Down Goes Another One escrita por Aphroditte Glabes


Capítulo 11
Capítulo 9 - Flashback


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem. Decidi mudar um pouco.



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Flashbacks de Elena.

POV Elena.

Eu estava com doze anos quando me contaram que eu era uma meio-sangue, ainda por cima filha de Zeus. Eu queria morrer, sumir, qualquer coisa. Eles queriam me levar a um lugar chamado Acampamento Meio-Sangue.

-Mas eu não vou pra lá, mãe – gritei mais alto que ela, enquanto Victor se encolhia no chão com as mãos tampando os ouvidos.

-Você vai – ela gritou novamente.

-Não vou pra merda nenhuma – berrei novamente e ela ficou calada, nunca tinha me ouvido falar algum palavrão.

-Você quem sabe – ela disse – Mas agora vamos parar de gritar, seu irmão está assustado com isso.

-Ótimo – falei e então voltei ao meu quarto, batendo a porta depois que passei – Então por que ficar aqui?

Comecei a jogar roupas na minha mochila enquanto mudava de roupa, tirava meu pijama e colocava roupas que não chamassem atenção. Joguei a mochila em cima do ombro e abri a janela, começando a descer a escada de incêndio. Quando cheguei lá embaixo, comecei a caminhar pelo beco. Estava quase chegando ao fim dele quando um garoto me jogou contra a parede, segurando meus braços acima da minha cabeça.

-Me passa a grana.

-Se eu tivesse alguma, bonitinho – zombei enquanto observava seu rosto. Ele era realmente bonito, tinha cabelos loiros levemente compridos. Parecia que não tinham sido cortados a meses e seus olhos azuis brilhantes estavam opacos – Agora me solte, você não é o único que quer grana por aqui.

Ele me soltou, e me olhou com cuidado. Para meu braço enfaixado, meu rosto pálido e a mochila nas minhas costas.

-Estava fazendo o quê?

-Não é da sua conta – retruquei, enquanto ajeitava a mochila – E você costuma atacar garotas nos becos para roubá-las?

Ele deu um sorriso zombeteiro.

-Sempre responde perguntas com outras perguntas?

-Você responde? – perguntei com um sorriso falso – Agora suma da minha frente antes que eu chame minha mãe.

-Sua mãe? – perguntou mais zombeteiro ainda.

-Ela mesma, idiotinha. Ela pode acabar com você com apenas um estalo dos seus dedos, quer tentar?

-Não – ele disse – Mas parece que está indo a algum lugar. A propósito, sou Luke.

-Não perguntei seu nome.

-Mas eu quis dizer.

-Pouco me importa, intrometido.

-E você?

-E eu o que?

-Não vai me dizer seu nome?

-Meu nome não te interessa – retruquei, enquanto tentava caminhar até a saída do beco, mas ele segurou meu braço com força – Solta, seu bruto.

-Me diga seu nome.

-Não interessa, idiota...

-Luke, solta ela – disse uma voz vinda do escuro e uma garota de cabelos pretos curtos e rebeldes e olhos azuis elétricos estava parada com uma espada na mão. Caralho, uma espada.

-Vocês? – perguntei e eles me olharam de modo interrogativo – Puta merda, temos que sair logo daqui.

-O quê? – perguntou Luke franzindo as sobrancelhas.

-Caso não tenha reparado, Sr. Inteligência, eu sei o que vocês são. OK? Eu também sou uma meio-sangue.

-Droga... – murmurou a garota e depois chamou no escuro – Vamos Annabeth.

-Tá bom – disse uma garotinha de longos cabelos loiros encaracolados e olhos cinzentos, usando uma calça jeans muito comprida para ela e uma blusa muito larga então olhou para mim e perguntou:

-Qual é seu nome?

-Meu nome é Elena, o seu é Annabeth? – ela assentiu – Bom, temos que ir.

-Espere – disse Thalia – Quem é sua mãe?

-Minha mãe é Julie Jenkins, filha de Apolo. Meu pai é... Zeus – fiz uma careta e a cara dela caiu no chão.

-O quê? – explodiu.

-O quê o que, garota?

-Meu pai é Zeus. 

-É o meu também, e você Sr. Inteligência?

-Hermes – ele murmurou.

