Down Goes Another One escrita por Aphroditte Glabes
Notas iniciais do capítulo
Espero que gostem. Decidi mudar um pouco.
Flashbacks de Elena.
POV Elena.
Eu estava com doze anos quando me contaram que eu era uma meio-sangue, ainda por cima filha de Zeus. Eu queria morrer, sumir, qualquer coisa. Eles queriam me levar a um lugar chamado Acampamento Meio-Sangue.
-Mas eu não vou pra lá, mãe – gritei mais alto que ela, enquanto Victor se encolhia no chão com as mãos tampando os ouvidos.
-Você vai – ela gritou novamente.
-Não vou pra merda nenhuma – berrei novamente e ela ficou calada, nunca tinha me ouvido falar algum palavrão.
-Você quem sabe – ela disse – Mas agora vamos parar de gritar, seu irmão está assustado com isso.
-Ótimo – falei e então voltei ao meu quarto, batendo a porta depois que passei – Então por que ficar aqui?
Comecei a jogar roupas na minha mochila enquanto mudava de roupa, tirava meu pijama e colocava roupas que não chamassem atenção. Joguei a mochila em cima do ombro e abri a janela, começando a descer a escada de incêndio. Quando cheguei lá embaixo, comecei a caminhar pelo beco. Estava quase chegando ao fim dele quando um garoto me jogou contra a parede, segurando meus braços acima da minha cabeça.
-Me passa a grana.
-Se eu tivesse alguma, bonitinho – zombei enquanto observava seu rosto. Ele era realmente bonito, tinha cabelos loiros levemente compridos. Parecia que não tinham sido cortados a meses e seus olhos azuis brilhantes estavam opacos – Agora me solte, você não é o único que quer grana por aqui.
Ele me soltou, e me olhou com cuidado. Para meu braço enfaixado, meu rosto pálido e a mochila nas minhas costas.
-Estava fazendo o quê?
-Não é da sua conta – retruquei, enquanto ajeitava a mochila – E você costuma atacar garotas nos becos para roubá-las?
Ele deu um sorriso zombeteiro.
-Sempre responde perguntas com outras perguntas?
-Você responde? – perguntei com um sorriso falso – Agora suma da minha frente antes que eu chame minha mãe.
-Sua mãe? – perguntou mais zombeteiro ainda.
-Ela mesma, idiotinha. Ela pode acabar com você com apenas um estalo dos seus dedos, quer tentar?
-Não – ele disse – Mas parece que está indo a algum lugar. A propósito, sou Luke.
-Não perguntei seu nome.
-Mas eu quis dizer.
-Pouco me importa, intrometido.
-E você?
-E eu o que?
-Não vai me dizer seu nome?
-Meu nome não te interessa – retruquei, enquanto tentava caminhar até a saída do beco, mas ele segurou meu braço com força – Solta, seu bruto.
-Me diga seu nome.
-Não interessa, idiota...
-Luke, solta ela – disse uma voz vinda do escuro e uma garota de cabelos pretos curtos e rebeldes e olhos azuis elétricos estava parada com uma espada na mão. Caralho, uma espada.
-Vocês? – perguntei e eles me olharam de modo interrogativo – Puta merda, temos que sair logo daqui.
-O quê? – perguntou Luke franzindo as sobrancelhas.
-Caso não tenha reparado, Sr. Inteligência, eu sei o que vocês são. OK? Eu também sou uma meio-sangue.
-Droga... – murmurou a garota e depois chamou no escuro – Vamos Annabeth.
-Tá bom – disse uma garotinha de longos cabelos loiros encaracolados e olhos cinzentos, usando uma calça jeans muito comprida para ela e uma blusa muito larga então olhou para mim e perguntou:
-Qual é seu nome?
-Meu nome é Elena, o seu é Annabeth? – ela assentiu – Bom, temos que ir.
-Espere – disse Thalia – Quem é sua mãe?
-Minha mãe é Julie Jenkins, filha de Apolo. Meu pai é... Zeus – fiz uma careta e a cara dela caiu no chão.
-O quê? – explodiu.
-O quê o que, garota?
-Meu pai é Zeus.
-É o meu também, e você Sr. Inteligência?
-Hermes – ele murmurou.
