem por debaixo da minha camiseta, puxando-a para cima. Soltei meus braços para que ele pudesse puxa-la completamente. Lucas então me deitou na cama, se encontrando com uma perna em cada lado do meu corpo.

(Gente, eu disse que não botaria cenas de sexo, mas quero saber se vocês querem porque eu posso fazer um bônus ú_u) VOTEM!