 ***

Quando eu tinha quinze anos, Thalia havia virado um pinheiro, Luke e Annabeth estavam no Acampamento, mas eu fiquei correndo rua. Acabava com quantos monstros eu podia, aprendi tudo sozinha, na verdade. No caminho eu encontrei vários meio-sangues, mandei-os para o Acampamento Meio-Sangue. Por um tempo, eu parei de correr por aí e fiquei na casa de um meio-sangue filho de Atena, Tom Kaplan, que logo virou meu namorado. O pai dele me deixou ficar porque afinal ambos, o filho dele e eu, éramos filhos de deuses.

-Pensando em quê? – perguntou Tom enquanto eu sentava na ponta da cama do quarto de hóspedes que virou o meu.

-Em tudo que passei.

-Ei – ele disse sentando do meu lado e me abraçando – Não se preocupe, nós vamos passar por isso juntos.

-Assim espero – suspirei e ele me beijou.

-É – falei – Faz... três anos que saí de casa. Estava querendo visitar minha mãe.

-Claro – ele disse –  Oregon não é tão longe daqui.

-Nãããão... – falei brincando – Só temos que atravessar a metade do país.

Afinal, estávamos na Carolina do Sul.

***

Esperamos por dois meses, até chegar as férias de verão. Tom e eu compramos passagens de avião para o Oregom com o dinheiro que guardamos, ele trabalhava como assistente de computação e eu de garçonete.

-Vamos – disse Tom quando chegamos na minha casa – Não desista agora, Elena.

-Não vou – falei apertando sua mão e então entramos no prédio – Oi Erik – falei para o porteiro, que levantou os olhos do seu livro de piadas e os arregalou.

-Elena – ele disse – Nossa, como você cresceu... Sua mãe sempre está falando de você...

-Bem... – comecei um pouco desconfortável – Posso subir?

-Claro, Elena – ele sorriu e jogou uma chave para mim. A peguei no ar.

Tom me deu um sorriso encorajador quando chegamos na porta de casa. Com as mãos trêmulas, pus a chave na fechadura e a girei. Assim que a abri, dei de cara com Victor.

Ele estava alto, mais alto que eu. O cabelo claro estava mais comprido e ele estava mais musculoso. Segurava um bastão de baiseboll com força.

-Victor – foi o que eu disse e em seguida pulei em seus braços para abraça-la.

-Elena? – ele perguntou – Elena? Mas que merda você fez quando fugiu?

Mamãe ficou doida, literalmente...

-Ah, desculpe. Eu precisava.

-É, né? Suas amigas ficaram um mês ligando direto pra cá – ele bufou e eu ri.

-Victor, esse é Tom, meu namorado. Tom, ele é Victor, meu irmão.

Eles se cumprimentaram e eu logo perguntei:

-Posso falar com a mamãe?

-Claro né?! – ele disse com cara de óbvio – Ela ta no quarto, se acabando de chorar. De novo.

-Vai você – sussurrou Tom – Eu espero aqui.

-OK – falei prendendo a respiração e caminhando em direção ao quarto da mamãe, antes de chegar lá, passei pela porta do meu e dei uma espiada. Estava igual ao dia que eu saí de casa.

No quarto da mamãe, ouvi soluços. Ela estava deitada sobre a cama, com o corpo embaixo do cobertor e o rosto escondido em um travesseiro. O cabelo ruivo estava caindo sem vida sobre as costas dela.

-Mãe? – chamei baixinho.

-Não – ela soluçou – Isso já aconteceu antes, vá embora.

-Mãe – repeti sentando ao lado dela e tocando seu ombro – Mãe, sou eu.

-Não – ela disse novamente – Eu já disse que estou sonhando. Lalalala...

-Mãe – falei com a voz chorosa, abraçando seus ombros – Estou aqui, mãe. Sou eu, Elena, sua filha.

-Elena... – ela murmurou e então virou o rosto para cima – Não, estou sonhando.

-Não, mãe – falei começando a chorar – Estou aqui! 

-Elena, Elena, Elena... – ela repetiu e pulou para me abraçar. Senti seu corpo se chocar contra o meu e notei que ela estava muito, mas muito magra mesmo. Seu corpo estava sem vida e ela estava com um cheiro ruim.

-Mãe, estou aqui. Não se preocupe, mãe – falei – Eu voltei.


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Notas finais do capítulo

E AÍ? gostaram? *---*