***
Quando eu tinha quinze anos, Thalia havia virado um pinheiro, Luke e Annabeth estavam no Acampamento, mas eu fiquei correndo rua. Acabava com quantos monstros eu podia, aprendi tudo sozinha, na verdade. No caminho eu encontrei vários meio-sangues, mandei-os para o Acampamento Meio-Sangue. Por um tempo, eu parei de correr por aí e fiquei na casa de um meio-sangue filho de Atena, Tom Kaplan, que logo virou meu namorado. O pai dele me deixou ficar porque afinal ambos, o filho dele e eu, éramos filhos de deuses.
-Pensando em quê? – perguntou Tom enquanto eu sentava na ponta da cama do quarto de hóspedes que virou o meu.
-Em tudo que passei.
-Ei – ele disse sentando do meu lado e me abraçando – Não se preocupe, nós vamos passar por isso juntos.
-Assim espero – suspirei e ele me beijou.
-É – falei – Faz... três anos que saí de casa. Estava querendo visitar minha mãe.
-Claro – ele disse – Oregon não é tão longe daqui.
-Nãããão... – falei brincando – Só temos que atravessar a metade do país.
Afinal, estávamos na Carolina do Sul.
***
Esperamos por dois meses, até chegar as férias de verão. Tom e eu compramos passagens de avião para o Oregom com o dinheiro que guardamos, ele trabalhava como assistente de computação e eu de garçonete.
-Vamos – disse Tom quando chegamos na minha casa – Não desista agora, Elena.
-Não vou – falei apertando sua mão e então entramos no prédio – Oi Erik – falei para o porteiro, que levantou os olhos do seu livro de piadas e os arregalou.
-Elena – ele disse – Nossa, como você cresceu... Sua mãe sempre está falando de você...
-Bem... – comecei um pouco desconfortável – Posso subir?
-Claro, Elena – ele sorriu e jogou uma chave para mim. A peguei no ar.
Tom me deu um sorriso encorajador quando chegamos na porta de casa. Com as mãos trêmulas, pus a chave na fechadura e a girei. Assim que a abri, dei de cara com Victor.
Ele estava alto, mais alto que eu. O cabelo claro estava mais comprido e ele estava mais musculoso. Segurava um bastão de baiseboll com força.
-Victor – foi o que eu disse e em seguida pulei em seus braços para abraça-la.
-Elena? – ele perguntou – Elena? Mas que merda você fez quando fugiu?
Mamãe ficou doida, literalmente...
-Ah, desculpe. Eu precisava.
-É, né? Suas amigas ficaram um mês ligando direto pra cá – ele bufou e eu ri.
-Victor, esse é Tom, meu namorado. Tom, ele é Victor, meu irmão.
Eles se cumprimentaram e eu logo perguntei:
-Posso falar com a mamãe?
-Claro né?! – ele disse com cara de óbvio – Ela ta no quarto, se acabando de chorar. De novo.
-Vai você – sussurrou Tom – Eu espero aqui.
-OK – falei prendendo a respiração e caminhando em direção ao quarto da mamãe, antes de chegar lá, passei pela porta do meu e dei uma espiada. Estava igual ao dia que eu saí de casa.
No quarto da mamãe, ouvi soluços. Ela estava deitada sobre a cama, com o corpo embaixo do cobertor e o rosto escondido em um travesseiro. O cabelo ruivo estava caindo sem vida sobre as costas dela.
-Mãe? – chamei baixinho.
-Não – ela soluçou – Isso já aconteceu antes, vá embora.
-Mãe – repeti sentando ao lado dela e tocando seu ombro – Mãe, sou eu.
-Não – ela disse novamente – Eu já disse que estou sonhando. Lalalala...
-Mãe – falei com a voz chorosa, abraçando seus ombros – Estou aqui, mãe. Sou eu, Elena, sua filha.
-Elena... – ela murmurou e então virou o rosto para cima – Não, estou sonhando.
-Não, mãe – falei começando a chorar – Estou aqui!
-Elena, Elena, Elena... – ela repetiu e pulou para me abraçar. Senti seu corpo se chocar contra o meu e notei que ela estava muito, mas muito magra mesmo. Seu corpo estava sem vida e ela estava com um cheiro ruim.
-Mãe, estou aqui. Não se preocupe, mãe – falei – Eu voltei.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
E AÍ? gostaram? *---*